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quinta-feira, 10 de abril de 2008

1978-2008: Os passos do Dragão

A “revolução azul” ao longo de três décadas. A ideologia “pedrotiana”. 30 anos como fossem a mesma época, o mesmo código genético. Como Duda, Oliveira ou Gomes jogassem no mesmo onze de Lucho, Lisandro ou Quaresma.



A bola, chutada por Ademir, saiu meia enrolada, mas parecia levar vida própria, conduzida por milhares de adeptos que a tentavam convencer para, ao chegar junto à baliza, fazer um pequeno desvio para as redes. Na baliza do Benfica, Fidalgo, que substituía o elástico Bento, tentou esticar-se mas o lado hipnótico enganou a bola e ela entrou mesmo. Um simples lance que terá mudado o curso da história do futebol português. Um golo decisivo que reconquistou para as Antas um título que fugia há 19 anos e marcou o início de uma nova era na correlação de forças nos relvados lusos.
Já passaram trinta anos desde essa tarde histórica. Não é, no entanto, um mundo assim tão distante.



Entre 1978 e 2008 existe um elo de ligação poderoso que faz a força, corpo e alma do FC Porto "produto regional", insubmisso ao poder central. Num ápice, o onze azul-e-branco deixou de jogar como quem moía um sentimento, para, de sobrolho carregado, erguer um exército futebolístico que no fervor revolucionário de meados dos anos 70 encontrou o habitat perfeito para colocar uma bola no centro do confronto com os velhos poderes macrocéfalos da capital.



A “revolução azul” prolonga-se há três décadas. Todos os movimentos históricos são feitos por acção ou por reacção. O FC Porto foi, claramente, um movimento de reacção. Longe das sofisticações do Gambrinus ou do Maximes, mas cliente das opíparas tertúlias quase clandestinas do Orfeu e da Petúlia, hoje extintas mas cujo legado permanece ao ponto dos traços ideológicos do título do FC Porto 2007/08 serem, na essência, os mesmos de 77/78.
É este o segredo do FC Porto e de qualquer clube para manter-se no topo durante décadas: decifrar o seu ADN.



Na génese, um homem, mestre em vários campos. Na arte da táctica e na arte do conflito, um estudioso do comportamento humano. José Maria Pedroto. Os traços do Porto “pedrotiano”, o Porto da “inteligência e da esperteza”, continuam vivos, das Antas para o Dragão, na mente e nos actos. Um forma de viver que se transformou numa forma de jogar.
De Duda, Gomes e Ademir, até Lisandro, Lucho e Bruno Alves, passando por João Pinto, Baía e Jorge Costa. Parece que jogaram todos na mesma equipa. Como aqueles trinta anos fossem sempre a mesma época.
O rosto mais “humano” do presente é apenas um “upgrade” estratégico, como a descoberta, em meados dos anos 80, do bicho mitológico no topo do emblema. Era o nascer do Dragão símbolo azul. Mesmo depois das grandes conquistas internacionais, a ideologia permanece intacta.
Jesualdo gosta de definir as exibições da equipa como “sérias” e “inteligentes”. Serão esses os melhores adjectivos, de facto, para definir o futebol portista a longo de três décadas, mas nesses percurso, também existiram os mágicos. Oliveira, Madjer, Futre, Deco, Quaresma. Toques ilusionistas suportes da visão táctica, como quando, no jogo de 78, Pedroto, a perder, tirou dois defesas (Freitas e Gabriel) e meteu dois avançado (Vital e Seninho) passando a jogar com três defesas. Hoje, os traços tácticos e técnicos têm sotaque argentino, os passos e os passes ritmados de Lucho, os remates guerreiros de Lisandro, e as diabruras de “gipsy king” Quaresma.
Ao longo de três décadas, nenhum outro clube entendeu tão bem as diferentes faces da táctica futebolística dentro e fora do campo, quase como se fosse uma extensão desportiva da frase imortal de D. João II: “tempos há para usar de coruja e outros há para usar de Falcão”.
É a história e uma bola de futebol.





