Muito se tem escrito nos últimos dois dias devido às acusações impostas ao FC Porto, Boavista, PC e aos Sopranos Loureiros. Muito me tenho rido com as crónicas ridículas do pasquim, sobretudo das do calvo de serviço, que quer a todo o custo considerar o desejo dos portugueses de ver PC no banco dos réus como um acto de vingança e não como de justiça! Estás enganado meu caro, isso é o que tu e muitos portistas se tentam convencer a si próprios, que há um enredo montado para prejudicar o fabuloso e invencível FCP! Era mais interessante se fosse assim não era? Mas a realidade é que tanto ele como outros tantos milhares cresceram a adorar um ídolo com pés de barro, o maior corrupto desde que a suposta liberdade regressou a Portugal e, mesmo nesta hora de suposta aflição, consegue ainda assim ser indiciado por corrupção na forma tentada e não activa, uma benesse que fará com que nada de especial lhe suceda, dando-se ao luxo inclusivé de afirmar a plenos pulmões que irá até às últimas consequências! Assim também eu iria, se o único risco que corresse fosse ficar com um unha partida! A pouca vergonha ainda persiste, mas pelo menos do rótulo de corrupto vigarista oficial já não se livra. Ao menos salva-se isso, já não é mau. O que é ridículo é constatar que a utilização de Meyong de forma irregular equivale a convidar um árbitro para chá e torradas! E esta hein?...
Transcrevo em seguida duas crónicas, uma completa do brilhante cronista Daniel Reis, sportinguista convicto e sem necessidade de o encobrir para, sob um manto de suposta imparcialidade, poder mandar os bitaites cobardemente. Outra da lunática Pinhão, que embora seja perita em debitar disparates a um ritmo alucinante, consegue também (sóbria?) enumerar umas verdades bem na mouche. A ler com atenção e a meditar, sobretudo nas partes destacadas.
“Diz muito bem o dr. Pôncio Monteiro “que isto só serve para entreter” (Correio da Manhã, 31/3), sendo “isto” a acusação, que pode valer perda de seis pontos ao FC Porto, retroactivamente, ou lá para as calendas do ano não sei quantos. Tanto faz, pois isso não é sequer relevante,
atendendo ao estendal de misérias e poucas vergonhas reveladas pelas escutas telefónicas, no âmbito do Apito Dourado. E isto só será para entreter, porque o essencial da questão, a mancha de óleo que cobriu de infâmias o futebol português, ao longo de décadas, apenas aqui aparece na ponta de um fio de meada, começando a puxar pela denúncia de pressões concretas sobre um modesto árbitro. Essas pressões já foram, de resto, negadas a posteriori. Mas só a partir daí se foi indo deste personagem àquele, dos vários que comandaram o nosso futebol,
desde os gloriosos tempos dos Pintos, que podendo escolher os presidentes da FPF, só se preocupavam, obsessivamente, por segurar com mão implacável as rédeas dos árbitros e da disciplina. Percebem-se agora melhor as razões da obsessão. Porém, para mim e a partir do momento em que o teor escabroso de tantas escutas veio ao lume, já me é rigorosamente indiferente saber se este clube ou aquele vão perder pontos, ou descer de divisão.
Mas neste preciso momento, em que se ouve o ranger de dentes de quem foi, por acaso, apanhado na teia, só não deixo de sublinhar dois pontos do programa de “entretenimento” em cartaz. Um é o facto do
ex-árbitro Martins dos Santos ter sido pronunciado, pelo que terá feito num jogo menor, na Madeira. É que eu bem me lembro de um jogo do Sporting, em Moreira de Cónegos, a 20 de Setembro de 2003, logo à 5ª jornada, quando o referido senhor
fez vista grossa a dois penalties a favor dos leões e, na ressaca de um deles, o Moreirense marcou o golo da vitória, precedido de monumental empurrão a um defesa. Só não viu, quem não quis ver. Dias depois, logo se começou a falar que o senhor Santos seria convidado a arbitrar o jogo inaugural do estádio do dragão, dentro de semanas. E no dia 16 de Novembro seguinte, lá estava o artista a dirigir o jogo particular com o Barcelona. Prémio ao mérito?
Recompensa por serviços prestados? Qem sou eu para duvidar. Mas que cheirou mal, muito mal, disso eu não tenho a mínima dúvida.
A segunda história remete-nos para quem agora invoca a enorme vantagem competitiva dos portistas, ao tempo de José Mourinho, para dispensarem ajudas dos árbitros em dois jogos supostamente fáceis. Aceito. Mas foi nesse mesmo ano, quando o então treinador dos azuis-e-brancos se sujeitava a umas semanas de exílio na bancada, que a bem montada teia de influências entrou em acção. Segundo escutas já publicadas, os agentes dessa teia puseram-se rapidamente em campo e conseguiram aliviar, na Liga, a punição do técnico para níveis e já aceitáveis, quer por ele, quer pelo seu clube. Ora, desse episódio eu concluo que o FC Porto de Mourinho,
ganhando campeonatos com uns cem pontos de avanço, podem nem ter precisado das ajudas de árbitros convidados para tomar chá em casa do presidente. Mas imaginem que precisava: duvidariam, então, que a mesma teia, usada para safar o treinador da enrascada, deixaria de se estender às outras frentes, as mais determinantes da sorte dos jogos e do campeonato?
