Redes Social

terça-feira, 29 de junho de 2010

A angústia de uma pátria no momento da substituição errada.

Dassssssse!
Pé frio do c*ralho.
Até retirar o ponta de lança o jogo podia cair para qualquer lado.
Queirós matou Portugal com a substituição de m*rda que fez.

Só para dizer também que desde que a Espanha marcou, a arbitragem não nos deixou fazer mais nada.
E 4 jogos 4 árbitros de língua Espanhola.

Nota também que Mundiais fora da Europa não valem a pena; é sempre a mesma m*rda.
Os roubos ao México e à Inglaterra desmotivam quem quer ver futebol.

Pelo que vi hoje, a Espanha só terá hipóteses com arbitragem por trás, pois não tem estaleca para o Brasil, Argentina ou Alemanha.

Mundial 2010: Oitavos-de-Final

1. Uruguai vs Coreia do Sul

Vitória esperada do Uruguai, mas sofrida, bastante sofrida. Valeu-lhes a sorte inicial, na sua baliza (bola no poste) e na baliza adversária (fífia para golo de Suarez). A partir desse momento os coreanos tomaram conta da partida, remeteram os sul-americanos somente à defesa e, quando alcançam o empate, o mais provável seria a reviravolta completa. No entanto, foi então que os uruguaios, com o brio e garra que se lhes reconhecem, assumiram o controlo do jogo e alcançaram o golo da vitória, novamente pelo Luis Suarez, num dos mais belos golos marcados na competição até ao momento. Cai a Coreia do Sul, mas de cabeça erguida, mostraram ao Planeta Futebol que já se encontram num patamar de qualidade, que diferença para as equipas apresentadas nas décadas de 80 e 90!



2. Gana vs EUA

Este Gana está a ser muito bem orientado, assemelha-se muito a uma selecção europeia no controlo dos espaços e no modo como executa rápidas transições para contra ataques venenosos, não perdendo contudo a magia africana. Asamoah Gyan é o destaque, na falta do líder Michael Essien, mas realce sobretudo para a disciplina da equipa, algo que falta às selecções africanas, excepto ao Egipto que, curiosamente, falha constantemente os apuramentos. Quanto aos americanos, que se pode dizer? Mereciam estar nos QF da prova, mais uma vez estiveram atrás no marcador e mais uma vez assumiram o jogo, sem receios, com qualidade, com bravura e inteligência de jogo, algo impensável há uma década. Embora hajam muitos a queixarem-se, deixem-me dizer o seguinte: se há alguém que sai de prova sem um único lance a favor e vários contra são precisamente os americanos, e não os ouço a queixar…



3. Alemanha vs Inglaterra


Germânicos fantásticos! Não há que dizer muito mais, grande entrada em jogo, criando várias oportunidades e concretizando duas delas. Reacção inglesa num frango de Neuer (notoriamente o elo mais fraco desta selecção, se lá estivesse o Oliver Kahn de 2002 nem valeria a pena continuar com a competição, o troféu já estaria entregue!), seguida de um lance que vai marcar a competição, com a não validação do golo de Lampard. Inevitável falar do lance, que aconteceu precisamente à selecção certa, uma vez que os membros caquéticos da International Board sãom precisamente, britânicos! Justiça poética? Talvez, mas que nenhum bife se agarre a essa desculpa, se é verdade que a Inglaterra teve uns bom 20 minutos, a selecção alemã esteve soberba durante os restantes 70! Vitória implacável, demolidora e que, contando todas as ocasiões de golo, pode até ter pecado por escassa. CR? Messi? Desculpem, mas para mim, nestes 15 dias, os nomes que me têm encantado são Thomas Muller e Memet Ozil.



4. Argentina vs México

Jogo marcado pelo erro do arbitro. Aqui sim, ao contrário dos ingleses, os mexicanos que controlavam o jogo e criavam as melhores ocasiões, têm clara razão para se sentirem prejudicados. Ainda por cima, para além de Tevez se encontrar em fora de jogo, exibiram a repetição do lance, que apenas serviu para desmotivar os jogadores aztecas, confirmando o clamoroso erro. Não foi portanto de admirar o segundo golo argentino, 5 minutos após a vergonha. Existe alguma equipa capaz de recuperar 2 golos à selecção de Maradona? Bem, se existe, não é seguramente o México, que capitulou ao intervalo. O golaço de Tevez serviu apenas para terminar com o jogo, sendo de enaltecer a atitude da equipa mexicana, que em vez de se desligar do encontro teve brio para procurar o seu golo, que conseguiu através da nova coqueluche do Manchester United, Javier Hernandez, um miúdo a seguir com atenção.


5. Holanda vs Eslováquia


Um passeio holandês? Sim, de certo modo, enquanto a Eslováquia optou por não jogar futebol, apostando apenas em manter as suas redes invioláveis. Era capaz de jurar que era o Carlos que estava no banco holandês, mas a forma corajosa como, a meio da segunda parte, os eslovacos se libertam e tentam ser felizes, tirou-me todos os equívocos. Foi de bradar os erros da defensiva holandesa, que por 2 vezes permitiram o remate frontal aos avançados contrários, valendo-lhes a fraca pontaria. Sneijder acabaria com o jogo perto do seu fim, numa partida de certa forma decepcionante da laranja mecânica, ou sobem a qualidade do seu jogo ou o Brasil terá o caminho aberto para as meias finais…


6. Brasil vs Chile

A importância das bolas paradas. Juan desbloqueou um jogo que teve ainda (novamente) pouco Brasil. Estaremos perante a italianização do futebol brasileiro? Improvável, no entanto o desejo que sobra para todos os que querem ver mais de uma equipa que pode e deve fazer mais é vê-los numa situação de desvantagem. Sou só eu que penso assim? Alguém consegue imaginar a qualidade de um Holanda vs Brasil, com um golo holandês aos 5 minutos de jogo? Quanto ao Chile, que fez um torneio interessante, fica a questão pertinente: como pode Valdivia, um jogador de top, sentar-se no banco? Erro crasso senhor Bielsa…



7. Paraguai vs Japão

Indiscutivelmente o pior jogo entre, provavelmente, as duas equipas mais frágeis que conseguiram o apuramento da fase de grupos. Ainda assim, e pelo desejo de vitória demonstrado, bem como pela notória evolução, chora-se mais a eliminação dos japoneses do que festeja-se o apuramento dos insonsos paraguaios. Seja como for, parece garantido, há um jogo dos QF da prova com vencedor mais que previsível: Espanha! A menos que o Paraguai consiga arrastar o jogo até aos 120 minutos, aí tudo é possível, e da forma exemplar como executaram os penalties, a ideia que fica é que os sul americanos acreditam ser possível chegar à final de penalty em penalty... espero sinceramente que não!

domingo, 27 de junho de 2010

Mundial 2010: Balanço da 3ª Ronda

Concluída a primeira fase de grupos é altura de balanços.


Grupo A - Apurados Uruguai e México

Num grupo à partida muito homogéneo era suposto esperar-se mais da selecção francesa, que se cotou como a maior desilusão da competição. Será? Mas, verdadeiramente, quem acreditava na equipa liderada pelo inenarrável Domenech? Surpresa isso sim foi a consistência do Uruguai, uma equipa que viveu ofensivamente da dupla Forlan e Suarez (Mourinho disse que foi inacreditável ninguém ter reparado em Milito até aos seus 30 anos... e quando é que vão reparar em Luis Suarez, vedeta do Ajax?) mas que foi sobretudo um couraçado inultrapassável defensivamente. A África do Sul tornou-se na primeira selecção anfitriã a não passar à fase seguinte, mas sinceramente creio que até fizeram muito, são para mim a selecção africana mais fraca em competição, valeu-lhes o factor casa.

Grupo B - Apurados Argentina e Coreia do Sul

A Argentina dominou, conforme esperado. 3 jogos, outras tantas vitórias, falhadas goleadas com Nigéria e Grécia, num caso por falta de pontaria, noutro porque os gregos são mesmo o anti jogo em pessoa! Já a Coreia do Sul, que desde 2002 vem crescendo, apurou-se com naturalidade, dá gosto verificar que o mundo do futebol já deixou de ser Europa vs America Latina.

Grupo C - Apurados EUA e Inglaterra
.
Um Grupo que foi considerado EASY (England-Algeria-Slovenia-Yankees) pelos sempre arrogantes bifes por muito pouco não colocou a selecção inglesa fora de prova. Ainda assim custou-lhes o lugar de topo para uns (já pouco) surpreendentes americanos que, apesar de não jogarem nas ruas mas sim em belos soccer fields apoiados pelas belas soccer mom's, conseguem ter uma bela noção das regras colectivas do jogo, sendo responsáveis por alguns dos mais belos movimentos de equipa até ao momento. Sinceramente, deu gosto ver a forma como os norte americanos jogaram até ao momento, ainda para mais sendo uma equipa com grande alma, indo sempre em busca do resultado. Assim que tiverem melhor capacidade defensiva serão um valor seguro, já falta pouco, em 2014 cá estaremos para o confirmar. Ouviste Oliveira, seu palhaço...


Grupo D - Apurados Alemanha e Gana
.
O favoritismo da jovem equipa alemã confirmou-se, mesmo tendo um tropeção contra os sofregos servios, num jogo em que tudo correu mal, ainda assim o primeiro lugar foi conquistado. Dá gosto ver jogar o jovem Ozil, na minha opinião a jovem estrela emergente deste torneio. O Gana, sem Essien e Muntari, os lideres da equipa, cumpriu a preceito, o que deixa no ar a questão: e se o melhor médio do mundo, Michael Essien, estivesse a 100%? Palavra final para a Austrália, muitos consideraram-nos os bombos da festa da prova mas os jogos com Gana e Sérvia retiraram quaisquer dúvidas: os socceroos, apesar de limitados, sabem o que fazer com a bola!

Grupo E - Apurados Holanda e Japão
.
Bom desempenho holandês, mas sem a classe e brilhantismo esperado. Será que surgirá na fase a eliminar? Espero que sim, é o meu cavalo de corrida favorito, dá gosto vê-los jogar quando se libertam das amarras defensivas... e Robben está de volta! O Japão, a par da Coreia, confirma a crescente qualidade asiática, que deixam de ser apenas 10 minhocas a correr como se o mundo fosse acabar para passarem a ser 10 minhocas a correr como se o mundo fosse acabar e com qualidade de passe e remate, então os 2 golos de livre directo frente à Dinamarca são o exemplo disso mesmo! E por falar em Dinamarca, para quem tinha dúvidas, as mesmas ficaram dissipadas: a Dinamarca é um amor, eu adoro a Dinamarca, e explico porquê, ver um jogo onde entra a selecção dinamarquesa é garantia de golos, ataques, espaço entre linhas, erros defensivos e excelentes triangulações. Os dinamarqueses são a prova viva do que deve ser o desporto: ganhar ou perder é desporto, vamos portanto divertirmo-nos. Bonito, dou-lhes os parabéns, e a brincar a brincar até já têm um título europeu no cv e variadíssimas participações nas competições internacionais, prova é capaz de valer a pena apostar no espectáculo.