A marca de Jesualdo
Dois campeonatos, o “Dragão de Ouro”, a postura esfíngica no banco, o discurso destemido nas conferências. A marca do reciclado Jesualdo.
Chegou no Verão de 2006 com a pré-época já terminada. Encontrou uma equipa feita mas com ideias diferentes. Reequilibrou-a tacticamente à sua imagem (do aventureiro 3x3x4 de Adriaanse para o equilíbrio racional do 4x3x3) e cavou um abismo para outros grandes. Na segunda época mais do que na primeira. Dois títulos sem sombra de pecado.
Para o terceiro ano, o desafio da dimensão internacional. É o que falta para deixar uma assinatura própria incontornável no “casa do Dragão” onde muitos treinadores acabam com o tempo diluídos pelos méritos da “máquina azul”. Onde, dizem, “qualquer um ganha”.



As exigências europeias são, porém, maiores. Saber defender mais à frente (memória de Pepe) e mais posse e controlo a meio-campo (saber jogar em 4x4x2). Mais qualidade individual para dar maior poder colectivo. No terceiro ano de Jesualdo, o supremo desafio europeu.

O jogador símbolo
Em todas equipas existem os chamados jogadores-símbolo. Quase como alter-egos do colectivo. Lucho, na táctica, Lisandro, nos golos, Quaresma, na magia, serão três símbolos deste FC Porto altivo, mas nenhum deles nasceu na era-Jesualdo onde nunca surgiram reforços de primeira página.
Por isso, teve de inventar, nas caves do laboratório interno, o seu jogador-simbolo. Aquele que possa ser apontado como obra do professor. Uma obra futebolistica com nome e duas pernas: Bruno Alves.



Antes de Jesualdo, um jogador preso a uma imagem de excessiva dureza, suplente cativo, pouco utilizado e olhado com desconfiança.
Depois de Jesualdo, um jogador de personalidade, chefe que manda e assusta, titular indiscutível, sucessor da herança dos centrais portistas que só de olhar intimidam avançados.
Existem muito tipo de jogadores para elogiar na hora da vitória. Nessa altura, sinceramente, tenho tendência a elogiar aqueles com os quais iria a qualquer lado. Bruno Alves é esse jogador-simbolo, uma paixão antiga de Jesualdo.


Texto retirado de: planetadofutebol

15 comentários:

Mitico disse...

Obrigado Autor

REBEEENNNTAAAA A BOOOOMMMMMMBAAAAA

PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUMMMM

TRI CAMPEOES

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

Mitico disse...

É SÓ PORTISTAS!!!

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOOOOOOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTTTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOOO

Mitico disse...

Autor

Foste tu que empurraste o jornalista da rtp?

Foste tu que pegaste no microfone e o atiraste po chao???

PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUMMMM

TRI CAMPEOES

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

TRI TRI TRI CAMPEOES

TRI TRI TRI CAMPEOES

OHHHHHH FOOOORRRÇAAA PORTO AALLEZ

OAutor disse...

TRI CAMPEOES

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

TRI TRI TRI CAMPEOES

TRI TRI TRI CAMPEOES

OHHHHHH FOOOORRRÇAAA PORTO AALLEZ

OAutor disse...

"A cinco jornadas do fim do campeonato e perante o diz que disse dos últimos dias, o melhor é comer uns rojões e sorrir um bocado. A azia passa com Kompensan e Águas das Pedras" ..... by Cajuda!!!! eheheh

Mitico disse...

Boa tarde a todos

Autor

Viste alguma coisa na RTP sobre empurroes e microfones a voar etc etc?

Nem nos jornais vi...

Huuummmm!

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTOO

CAMPEEEEOOESS ALLEEEEEZZZZZ

TRI CAMPEOES ALLLEEZZZ

TRI CAMPEOES ALLEEEEEZZZZ


OOOOOHHHHHHHHHHHH

FORÇA PORTO ALLLEZZZZZZ

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTO

PS: Chocante a maneiro como o Glasgow se apresentou em Alvalade!
Que equipa mais foleira! O sporting com um bocadinho mais de calminha goleava esta mediocre equipa... há dias assim!

