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sexta-feira, 30 de junho de 2006

A Vitória será Nossa!


Os bifes andam agitados. Apesar da arrogância habitual, marca característica de um bom bife, a forma como tentam perturbar a Selecção Nacional e Scolari, bem como o modo desprezável (ao nível dos holandeses) como pressionam o arbitro argentino (já agora é bom que o sujeito tenha juizo; porque se é verdade que o JVP já lá não está para o socar...o Petit é conhecido como o pitbull por alguma razão...) é prova clara que nos temem!

Só por uma vez a Inglaterra, em ocasiões oficiais, nos derrotou. Foi no Mundial por si organizado, ganho com um golo fantasma e, com jogo sujo, trocando à ultima da hora a localização do jogo da meia final frente a Portugal. Apesar de se sentirem superiores, este facto estará bem presente na sua mente. E, ainda pior, a verdade é que Portugal até se dá ao luxo de ceder um, ou mais golos de avanço! Compreendem melhor agora a razão para tanta canalhice durante a semana?

Safam-se Eriksson (um sujeito impecável) e jogadores, que não têm poupado elogios a Portugal e reconhecido a sua valia. Impressionante como a imprensa inglesa não publica uma única linha desses elogios. Mas eles vão ter o que merecem e, lá no fundo, desejam.


A Vitória não escapa. A dos QF e a magricelas. Aqui fica um conselho: e que tal dar o nome Portugal ao 4º filho? O puto, ao contrário dos outros, seguramente não mudará de nome aos 18 anos (",)

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Portugal - 1 (Maniche) Holanda - 0


Não foi um excelente jogo de futebol mas foi o melhor exemplo para explicar o motivo pelo qual este desporto é o rei de todos os desportos. Se o objectivo é a beleza e graciosidade então poucos desportos superam a patinagem artistica, a ginastica ritmica e a natação sincronizada. Se, por outro lado, o objectivo é dominio, concentração, reflexos, poucos desportos superam a Fórmula 1. Se procuramos exemplos de resistência, força, sacrificio, nada como ver as grandes provas mundiais de ciclismo, em especial o majestoso Tour de France. E não faltam por aí exemplos de desportos que englobam características que fariam deles o destaque desportivo do planeta. Aliás, quero destacar um em particular, o triatlo, que tenho observado com interesse e que tem tudo para ser uma modalidade de pleno destaque nas olimpiadas futuras. E com uma atleta do nivel de Vanessa Fernandes, podemos estar certos que não demorará muito para voltarmos a ouvir o hino nos Jogos Olimpicos!

Mas regressando ao futebol. Porque razão é então este o desporto-rei? Em primeiro lugar porque é barato (quem nunca enrolou meia duzia de papeis com fita cola para fazer uma bola?) e joga-se em qualquer lugar, seja praia, mato, rua, até mesmo dentro de um quarto de hotel (evitem partir algo que o manager do hotel não vos devolve a caução, acreditem!). Mas, sobretudo, e como podemos observar na maior divindade futebolistica de todos os tempos (Avé Maradona)… até um tipo atarracado, com uns quilitos a mais, e pernas tortas… pode ser craque! Tirando o bilhar de bolso e a sueca, conhecem outro desporto onde o talento não depende única e exclusivamente do fisico? No futebol isso não se verifica, pelo menos não integralmente. E o anão Simão é a prova disso mesmo. Qualquer um, desde que tenha habilidade e espirito de sacrificio pode virar craque e ter meia duzia de rameiras apresentadoras de tv atrás. Mais certo que acertar em 3 numeros do euromilhoes.

Adiante. Serve esta introdução para vitoriar os craques portugueses pela excelente vitória frente á Holanda. Foi, para mim, uma das vitórias mais saborosas da minha vida. E a verdade é que, revendo o jogo, já sem a chama da emoção e da intensa carga nervosa… reparo que o jogo não valeu dois tostões! Mas não trocava uma vitória portuguesa por 5-0 frente á Holanda por uma vitória como a do passado domingo, arrancada a ferros e com uma enorme carga dramática. Para mim aqueles 11 artistas seriam candidatos ao oscar para melhor actor na proxima cerimónia de Hollywood! Excelentes interpretações, a mim convenceram-me mesmo que estavam realmente aflitos, quando afinal estava tudo sob controlo. O problema pode ser mesmo esse… os caquéticos de Hollywood não costumam dar oscares a histórias com final feliz. Não se preocupem… o público adora-vos!