Grupo F - Apurados Paraguai e Eslováquia
.
Inevitavelmente o destaque tem de ir para a Itália. Alguém acreditava neste descalabro? É que no descalabro da França havia quem acreditasse, e por isso elejo a Itália como a grande decepção e fiasco da prova, não pela falta de qualidade mas pela postura cínica e arrogante, quem duvidar destas palavras é observar a forma como alinharam com a Eslováquia, onde o empate era suficiente e, a perder por 1-0, mantinham toda a tranquilidade do mundo, confiantes que o talento era (mais que) suficiente para empatar. Em 2006 convém recordar que estes sujeitos só eliminaram a Austrália de forma vigarista, caso contrário teriam caído e o título nem o cheiravam! Parabéns portanto aos eslovacos, a forma como marcam o terceiro golo com um lançamento lateral foi a vitória mais irónica que poderiam obter. A qualidade do Paraguai chegou para passear no grupo (se o suplente Cardozo vale 25 milhoes, entao ninguem tem dinheiro para pagar a dupla titular... penso eu de que...) e a Nova Zelândia, o patinho feio da prova, fez uma participação brutal, conseguir manter-se imbatível com tão pouca qualidade merece muito crédito!
.
.
Grupo G: Apurados Brasil e Portugal
.
Brasil sambou, chegando até a irritar tanta displicência, das duas uma: ou não valem mais do que isto e nem que a vaca tussa são campeões, ou então estão armados em italianos e pouparam esforços para a fase que realmente conta. A Costa do Marfim, com um morto-vivo no banco, fez o que pode, já em 2006 tinham tido um grupo tramado (Argentina, Holanda, Servia), desta vez cumpriram a obrigação (4 pontos era, à partida aceitável), não contando com uma goleada de Portugal, e com razões para isso, afinal Portugal até para marcar golos à Coreia do Norte da Europa (Albânia para os mais distraídos) tem problemas. E sim, foi assim, sem histórias de Cabo das Tormentas, Padeira de Aljusbarrota, Vasco da Gama nem Fernando Pessoa, assim tão simples, que Portugal conseguiu o apuramento: nulidade atacante nos jogos a sério (sem novidade, é ver os jogos de apuramento com Suecia, Dinamarca e amigaveis com equipas decentes) e golos no jogo com as minhocas coreanas. Cumpriu Portugal? Sim, sem dúvida. É motivo para festa? Depende, quem se habituou a ver Portugal a ter posse de bola, a construir jogo e a ter azar nas finalizações (mas para ter azar é preciso cria-las!) estranha este Portugal dos 4 centrais, dos 2 laterais esquerdos, do pontapé para a frente. Provavelmente o culpado sou eu que estou a ser exigente, ainda assim acho que se tivessemos alguem a treinar a equipa eramos capazes de dar o espectaculo que o Mundo espera de Portugal. A Coreia do Norte foi a anedota que todos esperavam, ou melhor, quase todos...
.
.
Grupo H - Apurados Espanha e Chile
.
Todos nós sabemos o que é começar mal um mundial, 2002 não sai da mente dos tugas, e os espanhois passaram a saber que perder de entrada, mesmo dando festival, implica iniciar o mata-mata bem cedo! Ainda assim, confirmando todo o valor que lhes é tributado, Espanha saiu vencedora de um grupo onde 2 equipas optaram por jogar futebol e outras duas optaram por fazer figuras estúpidas. Por isso, em nome de todos os adeptos de futebol, quero aqui agradecer ao Chile, para além de praticarem bom futebol, deram-nos o prazer de saber que Suiça e Honduras não voltarão a poluir as tvs nos próximos dias. Obrigado!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mundial 2010: Balanço da 2ª Ronda

A segunda jornada trouxe os primeiros apurados para a fase seguinte: Holanda, Brasil e Argentina, com 2 jogos e 2 vitórias, contando com os restantes resultados dos adversários directos para ficarem a salvo da diferença de golos. Por outro lado, já afastados da prova, contam-se a Coreia do Norte (sem surpresas, tirando para alguns que pensam estar perante uma boa equipa...) e os Camarões (aqui sim uma surpresa!).


Mas para além dos 3 apurados outras equipas ficaram praticamente com o apuramento garantido. A saber: Uruguai, México, Paraguai e Portugal. Ou seja, apesar de serem somente um mini campeonato de 3 jogos, quase metade dos apurados precisaram somente de 2 jogos para concretizar o apuramento. Que conclusões se podem tirar? Falta de qualidade de algumas equipas presentes? Sorte? Azar? Usem da imaginação, parece abundar nestes dias por aqui...

Quanto a resultados nesta segunda jornada, a destacar a limpeza do Mexico a uma selecção francesa que naufragou imediatamente após a derrota; destaque igualmente para a enorme surpresa nos empates alcançados pela Argélia e Nova Zelândia perante as inoperantes Inglaterra e Italia, respectivamente. Confirmações na Argentina, o melhor futebol até ao momento, confirmando que um selecccionador não precisa ser doutor nem professor, tem isso sim de saber lidar com homens, tratando-os como tal e não como meninos ou juniores, e sim, a boca é fácil de direccionar, parabéns pois ao adepto Diego Armando Maradona, prova a todos que essa treta de futebolês não é nenhuma ciência, sobretudo em provas de 20 dias!



Ficam aqui os meus prognósticos de apuramento e respectivos jogos dos Oitavos de Final, sendo certo que os Grupos A e B já estão decididos.

Mexico vs Argentina

Uruguai vs Coreia Sul

Inglaterra vs Servia

EUA vs Alemanha

Holanda vs Italia
.
Paraguai vs Dinamarca
.
Brasil vs Chile
.
Portugal vs Espanha


Dentro de 3 dias saberemos se estas previsões estão correctas ou se é mesmo preciso ser professor de futebol para se perceber esta ciência de 22 homens a correr atrás de uma bola...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Avassalador

CILINDRO TRITURADOR LUSITANO!!!!

Portugal bateu hoje à tarde a Republica Popular da Coreia por 7-0. O segredo do sucesso prendeu-se nas alterações tácticas operadas pelo Professor Carlos Queiróz relativamente ao jogo com a Costa do Marfim. A utilização de Tiago no lugar de Deco, Hugo Almeida em vez de Liedson e Miguel no lugar de Paulo Ferreira revelou-se acertada.

Parabéns Portugal!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E eis que Quaresma chega a Turquia…

Quem a 40 ladroes tira dois...

Adeusinho, ide pela sombra e, se possível, façam qualquer coisa menos opinar na comunicação social sobre arbitragens, pior que um arbitro mau só mesmo um mau arbitro julgando ter honestidade para avaliar outro comparsa.
Já agora, para quando a reforma do jagunço-mor, a brasileira não arrebenta com ele? Incompetência...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mundial 2010: Balanço da 1ª Ronda

Isto realmente passa num instante, ainda ontem começou e a primeira jornada de todos os grupos está já concluída. Surpresas? Confirmações? Obviamente que sim, é assim em todas as competições internacionais de futebol, mas sobretudo nos Mundiais, quando selecções que nunca vemos jogar como a Nova Zelândia ou a Coreia do Norte surgem e fazem (muito) melhor figura do que todos esperavam.

Não fiz nenhuma observação rigorosa mas creio não me enganar muito se disser que, em fase de grupos com 3 jogos, as surpresas acontecem invariavelmente no primeiro jogo. A partir daí, quando sobram somente 6 pontos para conquistar, os teoricamente mais fortes e candidatos a uma presença na final assumem o seu estatuto. Deste modo não me espantam os empates de Itália, Inglaterra, mesmo o da miseravel França do Carlos francês (peço desculpa ao nosso Carlos, esta afirmação roça o insulto) e a derrota surpreendente da Espanha, que chegou à Africa do Sul com conversa e atitude arrogante mas que hoje caiu do cavalo, com estrondo!

(aguenta e não chora)
.
O que marcou então a primeira ronda da competição? O medo de perder, os poucos golos marcados, os jogos quase sempre mal jogados e o barulho estúpido que gente ainda mais estúpida faz ao soprar naqueles instrumentos que não merecem sequer ser mencionados. Mas, obviamente nao foram somente aspectos negativos a marcar a primeira jornada. A forma como as equipas asiáticas, Japão e as Coreias, mostraram ao Planeta Futebol como têm evoluído no futebol praticado, sobretudo tacticamente, deixando de se apresentarem sempre com muita ingenuidade, o modo pragmático e eficaz com que a Alemanha despachou a Austrália, que não é tão fraca como muitos já a tentam fazer crer, apenas para desvalorizar o triunfo germânico, e a confirmação do método de trabalho norte americano, apostando num técnico nacional em vez de, a exemplo das nações africanas, contratar um estrangeiro apenas para estar 3 a 6 meses preparando um grupo de jogadores para um competição específica. Louve-se o exemplo americano que, por sinal, já em 2002, mostrou a sua valia, para desgosto dos portugueses e do artolas do Oliveira que passou mais tempo a saltar muros que a visionar o (teoricamente fraco) adversário.

Quanto a Portugal. Cada cabeça sua sentença, se me dissessem que ia acabar empatado antes do jogo começar eu aceitaria o resultado como normal, até positivo. Mas, que dizer da exibição e atitude? Apenas e só isto: a culpa é do Carlos! Qual o motivo do nosso tão característico tiki-taka (sim, nosso, os hermanos apenas o copiaram, ver Euro2000 sff) ter desaparecido e agora a táctica ser bola para a cabeça de Liedson (atenção, mas não dentro da area, para a cabeça e para ele, de cabeça, servir alguem... brilhante!) ou para o CR resolver a 40 metros da baliza? Porque razão Bruno Alves, conhecido por ser um brilhante estratega e criador de jogo, ter um recorde de quase uma centena de passes? Foi evidente que o Carlos teve medo de perder, ao ponto de ter abdicado do Deco, o único em campo com o mínimo de categoria para criar passes de ruptura. Muito mau, sinceramente não esperava melhor, desde os tempos de Artur Jorge que não tinha tão pouca fé em Portugal.
-

Ainda sobre Portugal há 3 coisas que nao posso deixar passar:
.
Porque motivo o anao simulao, que nem força tem para levantar a bola, é o unico que marca os cantos?
.

Porque razao o Amorim, acabado de chegar, é utilizado? Nao ha medios no banco com 30 dias de treinos de conjunto?
.

