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sábado, 2 de maio de 2009

O Clássico dos Clássicos



Joga-se esta noite o clássico mundial mais apaixonante, o único cujas equipas podem, entre si, chamarem todo o protagonismo, seja pelo número de craques, pelo número de títulos, pelas receitas milionárias que ostentam, pelo número de adeptos espalhados pelos quatro cantos do globo, Espanha pode dar-se ao luxo de ter, no seu recanto, provavelmente as duas maiores e melhores equipas de futebol de todo o Planeta. Santiago Bernabeu enche-se para ver o seu Real Madrid, moribundo à seis meses quando viajou até Barcelona, regressar à luta pelo título após uma impressionante série de resultados, com 18V e somente 1E após essa derrota.


Que coração tem este Real Madrid de Juande Ramos, um treinador que admiro desde os tempos do Sevilha. Mas, na minha opinião, há um jogador que se tem revelado determinante para esta incrível série vitoriosa do Real: Gonzalo Higuain. Tudo bem, podem dizer-me que Casillas também tem sido fantástico ou até o "velhinho" Raúl pela sua dedicação e pela sua experiência lá na frente. Tudo isso é verdade mas, para mim, Higuain tem sido o grande jogador deste Real Madrid.Segunda época no Real deste argentino de apenas 21 anos. Fazer (até ao momento) 18 golos em 29 jogos sendo que muitas vezes joga à direita do ataque é algo verdadeiramente extraordinário. Junte-se a Higuain o capitão Raul Gonzalez e temos um dupla diabólica que, apoiada por um meio campo sólido, tem sido simplesmente devastadora.



Mas se o Real Madrid é coração o Barcelona é génio, não só de Messi, muito embora seja a peça chave para todo o sucesso que se adivinha num futuro próximo, mas igualmente de Etoo e Thierry Henry, um jogador que soube perder protagonismo que sempre o acompanhou em detrimento do jovem argentino, aceitando um "papel inferior" mas determinante para o esquema montado por Pepe Guardiola, um jovem treinador que, ao contrário do que se disse e escreveu em meados de Setembro último, nada deve aos treinadores desejados em Barcelona, especialmente Mourinho!

Aguarda-se um grande espectáculo, suplantando a falta de qualidade exibida pelos semi finalistas da Champions League, onde se encontrava este mesmo Barcelona. Mas clássico é outra coisa, e clássico envolvendo duas equipas que representam muito mais que dois clubes, dois povos de culturas distintas só pode redundar num jogo fascinante. Que seja semelhante ao realizado há duas épocas, na Catalunha, é o mínimo que desejo.