A justiça aos seus lugares!!!

A mensagem de Jesualdo Ferreira, concebida para limpar as feridas causadas pela queda desamparada aos pés do Arsenal na Liga dos Campeões, era para ser levada muito a sério. Até porque o FC Porto é o tricampeão nacional e tinha, nesta jornada, uma excelente oportunidade para se lançar na liderança da Liga Sagres ultrapassando um opositor que era incapaz de superar há um ano e dois meses. "Contem connosco", disse e repetiu o professor na véspera do clássico. Distraído, ou pensando que, do outro lado, ainda estava a equipa macia, desgarrada e temerosa que caíra em Londres, Grimi, aos 19', errou na protecção de bola e perdeu-a, infantilmente, junto à linha lateral para um crente Tomás Costa, que depois endossou a Raul Meireles e a Lisandro a responsabilidade de converterem em golo o desequilíbrio forçado. O aproveitamento da fífia do lateral leonino fez subir a confiança dos azuis e brancos, ontem ordenados, sem surpresas nem invenções, no 4x3x3 que há muito tempo lhes serve de matriz táctica, com Tomás Costa a funcionar de forma eficiente no vértice direito do meio-campo, derivando Lucho para o corredor destro, ele que, a par de Rodríguez, no lado oposto, foi desenhando diagonais para que Lisandro não fosse esmagado por Tonel e Polga. Estável, o FC Porto sobreviveu a um losango com que se vinha dando mal usando, na etapa complementar, uma atitude de contragolpe… que quase rendia um bis a Bruno Alves. O mérito deve ser sublinhado, mas também é verdade que o losango sportinguista desta batalha não foi o mesmo, em conteúdo, dinâmica e competência, de outras.
A primeira amostra teria confirmação adiante e seria o trunfo para a vitória dos portistas: a segurança de jogo transformou-se num problema sério que nem o Sporting mais pressionante e agressivo do segundo tempo foi capaz de combater ou pôr em causa. E o mais perto que esteve de beliscar a solidez do tricampeão foi quando Romagnoli - entrado aos 66' -, num lance individual, furando, furando, furando… até passar Nuno e ficar sem ângulo, ofereceu o golo a Derlei, que falhou, incrivelmente, o pontapé na bola (71') junto à pequena área. Escassa contundência atacante para um candidato que passou quase 90 minutos com o meio-campo em obras e só de grande penalidade, convertida por João Moutinho (28'), encontrou solução para chegar ao golo. Mas o impacto dessa reacção foi bloqueado passados apenas três minutos, com Bruno Alves, o homem do jogo, a fazer a diferença numa bola parada, na sequência de uma falta, desnecessária, cometida por Polga à entrada da grande área.
Do lado do Sporting, já se tinha percebido que arrumar Rochemback e Romagnoli na mesma linha média, em partidas de alta voltagem, era desaconselhável, sobretudo sempre que é impossível encaixar, no sector, um elemento com a genialidade de Izmailov ou a garra de Vukcevic, ambos importantes nas saídas com bola. Uma evidência a que, desta vez, Paulo Bento não fechou os olhos, embora a opção tomada para tentar conferir maior agressividade ofensiva e defensiva à equipa levasse a que se torcesse o nariz assim que foi pública a composição do onze. Yannick Djaló apareceu como unidade de apoio aos avançados - enquanto Pipi ficava no banco -, só que a aposta saiu furada. Com o evoluir da (re)construção do meio-campo e, mais tarde, face ao recuo de Pereirinha - que ao intervalo rendera Grimi, passando Veloso para lateral-esquerdo e recuando Rochemback para trinco -, em virtude da adopção de um plano mais ofensivo, que implicou o sacrifício do lateral Abel (66'), Yannick também andou por zonas interiores, expondo a sua fragilidade técnica, mas sendo, para o seu treinador, a maior esperança para alargar o futebol dos leões e dar-lhe profundidade e velocidade. Só assim se explica que tenha feito os 90 minutos...

Leixões 1 benfica 1

O Leixões empatou (1-1) com o benfica, em jogo da quinta jornada da Liga Sagres disputado no Estádio do Mar, em Matosinhos. Entrou melhor a equipa leixonense e entretanto Reyes lesionou-se, na equipa “encarnada”, e Quique Flores lançou Di Maria. Continuou a carregar o Leixões, mas, contra a corrente do jogo, aos 32 minutos, o enficab teve uma oportunidade de golo e Cardozo não falhou… No segundo tempo, os leixonenses empurraram o conjunto benfiquista para junto da sua área e, finalmente, aos 88 minutos Wesley conseguiu marcar e fez o empate a 1-1...

Vitória de Guimarães 0 Braga 0

Vitória de Guimarães e Braga empataram (0-0) no dérbi minhoto desta noite, disputado no estádio D. Afonso Henriques. Foi um jogo equilibrado, ainda que tenha ficado a noção de que houve mais Braga, nomeadamente pelo desperdício de Renteria, avançado emprestado pelo FC Porto aos bracarenses, e que teve ao menos duas oportunidades de golo claras e falhou-as…

Bom...

E depois de tudo isto...

Só dá para estar bem disposto...

Fonte: Ojogo, Record, Abola