Porque razao se falou do Drogba e da sua utilização? Que queriam, usar os marfinenses que estao pendurados nos andaimes em Lisboa? E a esses, eram capazes de ganhar? Ganhem, nao só jogos, mas vergonha na cara, se faz favor!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vamos lá Cambada!



Isto é muito fácil, não há como enganar:
.
Eduardo (entre os 3 pasteis, ainda é o unico que disfarça)
.
Paulo Ferreira (ao menos este nao entra armado em campo)
Bruno Alves (cuidadinho que o arbitro não é portugues!)
Ricardo Carvalho (eras o capitão se conseguisses impor respeito, é uma pena...)
Miguel Veloso (mas há duvidas que é o unico com competência para jogar na esquerda?!?)
.
Pedro Mendes (só é pena a cara de toxicodependente arrumador de carros, o Touré ainda lhe dá uma moeda...)
Deco (isto de tirar ferias durante o campeonato ingles ainda nos vai ser util!)
Meireles (devia ser Moutinho mas o Carlos é uma besta, pelo menos faz mais que no FCP... menos era dificil!)
.
Danny (a vodka russa é mesmo boa, só pode ser essa a explicação para tamanha evolução, é craque!)
Cristiano Ronaldo (tenta nao arquear tanto as pernas nos livres, os filmes de cowboys já sairam de moda...)
Liedson (imagina que os pretos da Costa do Marfim são o Luisão, seria hat-trick pela certa!)

E pronto, está feito o onze. E não me pagam 150 mil euros mensais para um trabalho que me ocupou 5 minutos, vida injusta...

domingo, 13 de junho de 2010

E agora?????

Meus amigos o centralismo é isto….

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa considerou que o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) violou a Constituição, ao sancionar o Gil Vicente por recurso aos tribunais no âmbito do “caso Mateus”.

Em comunicado publicado no site, o clube de Barcelos anuncia: “Veio agora o Tribunal dar razão ao GVFC [Gil Vicente Futebol Clube] e, em consequência, decidir pela anulação da referida decisão do Conselho de Justiça da FPF”, que “violou o n.º 1 do artigo 20.º da Constituição, que consagra o acesso ao direito e aos Tribunais.”
“Para que dúvidas não restassem, o Tribunal veio reiterar que ‘o poder de auto-regulação da FPF e da LPFP [Liga Portuguesa de Futebol Profissional]’ só se pode ‘desenvolver nas matérias que constituam questões estritamente desportivas’”, pode ler-se, ainda, no comunicado.
Recorde-se que em 2006, em consequência do “caso Mateus”, o Gil Vicente foi impedido pela FPF de participar na Taça de Portugal, assim como os juniores e juvenis do clube de jogarem nos respectivos campeonatos nacionais. Já a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) despromoveu o clube à Liga de Honra.
O Gil Vicente pode pedir uma indemnização à federação, queixando-se de “elevados prejuízos desportivos e financeiros que decorreram (e continuam a decorrer)” de sanções como a não participação na Taça de Portugal.

A minha luta continua…Quando o Gil desceu era primeira pagina dos jornais, agora é ignorado!!!!! A comunicação social sempre a marcar golos no centralismo!!!!

sábado, 12 de junho de 2010

Gala Tribunal 2009


Gala Tribunal 2009 – Categorias & Vencedores


1. Óscar – Pura Amizade

Uma ressalva, nas competições Europeias não consigo ser contra as equipas Portuguesas… já tentei mas não consigo, pois sinto cá dentro qualquer coisa de Nacional e como tal não consigo torcer por estrangeiros contra nós. PPA (1 Mar 09) 21pontos

Caro comentador da RTP1 - atenção aos seus comentários, o sr. não tem palas nos olhos, logo consegue ver para os 2 lados, e como lhe pago o ordenado ao fim do mês, tenha cuidado, muito cuidado Ramos (13 Dez 09) 18 pontos

Quero enviar daqui um abraço ao Pedro Silva... já cheguei a detestar este moço, mas depois do que ele fez no Algarve (final Taça Liga), recebe um abraço meu! O Autor (22 Mar 09) 15 pontos


2. Óscar – Bom Samaritano

O meu respeito é tal que sou incapaz de gozar qualquer Sportinguista! o Bayern já o fez, e de que maneira! O Autor (11 Mar 09) 31 pontos

há muito tempo que leio este blog, mas agora isto está a real feira, é post atrás de post a ver quem consegue insultar o clube rival. Lembrem-se que nenhum de vocês vai mudar de clube nem vão conseguir que os outros mudem. João (22 Abr 09) 14 pontos

Eu não quero que o Sporting acabe...! Quem nos fornece extremos talentosos depois? Picareto (18 Jan 09) 11 pontos


3. Óscar – Dúvida Existencial

Para mim Beluschi é a contratação do ano na Europa do futebol. O novo cérebro do miolo do FC Porto, vai fazer esquecer o Lucho González. Picareto (8 Jul 09) 33 pontos

Afinal que mistica trasmitem o Moutinho, o Veloso e o Djaló, sempre a pedirem para sair? Pirata (25 Fev 09) 24 pontos

Quando é que o Hulk vai perceber que tem colegas que podem tabelar com ele? Mitico (31 Out 09) 11 pontos


4. Óscar – Grito de Revolta

A Hungria é conhecida pelas suas putas, só nao sabia é que tambem já apitavam jogos! (referencia ao arbitro Viktor Kasai, da eliminatória com a Fiorentina) Pirata (27 Ago 09) 29 pontos

Na minha opinião este é o pior Porto dos últimos 10 anos! Xavier (31 Out. 09) 21 pontos

Trofense para a segunda divisão já! Foi a equipa mais nojenta que vi jogar até hoje contra o Porto! O Autor (12 Jan 09) 15 pontos


5. Óscar – Maior Prazer

Quanto ao meu Porto, não tenho palavras para agradecer... andar em Guimaraes de cabeça levantada e sentir que pessoas evitam falar para mim devido ao que o porto fez, é algo que dá tanto prazer O Autor (5 Dez 09) 30 pontos

Pedro Emanuel foi uma das poucas coisas boas que roubamos ao clube extinto (nota: Boavista) Picareto (17 Jun 09) 22 pontos

Outra coisa que me começa tambem a provocar alguma repetitividade ou melhor simples rotina, é a invasão de Lisboa por milhares de Portistas. É a segunda circular cheia de carros do Porto, é Oeiras, Cascais, Margem Sul, sei lá bem quantas cidades do Sul ficam completamente tomadas pelo dragão. Ramos (1 Jun 09) 13 pontos


6. Óscar – Mau Feitio

Vamos fazer assim... ser zportemmguista é viver o desporto e não interessa ganhar, participa-se nos torneios com os jovens bonitos que são formados no clube! É tudo bonito no zzportemm... a academia, os atletas, os presidentes, o Paulinho! Não existe inveja, não existe ódio, o verde da esperança que o mundo seja bonito como o Sporting! Agora a pergunta: Se ser Sportinguista é tudo isso, então porque é que estão sempre a chatear a puta da cabeça às pessoas? Sempre a fazer queixinhas, sempre a não saber as regras? Que lagartos irritantes! O Autor (21 Abr 09) 25 pontos

Tenho todo o respeito pelo Paulo Bento mas se perde o campeonato para equipas que continuam a perder tantos pontos como Porto ou Benfica, merece um par de estalos e o losango enfiado pelo cu adentro até ao duodeno! Pirata (9 Fev 09) 21 pontos

os vermelhos são iguais a si próprios, broncos e estúpidos. Ivo (1 Out 09) 18 pontos


7. Óscar – Melhor Alucinação

foram precisos 14 jornadas para haver um jogo em que o GLORIOSO fosse beneficiado Mouro (12 Jan 09) 27 pontos

considero Jesualdo um dos melhores treinadores de sempre. O Autor (26 Out. 09) 20 pontos

Se o glorioso este ano for campeão, vale por 10... já não via uma equipa ser tão roubada, desde que me conheço...! Benfas (10 Fev 09) 17 pontos


8. Óscar – Melhor comparação

O Zportem está para a Champions como o Togo para um Mundial de Futebol O Autor (19 Ago 09) 26 pontos

A diferença entre mim e a raça portista é que eu, quando confrontado com factos honestos, sou racional, apesar de tambem descender dos macacos nao me mantenho pendurado na arvore a fazer barulho! Pirata (18 Set. 09) 24 pontos

Honestidade desportiva a um portista??? Lololol... Mais fácil provar que a Ciccolina é virgem!! mouro (28 Set. 09) 16 pontos

9. Óscar – Melhor Premonição

Quanto a Cissokho, prevejo um futuro brilhante a este jogador que daqui a 2-3 anos será concerteza titular da selecção francesa. Picareto (10 Jan 09) 27 pontos

Quanto ao Cissokho... Presidente, deixe-o estar por la (no Setubal)... Mitico (9 Jan 09) 20 pontos

Mesmo sem falar com Jesus nem outro santo vou-te deixar uma futurologia: Jorge Jesus será o próximo treinador dos corruptos (nota: FCP)! Mouro (13 Jan 09) 15 pontos


10. Melhor Provocação a adepto rival

Pirata, já tens a cota (socio fcp) de Abril ou só vais comprar a partir de Maio? Picareto (7 Abr. 09) 16 pontos

PPA espero que esteja tudo bem contigo! E pelos vistos fez-te bem a passagem pelo hospital! Comentários sem dizer mal do Porto! Muito bem! Estás a ver Pirata, agora só tens que perguntar ao PPA qual foi o médico que o curou! O Autor (10 Mai 09) 14 pontos

O Pirata é Bi-tetra-Aziatico. Uma doença muito pouco comum e que está a ser investigada quanto aos sintomas e cura (se bem que nesta parte tenho duvidas). CesarLopes21 (18 Jun 09) 12 pontos



11. Óscar – Melhor Provocação a Clube Rival

Ser sportinguista é isto, é uma simbiose de pensamento, é ser hibrido, confundir sentimentos de ódio e de paixão, é ter dúvidas se torcem pelos vermelhos ou pelos verdes, é ter certezas quando sentem inveja dos azuis e brancos. Picareto (5 Mar 09) 17 pontos

Realmente mais uma vez se constata que os de Alvalade bem tentam, bem berram mas realmente ninguem lhes liga. Faz-me lembrar um anão num bar, aos berros atrás do balcão para que o sirvam, mas coitado, ninguem o vê, ainda se ouve qualquer coisita... Ivo (1 Out 09) 16 pontos

O porto ganhou, mas continua a deixar os adversários terem muita bola! Foi assim contra o Sporting e agora contra o Olhanense, provavelmente será uma tactica do Jesualdo em jogos contra equipas pequenas O Autor (5 Out. 09) 16 pontos

12. Óscar – Modéstia à Parte


O FCPorto participa no campeonato português, desde os anos 70, para treinar para as competições internacionais! Ramos (22 Jan 09) 30 pontos