Filmes à parte, destaco duas curiosidades. Em primeiro lugar a péssima arbitragem do russo Ivanov. É inaceitável que um jogo com 26 faltas acabe com 20 cartões exibidos. Tanto mais que, no dia anterior, Mexico e Argentina protagonizaram um jogo quezilento, com o DOBRO das faltas assinaladas relativamente ao desafio da nossa selecção, tendo finalizado, no entanto, com tão poucos cartões. Ou há moralidade ou comem todos por igual! E eu, sinceramente, sou contra os cartões, sobretudo os amarelos. Se um jogador, como o holandês que agrediu Ronaldo, cometer uma falta barbara… expulsão sem piedade! Se, por outro lado, um jogador abusa do jogo faltoso, cartão amarelo! Agora o futebol é um jogo viril, um derrube mais bruto, desde que não seja maldoso, não deveria merecer castigo. Mas com critério senhores arbitros, com critérios uniformes! Deixem jogar mas deixem, sobretudo, jogar as duas equipas. Ivanov não teve coragem de expulsar o holandês aos 5 minutos, porque se a falta fosse aos 55 minutos estou certo que o faria. E isto é inaceitável.

Por outro lado, Costinha, Deco e Figo, os três mais experientes e, sobretudo, lideres da equipa, cometeram erros de meninos. No caso dos dois primeiros, esses erros levaram à expulsão, Figo escapou porque o arbitro não viu (embora a FIFA acredite que a cabeçada tenha sido mais um encosto do que um golpe). Eu estou contra a não expulsão do holandês que agrediu Ronaldo, estou contra a aceitação por parte do arbitro do anti fair-play holandês que levou ao cartão amarelo exibido a Deco. E estou contra à amostragem excessiva de cartões, quase num ratio de 1 falta/1 cartão! Mas, e desculpem a frontalidade, Costinha, Deco e Figo foram/seriam bem expulsos. Se, e quero crer que sim, o objectivo é ir o mais longe possível na competição, então o controle emocional tem de ser obrigatório. Esperava-se que Cristiano Ronaldo caísse nesse erro, não se esperava que fossem três dos lideres a dar o mau exemplo. Sair da competição é compreensível, quiçá até inevitável… mas com dignidade e com honra. Basta sermos vistos como os hooligans dentro dos relvados.



Para acabar quero felicitar Scolari pela vitória. Ou melhor, pelas 11 vitórias consecutivas, algo que não está ao alcance de qualquer um, e que dificilmente será batido nas próximas decadas. A forma como festeja os golos, como discute, como incentiva, como defende a selecção perante jornalistas estrangeiros (mais um ou outro camelo como o Ribeiro do pasquim, que dor de corno mãezinha…) e como canta o hino (!) é de louvar. Que fique nos comandos da selecção até á chegada de Mourinho… era a ideal passagem de testemunho e a certeza que o bom trabalho não caía em saco roto.

terça-feira, 20 de junho de 2006

Picareto de volta - Poesia Sebastianista!

Após algum tempo de ausência que se prolongará por mais um mês (até ter net em casa), Picareto Kid volta à carga para que o seu nome não seja esquecido!

Rui Costa chegou de avião
No nevoeiro instalado
Lisboa é uma nação
O Chiado ja estará reparado?

Rui Costa adepto e sócio fervoroso
Sua classe no relvado vai voltar a espalhar
Grandes vitórias deu ao glorioso
Quantos jogos do seu clube irá este ano arbitrar?

Em Itália ganhou titulos
Tem uma medalha da Champions no armário
Lá escreveu belos capítulos
Quantas medalhas tem Secretário??

domingo, 18 de junho de 2006

"IRÃO" CONTINUAR ASSIM??



O DIA EM QUE LUIS E DECO JOGARAM FUTEBOL...

Portugal carimbou o passaporte para os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, ao bater o Irão por 2-0, numa partida disputada em Frankfurt. Deco e Cristiano Ronaldo foram os marcadores de serviço.

Portugal garantiu que continuará em prova pelo menos até aos oitavos-de-final. O Irão resistiu enquanto pôde, mas os portugueses foram sempre superiores, apesar de ainda haver coisas a melhorar, principalmente no eixo da defesa. De resto, com uma exibição bem mais conseguida do que frente a Angola, a equipa não sentiu a pressão de ter de ganhar para não adiar as decisões e igualou um feito dos Magriços. Há 40 anos que Portugal não ganhava dois jogos consecutivos num Campeonato do Mundo.