OAutor disse...

vi foi na festa do titulo do tri campeonato?? aqueles portistas são mesmo uns parolos e vandalos!!!! todos aos saltos e empurroes!!
é disto que falavas não é???

Mitico disse...

Não, autor

Ao que dizem foi lá para o centro da capital...

Numa unidade hoteleira...

Nao foste tu????

Será que foi o Picareto???

Mitico disse...

EH páááááá

E se foi o pirata?????

OAutor disse...

Não sei, acho que nunhum de nós tem bigode, pelo menos da ultima vez que os vi não tinham!!!

OAutor disse...

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Tel. 217590722


Portanto senhores da capital do império, agora é só escolher!!!!!!!

El Pirata disse...

eheheheh, ha que admitir, teve graça :D

El Pirata disse...

eu imagino a quantidade de lampioes que nao se riram na quinta ha noite, entao no segundo golo do rangers nem se fala.

Qual nao foi o meu espanto, sabendo que o jogo já andaria pelos 60 minutos, quando mudo pro canal para ver por quantos ganhava o benfica, ainda com grande azia. Ainda dizem que kompensam é que é bom, o que realmente cura uma aziz é uma barrigada de gargalhadas ao ver o buda do luisao a fazer as habituais cagadas (a bolada na tromba na segunda parte foi priceless!!) e observar o asterix que treina o benfica quase quase a chorar :)

Estou como novo! Eu nem imagino o bem que me fará à saude quando o PC for preso!

Anónimo disse...

Sofrem todos do mesmo mal, esses sportinguistas, têm a mania que são diferentes do resto do povo amante do desporto...

Pobres coitados, também os reis assim pensavam e quando abriram os olhos, já só havia repúblicas...

Saudações, mais um fim de semana de desporto e mais do mesmo se prevê...

Peyroteo disse...

JOSÉ MARIA PEDROTO OUTRO...

Esta pérola, vem no Jornal O Benfica de 29.12.2006,
e só demonstra que o apito dourado já tem muitos anos.
O antigo Jornalista Neves de Sousa, na altura quando trabalhava no Jornal A Capital
Escreveu este belíssimo artigo sobre um célebre contrato entre José
Maria Pedroto e o Sr. João Rocha, presidente do Sporting.
UM CONTRATO QUE NUNCA FOI ASSINADO
Pouca gente soube que o muito saudoso José Maria Pedroto esteve a
um pequeno passo de ser treinador do Sporting, quando João Rocha
era presidente do clube de Alvalade.
Tudo estava acertado, pormenor por pormenor, até à mais ínfima
partícula de um documento que vinculava as duas partes, pelo menos durante uma temporada futebolística.
Porém, no dia em que estava aprazado a assinatura nos papelinhos,
Pedroto travou o gesto e subitamente disse para o presidente do
Sporting:
Esqueci-me de lhe lembrar, mas falta aqui uma cláusula. Está tudo
certo, tanto em relação aos meus prémios, como aos meus
vencimentos, o caso do apartamento e do carro às ordens, tudo
muito bem, mas o senhor presidente esqueceu-se de que eu lhe tinha
dito logo no primeiro encontro: só vou para um clube que dê garantia
de contar com os árbitros .
Como, não percebo?
Indagou João Rocha, nessa altura pouco habituado a saber o que era
certa fatia da arbitragem
Pedroto meteu a caneta na algibeira, levantou-se e apenas disse:
Quinze mil são para mim, mas para os árbitros são precisos outros
tantos, caso contrário o Sporting só ganha campeonatos lá para o fim
do século
o contrato acabou por não ser assinado. Pedroto rumou
para outra latitude, mais compreensiva. O Sporting continua a ver
navios.
Digo eu:
Perante isto não há nada a dizer sofre a Máfia no apito dourado

Nota: JOÃO ROCHA - Um presidente que os Sportinguistas devem ter
orgulho