O tal Bruno Carvalho (nota: candidato à presidência do SLB) nao passa de um boneco. Sinceramente, modestia à parte, se me candidatasse a presidente do Benfica, mesmo assumindo ser sportinguista, duvido que perdesse contra o Bruno Carvalho. Isto resume o que penso dele. Ganha o Vieira com 95% dos votos, sendo que nao ganha com 100% porque estamos a falar de lampiões, há que dar o desconto, alguns nem assinar de cruz sabem quanto mais acertar na quadricula certa de voto... Pirata (3 Jul 09) 20 pontos

O FCP tem a melhor escola de formação do país Picareto (10 Jul 09) 17 pontos


13. Óscar – O Algodão não Engana

Esvaziou-se, qual pneu furado, a teoria de que o FCP vence porque o Dr. Jorge Nuno Pinto da Costa corrompe a arbitragem. Provou-se que não! Pinto da Costa comprar arbitros é especulação. Pinto da Costa é um presidente honesto e cumpre a sua profissão com brio e honestidade, facto provado pelos orgãos de justiça portuguesa Picareto (30 Jul 09) 27 pontos

Nao creio que Mourinho seja bem sucedido no seu primeiro ano em Italia para o campeonato Mitico (15 Mar 09) 15 pontos

Amanha joga o 3º grande e aguardo com expectativa para ver o que o Azenha vai fazer! (resultado: Benfica 8 Setubal 1) O Autor (30 Ago 09) 10 pontos


14. Óscar – Oh pra mim todo empertigado

Este ano o campeonato está a ser equilibrado pela arbitragem com a APAF a prejudicar o FCP em TODOS os jogos de modo a nivelar a competição dentro das 4 linhas. Picareto (1 Mar 09) 20 pontos

Quanto ao sorteio da Champions, destaque para o jogo Inter vs Chelsea, espero que nao seja no mesmo dia do jogo do Porto, caso contrario terei de ir até Aveiro para ver o jogo em directo... talvez nem tanto, a partir de Espinho ja nao ha portistas... Pirata (18 Dez 09) 19 pontos

Custa a entender como um monstro criado no viveiro de cacetada das Antas, como Bruno Alves atravessa um campeonato inteiro com 2 cartões amarelos. Em Espanha já caçaram o rabo a outro macaco da raça dele, o Pepe. PPA (11 Mai 09) 13 pontos


15. Quem fala assim não é gago

Bettencourt tem de deixar de ser morcao! Para começar nenhum orelhudo traficante se pode dirigir a ele tratando-o por Zé! Zé sao os drogados que transportam os pneus dele! Esses é que sao os zes! Pirata (29 Jun 09) 32 pontos

Ao Hulk só lhe falta aumentar a intensidade das correntes bioléctricas nas cadeias de neurónios. Corrigindo este defeito nem quero imaginar o que ele será capaz de fazer! Xavier (6 Out. 09) 22 pontos

Mitico, eu bem sei que pra ti o mundo divide-se em portistas e anti portistas, mas para mim ha bebados (lampioes), ceguinhos da provincia (portistas), iluminados (sportinguistas) e ainda sobra espaço pros outros Pirata (4 Set. 09) 12 pontos


16. Óscar – Sarcasmo Puro

Fica-me a sensação que caso o Sportem seja eliminado pela Fiorentina vamos ouvir o PPA e o Pirata a queixarem-se que não foram campeões europeus por causa do arbitro húngaro Picareto (19 Ago 09) 17 pontos

Para a história fica o resultado de 7-1, um record negativo, mas que por muito mau que seja teve o mérito de deixar muita gente a espumar, pois não chegou para bater o 7-0 de Vigo. PPA (16 Mar 09) 16 pontos

Alguem leu o que disse o beiça de botox (Miguel Victor)? Apesar de ter estado em campo 90 minutos... nao viu onde o Benfica foi beneficiado (Benfica vs Braga)! Das duas uma: ou o botox rebentou e as toxinas ja chegaram ao cerebro ou entao a recente renovaçao de contrato tem alguma clausula que obriga a estupidificar perante jornalistas. Pirata (12 Jan 09) 15 pontos


17. Óscar – Sinceridade profunda

Este post sai quatro dias após a tragédia bávara porque, se a azia consigo cura-la da noite para o dia, a desilusão custa mais! Pirata (14 Mar 09) 32 pontos

Eu já nao acredito! (após empate na Dinamarca para o apuramento para o Mundial) Mitico (7 Set 09) 17 pontos

A toalha está atirada ao chão perante a superioridade mais que evidente do Benfica. Xavier (8 Nov. 09) 14 pontos


18. Óscar – referência a jornal desportivo

Quem é o palhaço que relatou o jogo ao lado do Freitas Lobo? Esse palhaço trabalha numa estação televisão publica. Portanto devia de ser neutro. Mas, ao contrário foi sempre a deitar lenha pra fogueira. Esse palhaço que fique sabendo que eu, que lhe pago o ordenado todos os meses, exijo imparcialidade, rigor e disciplina. Se esta semana tiver tempo, irei escrever ao provedor da RTP. Ramos (22 Fev 09) 31 pontos

Senhores do jornal Record, ide para meretriz que vos deu à luz O Autor (5 Set 09) 29 pontos

A capa do jornal A Bola é um autêntico atentado ao jornalismo (nota: capa com o Jorge Jesus mascarado de Terminator)! Mas para a capa ficar completa deviam ter posto lá também o Orelhas como Robocop e o Rui Costa como Rambo! Goalkeeper (2 Set 09) 21 pontos


19. Óscar – Melhor quadra poética

Super Sporting és candidato
Pela competição tu suas o rosto!
Soares Franco não te candidatas a mandato
Taça Inter-Toto começa em Agosto! Picareto (9 Fev. 09) 37 pontos

DE REGRESSO À BAIXA DA CIDADE
DE REGRESSO AO SEU CORAÇÃO
FOI A ALEGRIA DA ETERNA MOCIDADE
OH MEU PORTO ÉS TETRA CAMPEAO Mitico (29 Mai 09) 35 pontos


20. Óscar – Frase da Época 2009

Não acredito que o Benfica acabe. podem simplesmente imprimir uns papeis com o titulo "ACÇÕES" ou entao pura e simplesmente pagar com notas do "MONOPOLIO". Picareto (24 Jul 09) 35 pontos

Entretanto a sporttv já está nas antas a fazer reportagem e uma faixa chamou-me desde logo a atenção: "FC Porto, a ganhar desde 1893" Bem, nao sei se rio ou se choro... entao que ganhou o clube de 1893 a 1907? Apareceu sequer em campo, ao menos? É que nos dias que correm, para ganhar, ainda aparecem em campo e depois o sistema trata do resto... mas naqueles tempos nem sequer tinham de aparecer? Bolas, entao já estão bem mais honestos do que eu pensava Pirata (8 Fev 09) 25 pontos

O FCP vai sendo ajudado aqui e ali, tendo, no fim de tudo, a imagem de um campeão forte, sem grandes hesitações e com grande unanimidade, entre os "experts" do futebol. "Foi um campeão justo", irão dizer as pessoas, no geral. Mas, de facto, é com erros aqui, penalty aqui, penalty por marcar, expulsão por acontecer, jogador por castigar, emprestado que se lesiona, jogador que está a ser contratado e abre as pernas, que, também, se fabrica um campeão. PPA (19 Abr 09) 14 pontos


E fica assim concluída a Gala do Tribunal referente ao ano de 2009. No quadro seguinte podemos constatar o nível de demência de alguns dos habituais participantes do blog, há claramente um caso grave a merecer atenção :)

Meus caros, digam de vossa justiça, em reunião foi determinado pelo Conselho Veterano do Blog que era altura de arranjar um lampião para "voz" dos 6 milhões. Estão portanto abertas as inscrições, se tu, jovem que lês o blog, julgas que sabes tanto de bola quanto um taxista, gostas de um bom courato e te perdes quando vês uma pipa de vinho a martelo, não hesites, ousa ir onde nenhum lampião ousou ir alguma vez, junta-te a nós! E como este blog prima pela multiculturalidade e é contra discriminações, até aceitamos cruzamentos entre Mantorras e Castelos Brancos, acho que o único que está vetado é mesmo o Sócrates, temos um elemento do blog que se recusaria a aceitá-lo como parceiro de copos, todos os restantes têm a sua hipótese. E como estão na moda os concursos, aqui fica a sugestão:
So You Think You Can Write In A Blog?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Histórias dos Mundiais: 3. Década de 60

3.1. Mundial Chile 1962

O 7º Campeonato do Mundo realizado no Chile, ficou marcado pelo pobre futebol praticado e o pouco interesse do público, mas também pela conquista do segundo título consecutivo do Brasil.

A preparação do Mundial'62 foi bastante complicada, já que o país sul-americano necessitava de remodelar os seus estádios, transportes e sistemas de telecomunicações. Para atrasar ainda mais os preparativos, o Chile foi devastado por um sismo de grande magnitude, que matou mais de 50 mil pessoas e destruiu as cidades de Valdivia, Talca, Concepción e Talcahuano, enquanto que Antofagasta e Valparaíso renunciaram devido à falta de fundos. O Mundial estava em perigo de se realizar, mas o povo chileno conseguiu unir-se perante a adversidade e a prova arrancou a 30 de Maio, com selecções europeias, sul-americanas e o México, representante da Concacaf.

O Mundial de 1962, bateu todos os recordes de países candidatos a jogar a fase final: ao todo eram 56 as equipas que procuravam uma vaga para o campeonato do mundo, que se disputou no país natal de Pablo Neruda e Salvador Allende. Entre os estreantes contava-se a Colômbia e a Bulgária. Antes de começar a prova, destacavam-se duas ausências: Os Vice campeões do mundo e os terceiros classificados do anterior mundial, respectivamente Suécia e França.

Se 1958 tinha sido o mundial de Pelé, o mundial chileno foi o mundial de Mané Garrincha. Num mundial que se destacou pela violência e pelas inovações tácticas, foi um Brasil, menos espectacular que a equipa que tinha ganho o mundial de 58, mas claramente superior a concorrência, que chegou ao Bi-Campeonato. A competição não começou da melhor forma para a selecção canarinha. Depois do triunfo frente aos mexicanos no jogo inaugural (2-0), o Brasil sofreu um forte revés. A sua estrela Pelé, que quatro anos antes tinha sido determinante para a conquista do ceptro na Suécia, lesionou-se na partida com a Checoslováquia (0-0). Todos vaticinaram que o Brasil acabara, nesse momento, de perder todas as hipóteses de se sagrar o terceiro bicampeão mundial da história, juntando-se ao Uruguai e à Itália. Os grandes rivais do Brasil eram a URSS, que se apresentava mais forte do que em 1958, e a Hungria que ameaçava repetir o grande Mundial'54, onde foi finalista vencida.