Momento do jogo

Depois de uma primeira parte sem golos, mas com muitas oportunidades para os portugueses, a equipa lusa continuou a dominar os acontecimentos na segunda parte e, aos 54 minutos, Ronaldo proporcionou nova defesa a Mirzapour, com um remate rasteiro, de pé esquerdo. Aos 62 minutos, o momento do jogo… Figo assistiu Deco na zona central, com o centrocampista luso-brasileiro a rematar de pronto, com violência. Grande golo de Deco, para figurar nos melhores da competição. Aos 66 minutos, Scolari fez entrar Petit em campo, para o lugar de Maniche, e dois minutos depois o Irão poderia ter chegado ao empate, por intermédio do recém-entrado Khatibi, com a bola a sair muito perto do poste.

Golo de Ronaldo
Aos 77 minutos, novo aviso por parte dos iranianos, com Ricardo a evitar o golo do empate após cabeceamento de Hashemian. No minuto seguinte, Golmohammadi derrubou Figo na área do Irão e o árbitro francês, Eric Poulat, assinalou de imediato grande penalidade. Chamado a converter o castigo, Cristiano Ronaldo aumentou a vantagem de Portugal, num remate sem hipóteses de defesa para Mirzapour. Os comandados de Luiz Felipe Scolari controlaram as operações até final e conseguiram guardar a preciosa vantagem. Já em período de descontos, Ronaldo introduziu a bola na baliza iraniana, mas estava em posição irregular.

FAÇAM HISTÓRIA!

PS: Apenas um recado ao jornal Abola e Record. Não meter Deco na primeira página de hoje é uma atitude muito feia. Por muito que vos custe SOMOS TODOS PORTUGAL!!!

terça-feira, 13 de junho de 2006

Angola - 0 Portugal - 1



Portugal entrou a ganhar no Mundial. E, recordando recentes competições, é um facto digno de registro. Mas convém igualmente recordar que a vitória foi alcançada frente a uma das 3 piores selecções presentes na competição. Angola confirmou tudo o que esperava: ingénua a defender, inocua a atacar, com um aleijado como única solução de banco! Os jogos frente a México e Irão confirmarão que a derrota pela margem minima é a maior vitória que os angolanos poderão alcançar. De facto, ao eliminar a prepotente Nigéria, durante o apuramento, Angola ganhou o seu Mundial. Não é tão fraca como a Arábia Saudita, mas é de longe a mais fraca selecção africana em prova. E sobre Angola estamos conversados. Se Potugal quer o apuramento para a fase seguinte, pode excluir a possibilidade de uma ajudinha angolana.

Quanto à equipa portuguesa. Começando pelo sector defensivo, Ricardo esteve seguro, não falhando nenhum cruzamento e fazendo uma excelente defesa na única ocasião de golo angolana. Se os laterais estiveram discretos, já os centrais vão ser uma bela dor de cabeça. Se frente ao QuáQuá tremeram e pontapearam a bola para onde estavam virados, o que esperar desta dupla frente a atacantes reais? A lesão de Jorge Andrade ainda se vai revelar mais problemática do que seria de supôr. E isto porque tanto R.Carvalho como Meira são jogadores idênticos, que ainda por cima jogam ambos, preferencialmente, descaídos para a direita. Foi tão desejada a morte da geração dourada que ainda nos vamos arrepender da falta de um Fernando Couto ou mesmo de um Jorge Costa. E isto já para não falar da falta de um Rui Costa, agora que o maestro brasileiro anda lesionado. Espero estar enganado.

Quanto ao meio campo. Muitos protestavam contra Scolari pelo facto dele preferir a dupla Costinha/Maniche à dupla Petit/Tiago. Ora bem, após uma discreta exibição de Petit e de uma anulada exibição de Tiago, espero que essa facção da mouraria se dê por satisfeita e sossegada. Se é um facto que Petit pode vir a ser muito útil, já Tiago foi uma completa decepção. Por mim, passava para trás de Maniche e Hugo Viana nas escolhas, mas respeitarei a decisão de Scolari.

