1. Uruguai vs Coreia do Sul
Vitória esperada do Uruguai, mas sofrida, bastante sofrida. Valeu-lhes a sorte inicial, na sua baliza (bola no poste) e na baliza adversária (fífia para golo de Suarez). A partir desse momento os coreanos tomaram conta da partida, remeteram os sul-americanos somente à defesa e, quando alcançam o empate, o mais provável seria a reviravolta completa. No entanto, foi então que os uruguaios, com o brio e garra que se lhes reconhecem, assumiram o controlo do jogo e alcançaram o golo da vitória, novamente pelo Luis Suarez, num dos mais belos golos marcados na competição até ao momento. Cai a Coreia do Sul, mas de cabeça erguida, mostraram ao Planeta Futebol que já se encontram num patamar de qualidade, que diferença para as equipas apresentadas nas décadas de 80 e 90!
2. Gana vs EUA
Este Gana está a ser muito bem orientado, assemelha-se muito a uma selecção europeia no controlo dos espaços e no modo como executa rápidas transições para contra ataques venenosos, não perdendo contudo a magia africana. Asamoah Gyan é o destaque, na falta do líder Michael Essien, mas realce sobretudo para a disciplina da equipa, algo que falta às selecções africanas, excepto ao Egipto que, curiosamente, falha constantemente os apuramentos. Quanto aos americanos, que se pode dizer? Mereciam estar nos QF da prova, mais uma vez estiveram atrás no marcador e mais uma vez assumiram o jogo, sem receios, com qualidade, com bravura e inteligência de jogo, algo impensável há uma década. Embora hajam muitos a queixarem-se, deixem-me dizer o seguinte: se há alguém que sai de prova sem um único lance a favor e vários contra são precisamente os americanos, e não os ouço a queixar…
3. Alemanha vs Inglaterra
Germânicos fantásticos! Não há que dizer muito mais, grande entrada em jogo, criando várias oportunidades e concretizando duas delas. Reacção inglesa num frango de Neuer (notoriamente o elo mais fraco desta selecção, se lá estivesse o Oliver Kahn de 2002 nem valeria a pena continuar com a competição, o troféu já estaria entregue!), seguida de um lance que vai marcar a competição, com a não validação do golo de Lampard. Inevitável falar do lance, que aconteceu precisamente à selecção certa, uma vez que os membros caquéticos da International Board sãom precisamente, britânicos! Justiça poética? Talvez, mas que nenhum bife se agarre a essa desculpa, se é verdade que a Inglaterra teve uns bom 20 minutos, a selecção alemã esteve soberba durante os restantes 70! Vitória implacável, demolidora e que, contando todas as ocasiões de golo, pode até ter pecado por escassa. CR? Messi? Desculpem, mas para mim, nestes 15 dias, os nomes que me têm encantado são Thomas Muller e Memet Ozil.
4. Argentina vs México
Jogo marcado pelo erro do arbitro. Aqui sim, ao contrário dos ingleses, os mexicanos que controlavam o jogo e criavam as melhores ocasiões, têm clara razão para se sentirem prejudicados. Ainda por cima, para além de Tevez se encontrar em fora de jogo, exibiram a repetição do lance, que apenas serviu para desmotivar os jogadores aztecas, confirmando o clamoroso erro. Não foi portanto de admirar o segundo golo argentino, 5 minutos após a vergonha. Existe alguma equipa capaz de recuperar 2 golos à selecção de Maradona? Bem, se existe, não é seguramente o México, que capitulou ao intervalo. O golaço de Tevez serviu apenas para terminar com o jogo, sendo de enaltecer a atitude da equipa mexicana, que em vez de se desligar do encontro teve brio para procurar o seu golo, que conseguiu através da nova coqueluche do Manchester United, Javier Hernandez, um miúdo a seguir com atenção.
5. Holanda vs Eslováquia
Um passeio holandês? Sim, de certo modo, enquanto a Eslováquia optou por não jogar futebol, apostando apenas em manter as suas redes invioláveis. Era capaz de jurar que era o Carlos que estava no banco holandês, mas a forma corajosa como, a meio da segunda parte, os eslovacos se libertam e tentam ser felizes, tirou-me todos os equívocos. Foi de bradar os erros da defensiva holandesa, que por 2 vezes permitiram o remate frontal aos avançados contrários, valendo-lhes a fraca pontaria. Sneijder acabaria com o jogo perto do seu fim, numa partida de certa forma decepcionante da laranja mecânica, ou sobem a qualidade do seu jogo ou o Brasil terá o caminho aberto para as meias finais…
6. Brasil vs Chile
A importância das bolas paradas. Juan desbloqueou um jogo que teve ainda (novamente) pouco Brasil. Estaremos perante a italianização do futebol brasileiro? Improvável, no entanto o desejo que sobra para todos os que querem ver mais de uma equipa que pode e deve fazer mais é vê-los numa situação de desvantagem. Sou só eu que penso assim? Alguém consegue imaginar a qualidade de um Holanda vs Brasil, com um golo holandês aos 5 minutos de jogo? Quanto ao Chile, que fez um torneio interessante, fica a questão pertinente: como pode Valdivia, um jogador de top, sentar-se no banco? Erro crasso senhor Bielsa…
7. Paraguai vs Japão
Indiscutivelmente o pior jogo entre, provavelmente, as duas equipas mais frágeis que conseguiram o apuramento da fase de grupos. Ainda assim, e pelo desejo de vitória demonstrado, bem como pela notória evolução, chora-se mais a eliminação dos japoneses do que festeja-se o apuramento dos insonsos paraguaios. Seja como for, parece garantido, há um jogo dos QF da prova com vencedor mais que previsível: Espanha! A menos que o Paraguai consiga arrastar o jogo até aos 120 minutos, aí tudo é possível, e da forma exemplar como executaram os penalties, a ideia que fica é que os sul americanos acreditam ser possível chegar à final de penalty em penalty... espero sinceramente que não!
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