No grupo da equipa da casa, o Chile surpreendeu tudo e todos ao garantir o 2º lugar atrás da Alemanha, deixando pelo caminho a Itália (2-0), num dos mais tristes desafios da história do mundial, que ficou conhecido como a Batalha de Santiago. Nesse jogo os italianos, acabaram por jogar a 2ª parte, apenas com 9 jogadores, devido ao jogo duro dos chilenos. Rezam as crónicas, e já agora as más línguas, que o árbitro inglês Aston, foi porventura o “melhor chileno” em campo.

Os Quartos começaram com um aborrecido Jugoslávia - Alemanha, que os de leste venceram por 1-0, deixando a Mannschaft pelo caminho. Já o Brasil, puxou dos galões e bateu os inventores do futebol por 3-1. Num derby do leste, checos e húngaros, deram um grande espectáculo, levando a melhor a equipa checa, comandada pelo grande Masopust. Os anfitriões, por sua vez, continuaram a sua fantástica carreira, eliminando a U.R.S.S, de Lev Yashin (2-1).

Nas Meias, um duelo sul-americano, onde os Campeões do Mundo, bateram os da casa por 4-2; e um duelo do leste europeu, onde os checos venceram a Jugoslávia de Tito, por 3-1.

A Final, disputada no dia 17 de Junho, no Estádio Nacional de Santiago, começou com o golo checo, autoria do inevitável Masopust. Amarildo, reporia a igualdade dois minutos depois aos 17’ e assim se manteve o resultado até ao intervalo. Na 2ª parte, Garrincha pegou no jogo e o Brasil superou os checos com mais dois golos (Zito e Vavá). E assim os canarinhos igualavam o feito italiano e sagravam-se bi-campeões mundiais.

Como nota, deve destacar-se que o goleador mor do torneio foi o jugoslavo Jerkovic com 5 golos, seguido por um quintento de jogadores que obteve 4 remates certeiros: Sanchez (Chile), Albert (Hungria), Ivanov (U.R.S.S.), Garrincha e Vavá (Brasil).

A Figura


Garrincha - Manuel Francisco dos Santos, que ganhou a alcunha, por em pequeno passar muito tempo a tentar caçar pássaros, foi a estrela maior do mundial de 62. Foi considerado por muitos o melhor extremo de todos os tempos, e dele dizia-se, que conseguiria fintar dois adversários dentro de uma cabine telefónica.

Verdade ou não, sabe-se que muito da prodigiosa finta de Garrincha, advinha de uma enfermidade da infância, que o tinha colocado quase numa cadeira de rodas para o resto da vida, e que lhe deixara marcas, como uma perna ligeiramente mais curta e curvada que a outra, mas que uma enorme força de viver e uma vontade que arrastava montanhas deixou para trás. Garrincha viveu rápido e intensamente. Tal como um pássaro, voava pelo campo, imprevisível e livre. Morreria aos 50 anos, pobre, doente e minado por uma vida degradante, resultado da sua dependência pelo álcool e pelo jogo. Mas em 1962, nos campos Chilenos, o Mané, como era conhecido pelos amigos, teve entrada directa para o Panteão dos deuses do futebol.

O Onze: Carbajal (México), Césare Maldini (Itália), Djalma Santos (Brasil), Voronin (U.R.S.S.), Schenellinger (Alemanha), Masopust (Checoslováquia), Zito (Brasil), Zagallo (Brasil), Garrincha (Brasil), Vavá (Brasil) e Sanchez (Chile).

3.2. Mundial Inglaterra 1966

1966, o Futebol chegava finalmente a casa. A Inglaterra vivia uma era de expansão, tanto a nível económico como cultural. Era o tempo da Swinging London, meca da cultura Pop. As ruas enchiam-se de adolescentes de cabelos compridos e de jovens vestindo a revolucionária mini-saia. Foi nesse ano que John Lennon afirmou que “Os Beatles eram mais conhecidos que Jesus Cristo”, e a Inglaterra e o mundo, dançavam ao som da música dos Fab Four.

Foi neste ambiente, que a Inglaterra abriu os braços e recebeu o mundo, para o grande evento, que finalmente se realizava na pátria que tinha dado o futebol ao mundo. Foi também o primeiro campeonato mundial a ter honra de transmissões televisivas a cores.

Entre os ausentes destacavam-se os suecos, os checos e os jugoslavos. Já relativamente aos estreantes, saudava-se a chegada da Coreia do Norte e de Portugal, ao convívio das grandes equipas.

A selecção nacional, estreava-se assim nos grandes palcos, escudada pelas vitórias do Benfica na Taça dos Campeões (61 e 62) e do Sporting na Taça das Taças (64). Os Magriços, como ficaram conhecidos, assentavam do meio campo para frente, na fantástica equipa do Benfica (Coluna, Simões, Torres, José Augusto e Eusébio) e na sólida defesa dos leões, de onde se destacava o moçambicano Hilário. Mas apesar dos excelentes valores, Portugal, não partiu para Inglaterra com grandes ambições, imbuído que estava, no espírito salazarista, de “pequenos mas orgulhosos”.


O Mundial começou com um pobre e aborrecido Inglaterra - Uruguai (0-0). Enquanto no outro jogo do grupo, franceses e mexicanos, empatavam a uma bola. A Inglaterra venceria este grupo 1, sem dificuldades depois de vencer a França e o México pelo mesmo resultado (2-0). Já o Uruguai ao vencer a França (2-1) garantiu a segunda vaga para a fase final.

No Grupo 2, a Alemanha entrou em campo disposta a garantir a qualificação sem dificuldades, e esmagou os helvéticos (5-0). No segundo jogo, um empate (0-0) com a Argentina, abriu o caminho para qualificação, que foi carimbada numa vitória sobre a Espanha (2-1). Os Alvicelestes foram segundos, vencendo espanhóis (2-1) e suíços (2-0).

O Grupo 3, era o grupo do campeão do mundo. E o Brasil entrou na prova vencendo os búlgaros por duas bolas a zero. Portugal e a Hungria, iriam discutir o segundo lugar. E nesse jogo da estreia de Portugal, com Eusébio a ficar em branco, os Magriços venceram por 3-1. Na segunda jornada os lusos bateram os búlgaros por 3-0, enquanto a Hungria, com Albert, causava a grande surpresa e vencia o Brasil por 3-1. Na última ronda, no jogo do tudo ou nada, o Brasil perdeu por 3-1, numa tarde mágica da selecção nacional, onde Eusébio e companheiros, arrasaram os bicampeões mundiais. Enquanto a estrela Pelé, foi eclipsado pelas marcações serradas e violentas de Morais (Sporting) e do belenense Vicente.


Mas não só a eliminação do Brasil foi surpresa na primeira fase do mundial inglês. O último grupo do mundial trouxe a maior das surpresas. Num grupo em que os soviéticos venceram todos os jogos, a disputa pelo 2º lugar ficou entre a Itália e a Coreia do Norte, que já tinha surpreendido tudo e todos ao empatar com o Chile (1-1). No jogo decisivo o empate bastava aos transalpinos, mas a surpresa aconteceu e os coreanos venceram por um golo solitário, que valeu a maior humilhação do futebol italiano. Ainda hoje, em Itália, uma derrota escandalosa é conhecida por uma Coreia.

Chegaram então os Quartos de Final, onde num jogo disputadíssimo e equilibrado, os Ingleses venceram os Argentinos (1-0), que tiveram na violência o seu “jogo” mais forte. Já os alemães, bateram o Uruguai sem dificuldades, por quatro bolas a zero. Num derby de leste, os Soviéticos superiorizaram-se aos húngaros por 2-1.
Mas o jogo mais espectacular do mundial, foi o Portugal-Coreia do Norte. As duas equipas surpresa da competição, que logo no ano da estreia tinham deixado pelo caminho os dois bicampeões do mundo (Brasil e Itália), entraram em campo dispostas a fazer história e a qualificarem-se para as Meias-finais. Os portugueses eram favoritos, mas cedo se apanharam a perder por 0-3, aos 25 minutos. Mas Eusébio pegou na bola e ao intervalo, Portugal já tinha marcado dois golos. Na segunda parte, a Pantera Negra completou o “Poker” e marcou 4 golos no total, numa histórica vitória por 5-3.


Estavam então encontradas as quatro equipas que iam discutir o título de campeão mundial. Desde 1934 que nunca mais tinha acontecido só equipas europeias chegarem as Meias-finais. Aliás, tal feito só voltaria acontecer mais uma vez, no mundial espanhol de 1982. Alemães e soviéticos abriram as hostilidades. A Alemanha de Beckenbauer levou a melhor sobre a U.R.S.S. de Lev Yashin (2-1). Na outra Meia-final, no histórico Estádio de Wembley, a Inglaterra superiorizou-se a um cansado Portugal, com uma vitória justa e indiscutível (2-1).

E assim chegou-se ao grande dia, num estádio de Wembley repleto, com a Rainha Isabel II na tribuna de honra. A final entrou para a história como uma das melhores de todos os tempos. A Alemanha Ocidental tomou a liderança com um golo de Haller (12’). Mas Hurst marcaria o golo do empate aos 18’. A Inglaterra começou a dominar o jogo, mas a ver o tempo passar. Só a doze minutos do fim Peters colocou os ingleses em vantagem. Mas mesmo ao cair do pano Weber marcou o 2-2. Pela primeira vez numa Final de um Campeonato do Mundo, era preciso jogar um prolongamento. Aos 10’ do tempo extra, aconteceu o golo mais famoso da história dos mundiais. Geoff Hurst rematou cruzado, Tilkowski não conseguiu tocar na bola. Ela bate na barra e cai sobre a linha de golo segundo os alemães, ou entra totalmente dentro da baliza, como explicam os ingleses? O árbitro suíço Gottfried Dienst não tem dúvidas e aponta para o meio do relvado. É golo da Inglaterra! Os protestos alemães sobem de tom, enquanto os ingleses correm pelo relvado em festejos. O jogo finalmente é retomado com a indignação germânica. Já na segunda parte, no último minuto da partida, Hurst faz um hattrick e sela a vitória inglesa.

A Inglaterra, a pátria do futebol, era finalmente campeã mundial, e apesar de um golo que ainda ninguém em consciência, pode afirmar se foi ou não golo, foi uma justa vencedora. A Portugal coube a honra de ser a surpresa da competição, saindo com um honroso 3º lugar na estreia, prometendo grandes feitos futuros, que nunca vieram a confirmar-se.