No ataque há a destacar o golo de Pauleta. Não que seja uma grande surpresa, afinal ele é o rei dos golos frente aos pequenitos. Espero confirmar a veia goleadora do avançado contra selecções mais capazes. Já a começar no próximo sábado. Simão Sabrosa tem de usar pilhas Duracell, porque isto de render só durante os primeiros 15 minutos é pouco, muito pouco. Cristiano Ronaldo continua a confirmar a má fase que atravessa, mas a verdade é que não marcou porque não calhou. À falta de melhor, e continuando disciplinado, merece a confiança.


Resta o Man of the Match, FIFA. Luis Figo. Podia falar do lance do golo, podia falar das assistências para golo desperdiçadas pelos colegas, mas quero destacar a entrega ao jogo e a disponibilidade para atacar, em posse de bola, e defender, quando sem bola. Foi um Figo maduro, verdadeiro capitão, sem tiques de vedetismo nem excessos de individualismo. Foi um exemplo para os extremos presentes em campo e para os que no campo desejavam estar. Antes de se pensar no brilhantismo pessoal, há que pensar na equipa. E continuando assim, e observando todos os extremos de brinquinho que por aí andam, começo desde já a campanha: Figo ao Euro’2008!


PS:

Parece que estavam 31ºC durante o jogo. Afinal o estágio em Évora não foi assim tão despropositado, pois não? Razão tem Scolari quando os manda tomar no cú! Um dos criticos intelectuais até anda a tirar o curso de treinador… as saudades que vou ter deste brasileiro sem papas na lingua.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Campeonato do Mundo Alemanha 2006



Num País que vive e respira futebol como a Argentina, pátria do deus Maradona, vem uma mensagem para todos os portugueses: sejam quais forem os escolhidos, serão esses que irão lutar pelo tão ambicionado titulo.

Jose Pekereman, que deixou de fora jogadores de valor indiscutível como Javier Zanetti, Walter Samuel, Diego Placente, Veron, Dusher, Diego Milito, Lucho Figueroa, entre outros, e que colocará no banco de suplentes, ao quer tudo indica, craques da bitola de Pablo Aimar, Lucho Gonzalez, Tevez e Messi (com um banco destes não sei como o Brasil é assim tão indiscutivelmente campeão antecipado...) não é alvo de ataques constantes da imprensa. Talvez porque todo o argentino saiba que, com essas medidas, estaria somente a ajudar o adversário. Existe um tempo correcto para se fazer o balanço, e esse tempo chegará com o final da competição! Tal como se viu com a França de Jacquet, em 1998, tão criticada pela exclusão de Cantona e Ginola, e tão aclamada no final da prova!

Copiemos pois então a inteligência de um povo que sabe de futebol e gosta de futebol. E quem preferir criticar, que vá ver os jogos do campeonato de juniores do seu clube.


FORÇA PORTUGAL!

quinta-feira, 8 de junho de 2006

O Euro do nosso descontentamento


O Euro2006 de “Sub-21” foi feito à medida da selecção portuguesa. Pelo menos era assim que os portugueses pensavam. É desculpável, afinal de contas a esmagadora maioria não conhecia o valor de selecções como a Holanda, a Ucrânia e a França, que provaram a todos nós que não são inferiores à melhor selecção portuguesa. Sim, se são tão boas como a nossa melhor selecção, agora imaginem quando defrontam aquela manta de retalhos que alugou a camisola portuguesa durante uma semana.

Este post é dedicado ao que de melhor passou por Portugal nas duas semanas da competição. É dedicado a uma grande equipa holandesa que, embora começando a competição com uma derrota (tal como Portugal), soube reagir como uma equipa e saiu como incontestável vencedora da prova. Jogadores como Huntellar, Nicky Hoffs e Castelen têm um futuro brilhante pela frente. Este trio de ataque (ao contrário do trio viperino da tv…) é um regalo para quem gosta verdadeiramente de futebol.

Mas não foram só os holandeses que se destacaram. Da Ucrânia dois jovens, que curiosamente fazem parte da lista que irá ao Mundial da Alemanha, sobressaíram: o defesa Chygrynskiy e o estratega Milevsky. Se os prospectores dos clubes portugueses seguissem a competição, em vez de estarem já no brasil a fazer que trabalham, eram dois nomes a constar da lista de reforços de qualquer clube. A juntar a estes destaco ainda dois franceses (podiam ser mais…), os médios Mavuba e Toulalan e o dinamarquês Kahlenberg, autor de 3 golos em 3 jogos!
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Contra factos não há argumentos: não foi Quaresma nem nenhuma outra pseudo estrela a brilhar em Portugal! Os nomes que destaquei, que poderiam igualmente participar no Mundial, exceptuando obviamente o dinamarquês, deixaram de lado as amarguras e provaram porque são destaques no seu País!

