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terça-feira, 25 de maio de 2010

Alimentar o Monstro


Venho já há alguns anos a defender a teoria de que o campeonato Português deveria ter um formato idêntico ao Escocês. A qualidade do futebol apresentado, bem como a massa de adeptos provenientes dos chamados "clubes pequenos" não lhes permite ter estrutura para se designarem como clubes de Primeira Liga. Como e já agora quem sustenta clubes como a União de Leiria, P. Ferreira e Naval que com assistências médias regulares de 800 espectadores conseguem manter-se com as contas saldadas e com os pagamentos aos seus funcionários regularizados?? Qual a responsabilidade das autarquias em alimentar este monstro?

A revolução do futebol Português passaria por um campeonato com 10 equipas, a 4 voltas (36 jogos) e com distribuição do patrocínio dos direitos televisivos de igual valor pelos 10 participantes (à semelhança do que acontece no futebol inglês).


Aqui fica a noticia que me despoletou curiosidade:

"Contas aprovadas em Assembleia-Geral só com um sócio

As contas da Naval 1.º de Maio referentes ao ano de 2009 e o orçamento para a nova época foram aprovadas, esta segunda-feira, em Assembleia-geral onde esteve presente apenas um sócio.

O presidente da Mesa assegurou que estavam cumpridos os estatutos, como tal as contas com prejuízo de 1,5 milhões de euros, assim como o orçamento de 2,8 milhões de euros, foram aprovadas.

Apenas seis associados votaram, os cinco membros dos corpos sociais do clube e o único sócio presente fora da Mesa"


In "O JOGO online" 25 de Maio 2010

3 comentários:

LEGION disse...

Tal como em tudo em Portugal, temos demasiados clubes que desviam as atenções para os maiores e dividem recursos preciosos.

Tendo em conta que mudar esta realidade, em que um grupo de amigos de café forma umn clube, diria que a proposta de redução fará sentido desde que se reduza também para as ligas inferiores.

Não adianta reduzir na principal e sobrecarregar as restantes, portanto, na minha opinião, vai-se reduzindo até existirem clubes a saltar fora...

OAutor disse...

concordo com a redução!!! mas como diz o legion, uma redução generalizada, não só na primeira liga!!!

El Pirata disse...

volto a repetir o que ja disse no post anterior: nada de escoceses, vamos mas é para o modelo americano!

Quem pode joga, quem nao pode vê jogar!

Se cidades como Leiria, mesmo com a Damasceno a sustentar o clube, têm assistencias ridiculas, se o mesmo se passa na Figueira da Foz, onde nem de borla vão à bola, pergunto eu, tal como perguntariam milhoes de americanos: que fazem estes tipos na primeira divisao?

O futebol tem de passar a franchisings! Alias, os clubes, que se identificam com o seu nome, mais o nome da cidade, ja fazem o mesmo que os clubes americanos. Vejemos os Grizzlies, da NBA: começaram em Vancouver, com o nome a ser sugerido devido aos ursos (grizzlies) da regiao. Entretanto o publico deixou de aderir, começou a dar despesas, vamos embora, quem quer ter a franchise? Memphis! E caso resolvido, nada de ter a autarquia de Vancouver a sustentar algo que apenas meia duzia desejava.

Em Portugal devia ser o mesmo. Clubes cuja massa adepta é enorme, caso de Leixoes por exemplo, nao desceriam. Alias, por mim acabavam-se as subidas e descidas, campeonatos fechados, perdia-se o medo de descer de divisao e perder as receitas e, como tal, maior à vontade para jogar o jogo e nao jogar pelo pontinho.

Claro que com tanto velho do restelo a mandar no futebol é altamente improvavel uma mexida deste genero, mas seria a ideal, porventura era da maneira de ter alguns clubes do interior do País a disputar a primeira liga, a massa adepta existe, mas faltam apoios das Camaras e das empresas inexistentes...