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Sábado, 18 Agosto, 15 horas.

Em Glasgow, um incógnito árbitro escocês dá inicio ao jogo, correspondente à segunda jornada da quarta divisão escocesa, entre o Rangers FC e o East Stirling. Nas bancadas, no que deve constituir um novo recorde mundial, encontram-se  presentes 49118 pessoas, na sua esmagadora maioria afectas ao clube da casa.

Esta noticia merece destaque em virtude do Rangers FC ser descendente do recem falido Glasgow Rangers, clube que devido a dividas superiores a 150 milhões de euros teve de fechar portas e recomeçar dos escalões inferiores. 

Que lições a tirar deste momento?

Primeiro, que na Escócia quem tem dividas superiores a 150 milhões de euros não tem padrinhos para lhes aparar os golpes, ou seja, se Porto, Benfica e Sporting actuassem na Escócia fariam da quarta divisão escocesa o campeonato mais seguido do território das highlands!

Mas mais importante que isso, sobretudo para quem julga deter a fórmula para definir a grandeza de um clube, constatemos os seguintes números: o Glasgow Rangers, na primeira liga escocesa, detinha uma média de espectadores de 45 mil por jogo, conseguiu superá-la mesmo jogando num campeonato disputado nas profundezas do desinteresse.

Obrigado, portanto, a todos os adeptos do Rangers por terem mostrado a todos os adeptos de futebol espalhados pelo planeta a verdadeira dimensão de um clube, o clube pode descer e recomeçar mas a sua grandeza nunca será diminuida enquanto as bancadas estiveram cheias de paixão e lealdade

O desfecho do jogo? 5-1 para o Rangers, ao mesmo tempo que os arqui rivais, Celtic, penavam para arrancar um empate no recinto do modesto Ross County, prolongando um inicio de temporada pobre em resultados e exibições, como que sentindo a falta de algo...