A Figura


Eusébio - O Pantera Negra, como era conhecido Eusébio da Silva Ferreira, não chegou ao mundial Inglês, como um perfeito desconhecido. Muito pelo contrário, tinha sido eleito melhor jogador europeu do ano em 1965 pela revista France Football. Tinha também já conquistado o prémio de melhor goleador do velho continente, e tinha ganho uma Taça dos Campeões Europeus em 1962, além de ter perdido duas finais em 1963 e 1964. Com a camisola das quinas, com o número 13 nas costas, Eusébio ficou imortalizado na história do futebol mundial com os seus nove golos, que lhe valeram o título de melhor marcador da competição. Quem consegue esquecer, as imagens de Eusébio a ir buscar a bola ao fundo da baliza coreana após marcar o primeiro golo?; ou o sentido abraço que deu a Yashin após marcar o penalty no jogo de atribuição de 3º e 4º lugar contra a U.R.S.S?; ou a imagem das suas lágrimas, ao sair derrotado da Meia Final contra os ingleses em Wembley?

O Caso

O Mundial de 1966 tem mais para contar do que os nove golos de Eusébio (e o terceiro lugar de Portugal) ou o único hat-trick numa final do Campeonato do Mundo (assinado por Geoff Hurst, mas com um golo validado que não entra na baliza). A história do Mundial de 1966 começou três meses antes, altura em que o troféu Jules Rimet foi roubado e recuperado alguns dias depois por Pickles, um cão rafeiro.

A federação inglesa e o inglês Stanley Rous, o sexto presidente da FIFA, viveram o pior pesadelo. Com o Mundial à porta, não havia taça, roubada da vitrina em Central Hall, em Westminster, a 20 de Março. A investigação começou e a Scotland Yard foi inundada por teorias mirabolantes.
As autoridades inglesas seguiram então a pista de um telefonema. “Jackson” pediu um resgate de 15 mil libras em notas, mas foi detido durante a troca, que nunca chegou a acontecer. Se os bons da fita levavam apenas 500 libras e uma série de jornais cortados às tiras como nos filmes, “Jackson” (Edward Betchley, de 46 anos) não tinha consigo o precioso objecto – era apenas o intermediário do esquema.

Dois dias mais tarde, entra em acção Pickles. Numa noite de domingo, David Corbett levou à rua o rafeiro que quatro anos antes o irmão não quisera criar porque lhe roía a mobília. Pickles esticou a trela quando passaram ao lado do carro do vizinho. No chão, junto a uma das rodas, um embrulho chamara a sua atenção. Corbett destapou uma mulher dourada com as inscrições Alemanha, Uruguai e Brasil.

Depois de uma noite mal passada a dar explicações na polícia, David Corbett livrou-se do rótulo de suspeito e Pickles transformou-se numa estrela. Entrou em filmes, programas de televisão e a marca Spillers ofereceu-lhe tudo o que pudesse comer durante 365 dias. Morreu em 1967, atrás da casa que o dono comprara com as 3000 libras da recompensa. Antes, no dia 30 de Julho de 1966, tinha estado na festa do título e no colo de Bobby Charlton.


O Onze: Banks (Inglaterra), Cohen (Inglaterra), Voronin (U.R.S.S.), Moore (Inglaterra), Mazzolini (Argentina), B. Charlton (Inglaterra), Beckenbauer (Alemanha), Albert (Hungria), Simões (Portugal), Eusébio (Portugal) e Hurst (Inglaterra).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Oh Scolari, podes ter a certeza, o burro não és tu!


Eu não ando a ler obituários, por isso posso estar a ser injusto, mas alguém soube se o Ricardo Quaresma faleceu nos últimos dias? Ficar privado de um extremo criativo e ofensivo como Nani, tendo em Quaresma a única alternativa válida com nacionalidade portuguesa... e escolher um cepo, um tijolo, como Ruben Amorim, é de quem não faz a mínima ideia do que anda a fazer! Ou o cigano está morto ou então o Mourinho avisou o Carlos que o extremo não está na melhor forma física.


Mas não acredito em nenhuma dessas possibilidades, quem usa centrais a trincos, extremos a pontas de lança entre outras maravilhas, obviamente só poderia escolher como substituto de um extremo ofensivo... um médio de características defensivas, que até faz de defesa direito! E que fartou-se de jogar neste último campeonato, realmente!


Ainda bem que Holanda e Argentina estão no Mundial, não serão só desilusões...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Histórias dos Mundiais: 2. Década de 50

2.1. Mundial Brasil 1950


Doze anos depois da edição de 1938, o Mundial voltou a ser disputado. Com a Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial e ainda a recompor-se, era óbvio que o campeonato teria lugar noutro continente. O Mundial estava de volta à América do Sul, desta vez no Brasil.

O Campeonato do Mundo de 1950 teve direito às suas particularidades, com destaque para a dificuldade em garantir o número desejado de participantes. Isto porque houve muitas ausências e desistências de última hora, motivadas também pelo facto do Brasil querer mudar o formato da prova: as Alemanhas seriam banidas pela Fifa; outras nações, como a Áustria, a Escócia, a Birmânia, a Hungria, a Roménia ou a Checoslováquia – só para citar algumas – não podiam custear a viagem para a América do Sul; a Argentina tinha conflitos pendentes com a Confederação Brasileira de Futebol. E por último, mas não menos curioso, a Índia, que desiste de participar no torneio porque os seus jogadores não podiam jogar descalços.

A Fifa tentou remediar a situação através da repescagem de vários países que não tinham conseguido apuramento, onde se incluíam Portugal e França. Ambos rejeitam e o Mundial arranca com apenas 13 selecções.

Com este problema em mãos, a Fifa fez algo de inédito na história da competição: muda o formato da fase final, a pedido da Confederação Brasileira de Futebol. Haviam agora duas fases de grupos e não jogos a eliminar. Na primeira fase haviam quatro grupos, onde o primeiro de cada agrupamento seguia para uma poule final. Nessa poule todos jogavam com todos e no fim quem tinha mais pontos ganhava a prova.

Mas quis a história que houvesse uma espécie de final. No último grupo estavam Brasil, Espanha, Suécia e Uruguai. Numa altura em que a vitória era pontuada com dois pontos, todos se defrontavam uma vez, perfazendo no final três jogos.


O último jogo, entre Brasil e Uruguai, acabou por ser praticamente uma final, pois à entrada para o mesmo eram os líderes do grupo e os únicos a poder erguer a taça o Brasil, que somava 4 pontos (duas vitórias) e o Uruguai, com 3 pontos (vitória e empate). Suécia com 2 e Espanha com 1 estavam fora da corrida.


A “final” da maldição

As goleadas sobre Suécia e Espanha, 7-1 e 6-1, respectivamente, deixaram o Brasil a precisar de apenas um empate ante o Uruguai para se sagrar campeão do Mundo pela primeira vez. Véspera da final, o jornal O Mundo fazia capa com uma foto da selecção e apenas duas palavras, “Campeões do Mundo”. Obdulio Varela, grande capitão da celeste, “rosnou” para os seus companheiros. “Pisem no diário e depois mijem nele!”. 199.854 espectadores pagaram bilhete para a partida decisiva… Mas estima-se que nas bancadas eram mais de 205 mil. Ambiente do outro Mundo. Apenas Varela permanecia sereno no lado do Uruguai. Coração num cubo de gelo, provocador. “Olha para a cara de estúpido do guarda-redes deles, não me digas que não somos capazes de lhe marcar um golo ou dois! Não tenham medo, olhem só para a relva, é na relva que vamos ganhar, não é nas bancadas!”. Mas os colegas tinham medo. Júlio Pérez haveria de confessar. “Mijei-me de verdade, não escondo, não me envergonho disso”.

Faltavam 12 minutos para o final, 1-1 no marcador, o que chegava para o Brasil ser campeão. Do banco, Flávio Costa berrava para os seus jogadores defenderem, ninguém o escutava. De súbito, aparece Ghiggia pela direita, de ângulo muito apertado, o remate, Barbosa fica a ver a bola passar e… foi a maior tragédia do futebol.

“O silêncio após o nosso golo foi algo de terrível. O estádio estava morto…” – Máspoli, guardião da celeste.

“Eu chorava mais do que eles, de alegria, mas também de pena por vê-los sofrer assim. Eu chorava por eles, eu chorava…” – Schiaffino, autor do primeiro golo do Uruguai.

Dez pessoas morreram no estádio de ataque cardíaco. Nos dias seguintes, diversos relatos de suicídios, e zaragatas em bares.

Melhores marcadores: Ademir (Brasil) 9 golos; Schiaffino (Uruguai) 6; Basora (Espanha) e Ghiggia (Uruguai) 5


A figura do Mundial

Juan Schiaffino era a estrela da celeste. Obdulio Varela era o grande capitão, Ghiggia entrou para a história com o golo decisivo, mas era Schiaffino quem fazia a diferença. Avançado centro de toque rápido e precisão mortal. Segundo melhor marcador da prova, com 6 golos. Brilhou igualmente no Mundial da Suiça. Rumou ao Milão. Escassos meses depois, já com dupla nacionalidade, marcava golos com a camisola da Itália. Ficou célebre uma frase sua. “Se o Brasil nos tivesse vencido assim no Estádio do Centenário os brasileiros não teriam saído vivos do Uruguai”.


Outras figuras

Obdulio Varela - Para o escritor Nélson Rodrigues, Varela “não atava as chuteiras com cordões mas com as veias”. Foi dos últimos românticos do futebol espectáculo. Recusou jogar com a camisola do Peñarol “profanada” com publicidade. O Peña entrava em campo com dez jogadores “patrocinados” e Varela com a velha camisola de sempre. Para a história, mais uma frase. “Fiz um país chorar de tristeza mais do que o meu país de alegria. E acho que se pudesse jogar aquela final novamente faria um auto-golo!”.

Zizinho» Mestre Ziza, como ficou conhecido, foi o melhor jogador da prova. E o ídolo de Pelé. Passou agruras pelo seu aspecto franzino. Recusado no clube do coração, o América, acabou no Flamengo. Passou para o Bangu. Primeiro jogo, deu 6… ao Flamengo. Ainda jogou no São Paulo. Armando Nogueira havia de escrever. “Eu lia Zizinho todo o domingo no Maracana”.

Ademir - Melhor marcador da prova, 9 golos em 6 jogos. Várias lesões graves acabaram-lhe com a carreira em 1956, apenas com 31 anos.


Nem com duas oportunidades Portugal chega à fase final

O adversário na eliminatória era de novo a Espanha. A atenção que o nosso país deu ao jogo foi tanta que nem houve Taça de Portugal nesse ano, para não desgastar os jogadores.

De novo em Chamartín, Portugal é goleado por 5-1, com o tento português a ser apontado por Fernando Cabrita, depois de driblar quatro espanhóis. No Estádio Nacional a selecção começa a perder, mas dá a volta ao marcador, com um golo de Travassos e o 2-1 a ser da autoria de Jesus Correia. Com a emoção, Jesus Correia tem de ser amparado para não cair e Albano chega mesmo a desmaiar em campo!