Eu não duvido.”
Daniel Reis
“Muito se tem falado de coragem nestes últimos dias. E a coragem é sempre um tema aliciante porque, posta como patamar da acção, empolga os espíritos e redime as fraquezas individuais e colectivas. No caso presente, a coragem de que toda a gente fala é um logro. Os elogios unanimemente dispensados à Comissão Disciplinar da Liga de Clubes pela coragem que evidenciou são bastante injustificados. A verdade é que a Comissão Disciplinar da Liga de Clubes teve coragem para, na nota de culpa enviada ao Boavista, acusar o clube do Bessa de “corrupção consumada”, o que poderá resultar num castigo de descida de divisão. Mas, no que diz respeito ao FC Porto, faltou-lhe coragem. E de que maneira.
Na nota de culpa enviada ao FC Porto a Comissão Disciplinar da Liga acusa o emblema do dragão de “corrupção na forma tentada” – não consumada, portanto –, o que, face aos regulamentos desportivos, poderá ser punível com a perda de 6 pontos, no máximo. Os 6 pontos em causa vão, certamente, ser subtraídos na corrente edição do campeonato.
Pelo que vamos assistir a uma jamais vista galopada da justiça da Liga de modo a que o assunto fique resolvido até Junho, tal como foi repetidas vezes prometido.
Depois de anos a ouvirmos dizer, aos justiceiros da corporação do futebol, que tinham as mãos atadas, que não tinham meios de investigação, não deixam de ser curiosas estas discrepâncias entre as acusações da justiça civil, que produziu a investigação como lhe competia, e da justiça da bola finalmente obrigada a reagir. E voltamos à questão da coragem. Ou à falta dela. Os membros da Comissão Disciplinar da Liga evidenciaram uma grande coragem no caso do Boavista?
Mas em que sociedade civilizada o aplicar da lei é um acto de coragem? Os membros da Comissão Disciplinar da Liga usaram de um peso e de uma medida diferentes no caso do FC Porto, reduzindo o efeito dos danos colaterais ao próprio sistema? Sim. Absolutamente, sim.
E, assim sendo, nestes últimos dias, quem foram os mais corajosos no futebol português? Os mais corajosos foram os pasteleiros de Belém. E não duvidem. Poucas horas antes do Belenenses-FCPorto de domingo passado um grupo de 20 elementos de uma claque dos visitantes irrompeu pela famosa e mundialmente celebrada Casa dos Pastéis de Nata de Belém e desatou a partir as vitrinas a pontapé. Aos pasteleiros, funcionários e clientes da loja só restou uma alternativa: a da coragem. E quando, finalmente, a polícia chegou ao local já o assunto estava resolvido. Sem medo e, provavelmente, com as mãos cheias de farinha, canela e açúcar, os trabalhadores e os clientes enfrentaram fisicamente o bando de energúmenos. Lamentavelmente habituados ao estado de temor que inspiram e à impunidade das suas acções, os valentões surpreenderam-se com a reacção corajosa das suas vítimas e fugiram com o rabo entre as pernas. Vítor Domingues, gerente da Casa dos Pastéis de Nata, relatou o sucedido a ABOLA: “Eles não esperavam, por certo, a reacção que todos tivemos. Somos cerca de 100 pessoas a trabalhar aqui e os empregados reagiram ao sucedido, enfrentando-os. Quando perceberam que a coisa poderia complicar-se começaram a sair rapidamente da loja e correram rua acima, em direcção ao estádio”.
É esta a coragem que merece elogios e foguetório. E, sobretudo, a coragem de desencadear a acção sem esperar pela chegada da polícia que, normalmente, chega atrasada. O futebol português, por exemplo, chegou com 20 anos de atraso.
Os únicos que não foram pastéis, neste período histórico, acabaram por ser os Pastéis de Belém. O que é extraordinário.”
Leonor Pinhão Entretanto, qual não é o meu espanto, quando há poucos minutos observo a imprensa diária e vejo a capa do Correio da Manhã, que serve de imagem para este post! E transcrevo uma parte da noticia:
"Ana Maria Salgado mudou-se há menos de dois meses para uma vivenda geminada do Corredoura Park – um empreendimento na pacata freguesia de Novais, com menos de mil habitantes, em Vila Nova de Famalicão. A casa é paredes-meias com uma moradia arrendada pelo FC Porto. O CM sabe que dias depois de ter prestado depoimento contra a irmã Carolina, em Junho passado, Ana constituiu uma empresa em Vila Nova de Gaia. Depois de uma vida com graves dificuldades financeiras, Ana comprou um monovolume e resolveu as dívidas com o banco. Fique a saber mais na edição de hoje do jornal Correio da Manha"
É esta a testemunha que a acusaçao que fez aquele anedotico manifesto anónimo quer que a policia recolha depoimentos contra a irmã Carolina? A diferença entre elas é que uma foi puta e a outra puta é. Mas a que foi puta, qual Maria Madalena, arrependeu-se (ou não, não interessa, o que interessa é que viveu por dentro e a cores muitos momentos com o amante flatulento), a outra vendeu a irmã, restante família e credibilidade na sociedade a troco de dinheiro do FCP. Eu não tinha dúvidas, alguém ainda as tem?
Bons festejos, bebam é muito para esquecer estas patifarias, pelo menos os que têm consciência e sentido de honra e decência.