Agora vem a parte dedicada ao saloio que ousou questionar Scolari! Sim, o homem que, entre outras barbaridades, disse:

“Se tivesse muito dinheiro, apostava forte em Portugal” antes da prova

“A Servia é uma equipa muito simples, tipo arroz com feijão”


“Se quisesse ter uma saída airosa, dizia que foi o azar”, depois da eliminação do Europeu

Agostinho Oliveira, que para quem não sabe foi aquele treinador que perdeu os 3 jogos do mundial de sub-20 na Austrália, em 1993 (facto que proporcionou um mês de férias delicioso na terra dos cangurus, dos koalas e do surf… e não esqueçamos que eramos, somente, os bicampeões em titulo!) exigiu ao Felipão a lista de convocados, como se o facto de não saber se contava com Quaresma (porque os outros possiveis convocaveis sabiam, tal como TODOS os portugueses, que iriam jogar nos sub-21) fosse impeditivo de montar uma estratégia de jogo. A única estratégia foi gerar consenso entre os anti-scolari (ávidos por qualquer motivo para largar veneno sobre o homem que uniu a selecção com 95% da população portuguesa), e mandar bitaites sobre o favoritismo à conquista da prova. Ora, como se viu, só um leigo, como eu, e a larga maioria dos portugueses, podem assumir tal candidatura com total desconhecimento do real valor dos opositores! E mais importante, com essas criticas a Scolari, afirmando que não saberia qual é a equipa, passou a imagem que há jogadores de primeira e segundas escolhas. Isto é que é a verdade que não pode, não deve, nunca ser transmitida pelo responsável principal.

Foi decepcionante olhar para o banco, durante os jogos, e observar a pose do seleccionador, que pareceu sempre mais de adepto desesperado do que técnico competente. É preciso um grupo coeso e em sintonia com o treinador, mais do que nomes sonantes e jovens, ainda em processo de ascenção e consolidação de maturidade. Tive imensa dificuldade em encontrar uma linha de raciocinio em Agostinho Oliveira, tira Moutinho, mete Moutinho, tira Nani quando foi o melhor do primeiro jogo, muda a defesa quase toda, insiste num Hugo Almeida completamente desastrado, que ainda por cima quase que obriga a um futebol directo, enfim... atitudes próprias de um homem desesperado!

Ao contrário de Scolari, Tino nunca teve o grupo consigo, não o conquistou e compreende-se perfeitamente porquê! Aliás, quando afirmou que Quaresma e demais jogadores que tinham pretensões a disputar o Mundial, escusavam de disputar o euro sub-21, por falta de concentração e motivação, foi brando! Um líder, que quer conquistar o grupo, tem de tomar essas decisões. E foi óbvio que Quaresma nunca deveria ter jogado! Quanto mais jogar 270 minutos! Foi penoso observar tão talentoso jogador humilhar-se a cada jogo! Fomos de vela? Pior, fomos de trivela! Não se admite que um treinador permita que um jogador faça pouco do trabalho da equipa! Quaresma só não marcou pontapés de canto de trivela, porque de resto repetiu esse movimento duzias de vezes por jogo! Esse gesto técnico brilhante deve ser usado a favor da equipa e não como brincadeira de praia! Nunca, repito nunca, Scolari permitiria tamanho afronto! Talvez resida aqui a diferença entre Scolari e Tino.