Portugal tinha de aguentar esta vitória para ir ao encontro do desempate mas os espanhóis facturaram por Gaínza perto do fim do jogo e acabaram com as esperanças lusas.

Mais uma vez Portugal fica de fora da prova. E mais uma vez com azar à mistura: Barrosa falha um penálti que na altura daria o empate, pois os espanhóis ainda venciam por 1-0.

Mas os deuses ainda não tinham abandonado por completo a nossa selecção. Ainda que por vias que não as desportivas, Portugal tem a possibilidade de marcar presença no Mundial, pois é alvo de repescagem pela organização. O convite é também endereçado à França.

Alegando falta de condições humanas e financeiras, aliadas ao facto de que Portugal não ter conseguido o apuramento directo, os responsáveis nacionais rejeitam o convite.


Curiosidades
- Apesar de não estar presente com a selecção, Portugal participou pela primeira vez no campeonato do mundo de futebol, através do árbitro José da Costa Vieira. O portuense foi árbitro assistente em duas partidas: Brasil – Jugoslávia e Espanha – Estados Unidos.

- Os americanos John e Edward Sousa foram, de certo modo, os primeiros jogadores representantes do nosso país num mundial, pois têm ascendência portuguesa. John Sousa marcou mesmo 2 dos 3 golos americanos em toda a prova.

- Enquanto o Brasil goleava a Espanha, o público cantava a marcha “Touradas de Madrid”, composta por João de Barro, em 1938.

- Inglaterra participa finalmente no seu primeiro mundial de futebol, e logo para esquecer. Surge como favorita, tal era o nível de profissionalização que os seus jogadores tinham. Além de perderem com os amadores dos Estados Unidos, os ingleses nem passaram da primeira fase.

- A Itália tentou defender o título mundial com uma equipa fraca devido ao famoso desastre de 1949, onde, num acidente aéreo, foram vitimados todos os jogadores do Torino (que compunham a espinha dorsal da Squadra Azzurra). A Itália seria eliminada ainda na primeira fase.

- O jogo da “final” é conhecido como “Maracanazzo”, derivado de uma expressão latina usada pelos uruguaios para provocar os brasileiros.

- Na derrota brasileira frente ao Uruguai, uma das finais mais surpreendentes da história dos campeonatos do mundo, a emoção foi tanta que morreram no estádio dez pessoas de ataque cardíaco. Nos dias seguintes, houve ainda vários relatos de suicídios e desacatos em bares.

- O brasileiro Moacir Barbosa foi o guarda-redes que não defendeu o remate de Ghiggia na final, remate esse que valeu um campeonato do mundo. Segundo disse, antes de falecer em 2000, sofreu um inferno toda a vida, incluindo a humilhação de lhe barrarem a entrada no hotel da selecção em 1994, que estava em estágio, para não trazer azar. “No Brasil a pena máxima por um homicídio é de 30 anos e eu pago há 44 por um crime que não cometi”, afirmou.

- A derrota canarinha foi de tal modo traumática que durante os dois anos seguintes a esse jogo não efectuaram qualquer encontro. E só jogariam de novo no Maracanã 4 anos depois da partida com o Uruguai.

- Ainda hoje em dia se celebra o 16 de Julho no Uruguai (data da “final”). É dia de Maracanazzo.


Barbosa, o amaldiçoado

Nélson Rodrigues, o grande dramaturgo brasileiro, escreveu estas palavras sobre Moacir Barbosa do Nascimento, na altura em que a sua carreira estava perto do fim, em 1959. Nove anos antes, Barbosa estava na baliza do Brasil naquela final que não era final, mas que ficaria conhecida no futebol brasileiro como a "final fatídica".

O Maracanã era o palco e o Uruguai o adversário. Era o jogo que decidia o campeão mundial de 1950. Ninguém pensava noutro resultado que não fosse o Brasil campeão. Quase 200 mil espectadores assistiram a Friaça inaugurar o marcador para a equipa da casa aos 47", mas os ânimos arrefeceram quando Schiaffino empatou aos 66".
O empate bastava ao Brasil para conquistar o seu primeiro título, mas o impensável aconteceu aos 79". Alcides Ghiggia, extremo-direito do Peñarol Montevideo, avançou pelo flanco, chegou à área, simulou o remate, enganou Barbosa e meteu a bola junto à trave direita, dando o título ao Uruguai.

"Ele foi lógico e eu fui ilógico", contou Ghiggia sobre esse momento. Barbosa, como conta Nélson Rodrigues, foi sempre considerado o culpado, "o homem que fez o Brasil chorar", que era o que lhe chamavam na rua, apesar de ter sido um dos melhores guarda-redes do seu tempo.

Muito tempo depois, já retirado do futebol, Barbosa juntou os seus antigos para um churrasco na sua casa no Rio de Janeiro. Os amigos estranharam as chamas invulgarmente altas e com cheiro a tinta. Não eram de carvão, nem de madeira normal, mas das traves da baliza do Maracanã onde sofrera o golo de Ghiggia.

Moacir Barbosa não defendera a bola, nem o seu destino, um Inferno para o resto da vida. Ficou eternamente responsável pelo “maracanazo“. Faleceu em 2000, passou uma vida a ouvir a lengalenga que “brasileiro não pode confiar em goleiro negro”. Sofreu a humilhação de lhe barrarem a entrada no hotel da selecção em 1994, que estava em estágio, para assim não trazer azar. “No Brasil a pena máxima por um homicídio brutal é de 30 anos e eu pago há 44 por um crime que não cometi”. Zizinho, o melhor jogador do Brasil na Copa, sempre defendeu Barbosa. “Continuam passando de geração em geração essa história mentirosa do frango de Barbosa na copa de 50. Ele fez tudo com correcção. No golo do Schiaffino fechou o ângulo e o Ghiggia cruzou aberto para a cabeçada. No segundo entendeu que Ghiggia ia repetir o lance e lançar aberto para Schiaffino. Então ele se afastou e foi para o centro da baliza. E o Ghiggia rematou entre o poste e ele”.


2.2. Mundial Suíça 1954

O Mundial de 1954 era o primeiro na Europa, depois da II Guerra Mundial. A Suíça foi escolhida, por ser um país neutro e mais capaz de acolher um Mundial com países oriundos de um mundo ainda instável e dividido por uma perturbadora Guerra Fria. Inscreveram-se 35 países, com a ausência da URSS (que ainda não se decidira a participar na prova máxima do futebol mundial) e a Argentina que optou por não viajar até à Europa. O Mundial de 54 tinha um aliciante extra: a final seria transmitida pela televisão, algo inédito até então. Inéditas também eram as derrotas da Inglaterra em casa, mas o ciclo havia terminado em 25 de Novembro de 1953, em Wembley, quando a Hungria impôs um humilhante 6-3. Mesmo assim, pouco, se compararmos com os 7-1, meses mais tarde, em Budapeste. A Hungria já havia vencido o torneio olímpico dois anos antes, em Helsínquia, e sobre si recaíam as atenções. A equipa era simplesmente perfeita, então com três dos melhores jogadores de todos os tempos, os lendários Kocsis, Czibor e Puskas. Não foi, por isso, surpreendente a aparente facilidade com que ultrapassou a primeira fase. Surpreendentes podem ser os números: 9-0 à Coreia do Sul e 8-3 à Alemanha.


A equipa magiar prosseguiu a sua marcha imparável até à final, com vitórias por igual score (4-2) sobre o Brasil e Uruguai, respectivamente vice-campeão e campeão do mundo, quatro anos antes no Rio de Janeiro. Já a Alemanha, não obstante ter perdido por 8-3, conseguira desenvencilhar-se e apurar-se para a fase seguinte, onde afastou a Jugoslávia e a Áustria. Assim, a Alemanha voltaria a defrontar a Hungria, agora na final de Berna a 4 de Julho de 1954. E o espectro do terror provocado pelos 8-3 dias antes enegreceu ainda mais logo aos 6′ quando Puskas abriu o marcador para a Hungria. Dois minutos volvidos, Czibor fazia o 2-0 para a Hungria. Lembro: a Alemanha perdera por 8-3 na primeira fase e na final, logo aos oito minutos já perdia por 2-0. Tudo parecia apontar para uma vitória daquela que todos consideravam a melhor equipa do mundo. Mas… o inesperado aconteceu. Aos 10′ Morlock reduziu para a Alemanha e Rahn empatou aos 18. O jogo chegou ao intervalo com 2-2 e as expectativas eram enormes para a segunda parte. O estado do tempo, muito chuvoso, não ajudou, mas a verdade é que a 6 minutos do fim Rahn bisou e fixou o 3-2 final. Só que, diz quem viu (e existem relatos da altura), os jogadores alemães tiveram um desempenho muito estranho e acima das capacidades atléticas tidas como normais à época.

Foi a primeira vez que se falou abertamente em “doping” no desporto de alta competição e o rumor ficou no ar. Se aliarmos isso a uma arbitragem manhosa e tendenciosa do inglês Ling e a algum desconforto por parte da FIFA em atribuir um campeonato do mundo a um país do Leste europeu em plena guerra fria, talvez se consiga perceber como aquela equipa, que muitos consideram a melhor de todos os tempos, perdera essa épica final a 4 de Julho de 1954. Mesmo assim, a Alemanha tem o seu mérito. Eram poucas as equipas com capacidade para vencer a Hungria.

A figura do Mundial

O inevitável Puskas. “Nós jogámos alegremente, os alemães para serem campeões”. Prodigioso. Tudo nele era poesia. Raro o passe falhado, deslumbrante nos dribles, venenosos os remates com a canhota. Estreou-se aos 16 anos no Kispest. O pai era o seu treinador. O Kispest passou a Honved, clube do exército do regime comunista. Para lá foram todos os grandes jogadores húngaros da época… E Puskas já era um mito. Entre 1950 e 1954, a Hungria nunca conheceu a derrota. Perdeu precisamente quando não podia perder. Nestes anos, vitória nos jogos Olímpicos. E duas humilhações impostas à Inglaterra, 6-3 em Wembley e 7-1 em Budapeste. Em 1956, outra história. O Honved andava em digressão pela Europa. O jugo soviético ameaçava a Hungria, Puskas incendiou a rebelião entre os companheiros. Ficou na Europa. Houve notícias a dá-lo como morto, reapareceu na Áustria, passou por Itália, só não podia jogar futebol, a FIFA suspendeu-lhe a licença por dois anos em função das suas posições políticas. Durante os dois anos de punição, os “dissidentes” andaram pelo Mundo em digressão, passaram por Portugal e Brasil. Puskas esteve desde a primeira hora comprometido com o Real. Chegou a Madrid já com 31 anos. Deixou de ser “major galopante”, passou a ser Pancho, estava gordinho… Ao lado de Di Stefano, a glória, 5 Taças dos Campeões… De candeias às avessas com o regime de Budapeste, passou a ser espanhol, jogou por Espanha no Mundial de 62. Encerrou a carreira 4 anos depois, aos 39 anos. Mas a magia ficou para sempre...


Curiosidades da prova

Golos - Foi a fase final com a média mais elevada de golos marcados por jogo, 5,38. Vinte e seis jogos, cento e quarenta golos marcados. A Hungria marcou 27 em 8 jogos. A Coreia sofreu 16 em 2, e não marcou nenhum…

Mais golos - Recorde absoluto, e seguramente para durar. Nos quartos de final, Áustria-Suiça, 7-5. Doze golos! Também houve uma partida de 11, os 8-3 da Hungria à Alemanha. E empates a 4, goleadas a 9, goleadas a 7.

Camisolas com números - Pela primeira vez os jogadores alinharam com números fixos. Igualmente pela primeira vez, o Uruguai perdeu uma partida na fase final de um Mundial, ante a Hungria, nas meias-finais.

Sorteio - A Espanha falhou o Mundial por causa de uma moeda ao ar. Três jogos ante a Turquia, uma vitória para cada lado e um empate. Resultado, decisão por moeda ao ar, turcos no Mundial, espanhóis em casa.

2.3. Mundial Suécia 1958


E finalmente o Brasil foi campeão! Assim tem que começar a história do mundial de 1958. Pois foi no mundial sueco, que o Brasil conquistou o primeiro dos seus cinco títulos mundiais.

Mas o mundial da Suécia, não ficou só conhecido por ter colocado a primeira estrelinha de campeão no símbolo da CBF, foi também o certame que deu a conhecer ao mundo, Edson Arantes do Nascimento, eternizado a letras de ouro, com a alcunha de Pelé. Com apenas 17 anos de idade, Pelé abriu o livro, marcando 6 golos na competição, dois deles na final, sendo inesquecível o momento em que fazendo a bola a passar em chapéu por dois adversários, rematou a bola em cheio, sem a deixar bater no chão, batendo o sueco Svensson.


Mas voltemos ao princípio. Em 1958, 16 equipas reuniram-se na Suécia para discutir a VIª edição do Mundial de futebol. Entre as ausências, destacavam-se a Itália (campeã em 34 e 38), o Uruguai (campeão em 30 e 50), a Espanha, a Holanda, a Suiça e Portugal (que mais uma vez falhava a qualificação). Entre as estreias, destacavam-se a U.R.S.S., a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales. Aliás, o mundial de 58, foi o mais britânico de sempre, estando presentes pela única vez até hoje, as 4 associations que fazem parte do Reino Unido.

Entre os favoritos contava-se a Alemanha (campeã em título), o Brasil de Pelé, Vavá, Garrincha e Didi, a Inglaterra, a França de Kopa e Fontaine, a regressada Argentina e a estreante U.R.S.S., que queria obter no mundial o sucesso que já obtivera nos Jogos Olímpicos de Melbourne em 1956, onde se tornara campeã. Por outro lado a Hungria, que após o mundial, tinha espalhado a sua classe pelos campos europeus, viu a sua fantástica selecção ser desmembrada após a invasão soviética, em 1956 e apresentava-se na Suécia sem grandes ambições, enquanto os Jugoslavos, Vice-Campeões Olímpicos, ambicionavam causar uma surpresa.

O Brasil foi à Suécia dar o primeiro toque de samba à história do futebol, mas esteve quase para não ir. O apuramento foi um sufoco. Em Abril de 1957, no Maracana, a canarinha empatada com o Peru. A igualdade não chegava. Falta perto da área. Didi cobrou. A bola subiu, passou a barreira, parecia ir para fora mas, de súbito, a magia da curva, o efeito perverso e a bola nas redes. Nascia a célebre folha seca. “O meu pé estava inchado e doía quando eu chutava. Então comecei a chutar diferente para não doer. E aperfeiçoei tão bem o jeito que os goleiros já ficavam desanimados quando eu partia para bater uma falta”. Quando chegaram à Suécia, o craque era obviamente Didi, o príncipe etíope. Aos 14 anos deram-lhe um pontapé no joelho, a ferida infectou, andou meses numa cadeira de rodas, os médicos a ponderar a amputação da perna. “Eu não tenho de correr, quem tem de correr é a bola”. E ele consegui pôr a bola a correr, a voar como uma folha mágica. Mas o Brasil não era só Didi. Tinha Zagallo, Djalma Santos, Nílton Santos, Garrincha e um tal de Edson Arantes do Nascimento.

A CBF encomendara um relatório secreto a uma equipa de psicólogos, e uma das conclusões foi que “os negros eram mais temperamentais que os brancos” e isso “poderia prejudicar o desempenho no campeonato do Mundo”. Negros titulares apenas 2, Dida e Didi, porque os seus suplentes também eram negros, Pelé e Moacir. No segundo jogo do Brasil, empate sem golos contra a Inglaterra, a primeira vez que um jogo da copa terminou sem golos. O Brasil precisava bater a URSS para seguir em frente. Pressionado pelos jogadores mais influentes, Nílton e Didi, Feola foi quase obrigado a dar a titularidade a dois meninos, Pelé e Garrincha. Mazola foi um dos sacrificados. Contra a Inglaterra, Mazola sofreu ataque de nervos, desatou a chorar, a espernear, só parou a cena quando Bellini, o capitão, se chegou a ele e lhe deu uma bofetada!


Contra os soviéticos explodiu Garrincha. Nílton Santos não esquece essa partida. “Eles começaram marcando homem a homem. Tsarev contra Mané. De repente passaram a amontoar vários jogadores naquele lado esquerdo do campo. Era hilariante o desmanche que Mané fazia por ali”. Juntou Didi. “Eu fazia o lançamento e tinha vontade de rir. O Mané ia passando e deixando os russos de bunda no chão. Em fila, disciplinadamente”. Tsarev, o azarado defesa soviético, viveu o pior dia da carreira. “Garrincha enganou-nos o tempo todo com o seu futebol de mentira. Naquele dia estava tão envergonhado que considerei a hipótese de não voltar a Moscovo”.

Nos quartos de final, o País de Gales. Foi a vez de Pelé brilhar. Voou para a história com um chapéu soberbo. E depois, a caminho do paraíso, mais duas exibições monstruosas, primeiro a França, depois a Suécia. E a Taça era finalmente brasileira… Bellini recebeu o troféu do rei Gustavo e ergueu-o aos céus. A partir daqui, todos os capitães fariam o mesmo. “Foi um gesto instintivo, não consigo explicar”. No dia seguinte, o Daily Express escrevia: “Esta final mostrou que o futebol brasileiro é o mais próximo da perfeição que 11 homens podem alcançar”.


A figura do Mundial

Foi a copa de Pelé. Inevitavelmente. Foi o nascer do Rei. Nos quartos de final, ante o País de Gales, o início da coroação, um golo de antologia numa magra vitória por 1-0. Contra a França, 3 golos em 45 minutos. Na final, com a equipa da casa, mais 2 golos. Ainda hoje é o mais jovem campeão do Mundo de sempre. Curiosidade. Pelé jogou na copa com o número 10 por acaso. Os dirigentes da CBF esqueceram-se de enviar para a FIFA a listagem de números. O comité organizador decidiu atribuir os números de forma arbitrária. A Pelé coube o 10, e esse seria para sempre o número do mago.

Outras figuras

Mané Garrincha - Foi o espanto geral entre jornalistas e adeptos. Um jornalista sueco descreveu assim o jovem prodígio. “Garrincha possui as pernas mais exóticas do Mundo, elas produzem o futebol mais desconcertante que vimos. Nunca um jogador conseguira driblar quatro russos num espaço pouco maior que um metro e deixá-los todos sentados”. As pernas tortas eram a imagem de marca. Nos pés, magia que nunca mais acabava. As pernas curvadas para a esquerda foram resultado da poliomielite enquanto criança. Segundo os médicos, nunca mais poderia correr. Foi treinar ao Botafogo. Parecia um aleijadinho. Pela frente apanhou Nílton Santos, o melhor lateral do Mundo. No primeiro lance, fez-lhe um túnel. Nílton correu para o treinador. “Contrata já esse moleque. Imagina ele noutra equipa. Nunca mais ia dormir direito”. Ganhou fama no Brasil como o “anjo das pernas tortas” ou “a alegria do povo”. Sucessivas lesões num joelho acabaram-lhe com a carreira. Hoje Garrincha não é um mito como Pelé porque não teve um final feliz. Afundou-se no álcool, definhou, morreu na miséria, com cirrose hepática, em 1983. E o Brasil chorou a partida de um dos melhores jogadores de sempre… Armando Nogueira, jornalista brasileiro, assinou o mais belo retrato de Mané. “Para Garrincha, o pequeno espaço de um guardanapo era um enorme latifúndio”.

Just Fontaine - Treze páginas imortais numa bela fábula. Treze golos na prova, o título de melhor marcador. Nunca mais o melhor marcador o foi com tantos golos. Talvez nunca mais venha a ser. Marroquino de Marraquexe, foi a figura da França na prova. Ele que era suplente e apenas entrou no onze por lesão de um colega. Só contra a Alemanha, no apuramento para o terceiro lugar, 4 golos. Dois anos depois, partiu uma perna. Regressou vários meses depois. Escassos minutos, nova fractura grave… encerrou a carreira, virou Presidente do Sindicato de Jogadores.


Curiosidades

– O melhor jogador soviético era Streitsov, o torpedo de Moscovo. Não se deslocou à Suécia porque estava preso, a ser julgado por tentativa de violação.

- A selecção Argentina chegou ao Mundial como grande favorita, com uma equipa fabulosa. No ano anterior vencera a Copa América, e por isso aterrou na Suécia com um objectivo, ser campeã do Mundo. Não passou da primeira fase. Aliás, a despedida foi humilhante, 6 golos sofridos ante a Checoslováquia. No regresso a casa, os argentinos foram apedrejados no aeroporto de Buenos Aires. A polícia teve de escoltar cada um dos jogadores a casa.

- A sorte sempre acompanhou a Mário Zagallo. O titular da selecção era Pepe, que vários anos depois treinou o Belenenses, mas lesionou-se num amigável e falhou o Mundial. Canhoteiro também se lesionou num treino. Ficou Zagallo como única alternativa. Aproveitou e brilhou…

- Esta foi a única que teve a presença de todas as selecções do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte).


O Onze do Mundial: Yashin (U.R.S.S.), Djalma Santos (Brasil), Gustavsson (Suécia), Bellini (Brasil), Nilton Santos (Brasil), Didi (Brasil), Kopa (França), Garrincha (Brasil), Vavá (Brasil), Fontaine (França) e Pelé (Brasil).