PS:

Entretanto é hilariante o facto dos anti Scolari virem culpar o chefe das selecções (o dito Scolari) pelo inêxito do Tino. De facto todos acreditamos que os chefes levam sempre com as culpas (e incompetências) dos subalternos. Sim, talvez no País das Maravilhas. Bem, o que eu sei é que todos assobiam para o ar após o ultimo lugar numa competição disputada em casa, mas ao mesmo tempo exigem as meias finais á selecção A. Somos de facto um País de comediantes…

segunda-feira, 5 de junho de 2006

FC Intelectuais


Numa época em que ainda se discute na praça publica a convocatória de Felipão, porque não arrefecer um pouco a euforia em torno da selecção, e virarmo-nos um bocadinho para o futuro do futebol português e para a classe de treinadores lusos. Após a brilhante campanha de Mourinho no FC Porto, o primeiro treinador saído da Universidade a ter sucesso em Portugal (sem menosprezar Carlos Queiroz), assistiu-se a um período de fato e gravata como exigência no curriculo de um treinador. Homens competentes como Manuel José e Manuel Cajuda viram-se forçados a emigrar para encontrarem projectos de trabalho aliciantes. Será esta a solução do futuro? Serão estes treinadores tão bons como se fala? Ou serão somente clones de José Mourinho, na forma de vestir e de falar? Serão eles Intelectuais do Futebol ou o futebol actual é que é para intelectuais?

E os restantes treinadores? Que futuro para homens como Paulo Bento, Domingos e outros ex-jogadores que desejam uma carreira de treinador? E os veteranos como Vitor Oliveira, José Romão, entre outros? E os campeões caídos em desgraça, Inácio e Pacheco? Podem todos conviver simultaneamente ou o perfil está dependente da “moda” vigente? Como explicar o fenomeno Jesual Ferreira, que é estranhamente cobiçado após 20 anos na sombra?

Autoria: Mitico & Pirata

sexta-feira, 2 de junho de 2006

A SEMANA DESPORTIVA



A CHAMADA DE PAULO SANTOS

Um percurso acidentado
O guarda-redes do Sp. Braga é um homem feliz com a chamada à selecção nacional de Portugal, o culminar de duas épocas de grande qualidade na turma minhota, consubstanciada com a distinção de ser, neste momento, o guardião menos batido da Europa. Porém, para chegar a este patamar, aos 32 anos de idade, Paulo Santos teve de superar alguns “ventos e tempestades”, próprios de alguém com um espírito rebelde e das vicissitudes de um profissional de futebol.

AS PALAVRAS DE LUISÃO:

Jornalista: Isso quer dizer que o FC Porto foi um justo vencedor...
Luisão: Claro. O FC Porto foi um justo Campeão. Se olharmos para o que fizeram durante a época percebemos que ganharam com justiça, pois foram os mais regulares e estiveram sempre na liderança. Num Campeonato tão disputado como é o português é imprescindível ser constante. Manter uma certa regularidade, pois só dessa forma se consegue chegar ao fim no topo.

FERNANDO SANTOS

Lampião assumido, Fernando Santos chegou finalmente ao comando técnico do clube da luz depois de já ter orientado o FC Porto e o Sporting. O treinador tem plena consciência que o que se lhe pede são vitórias, mas assegura que se assim não fosse "não tinha aceite o convite". Fernando Santos tem a ambição de "acordar o monstro" e reafirma o desejo de ver o benfica sagrar-se campeão europeu num futuro próximo. Para isso, conta ter um plantel equilibrado e capaz de discutir a vitória em todas as provas, aliás, a única coisa que "promete" aos adeptos.

A SELECÇÃO E O PRESIDENTE DA REPUBLICA

O Presidente deixou uma "palavra de incentivo" e frisou ter a "certeza" de que todos irão "honrar o nome de Portugal" na Alemanha. "Teria muito gosto que Portugal estivesse na final, aliás, como todos os portugueses.
Na cerimónia onde estiveram todos os jogadores e restantes elementos da comitiva, o Presidente da República revelou nenhuma dúvida numa participação positiva da equipa na Alemanha: "A Selecção Nacional tem hoje os holofotes sobre ela, na medida em que reúne nomes consagrados do futebol mundial. Os portugueses têm orgulho na selecção. O entusiasmo demonstrado nos últimos dias de Norte a Sul é um estímulo para a vossa actuação."

FORÇA!

VITOR BAÍA, UM SENHOR DENTRO E FORA DO CAMPO

"...Que façam um grande mundial..."

"...Um grande Mundial e que tenham muita sorte...", expressou, revelando-se um acérrimo adepto da turma lusitana: "Claro, sempre. Como um bom português..."
Este é o desejo de Vítor Baía que foi expresso na apresentação do livro infantil "Contos Redondos", cujas receitas revertem a favor dos jovens mais desfavorecidos. No Dia Mundial da Criança, o número 99 presenteou os mais pequenos com autógrafos e muitos sorrisos.