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quarta-feira, 30 de julho de 2008

CSI – Calabote Scene Investigation

Todos nós já ouvimos falar do caso Calabote. Conhecem-se alguns factos, emitem-se algumas opiniões e fazem-se juízos de valor, muitas vezes baseados em pressupostos falsos. Poucas pessoas sabem, com precisão, o que envolveu este caso que resistiu à passagem do tempo e ainda hoje é referido em várias discussões de futebol. É preciso não esquecer que tudo isto aconteceu há 49 anos, daí ser natural que muita informação se tenha perdido no tempo, muitos dados tenham sido alterados e outros mesmo omitidos, de acordo com algumas conveniências.

Este foi apenas um exemplo do que os benfiquistas querem a todo o custo negar. As evidências estão aqui, é só ter a coragem de as assumir. E no meio de tudo o que vão ter a oportunidade de ler, o árbitro era a questão menor. Não inocente, mas efectivamente menor. O Benfica tinha um ascendente sobre os clubes mais pequenos, controlando-os, fazendo o que bem entendesse, tanto a nível de treinadores como de jogadores. Este ascendente estendia-se aos jornalistas, sempre prontos a defender o seu clube de coração e a criar mitos (como ainda hoje se verifica). Há muitos blogues benfiquistas que se têm dedicado a, segundo eles, repôr a verdade (deles), atribuindo a Calabote o estatuto de história quase ficcionada. O que esses textos que abundam na net (e um célebre *.pdf que o Benfica colocou no seu site) não contam é a história “para além” de Calabote. A história que aqui poderão ler, na íntegra.

O título desta rubrica é CSI – Calabote Scene Investigation, aludindo ao nome de Inocêncio Calabote, um árbitro de futebol. Mas o âmbito deste trabalho vai muito para além deste homem. De facto, como já disse antes, a questão do árbitro que esteve no Benfica-CUF de 1959 é apenas um pormenor, como terão oportunidade de constatar. O conjunto de textos que a partir de hoje se publicam no Pobo do Norte resultam de uma leitura atenta de jornais da época. Quem não acreditar no que aqui se escreve, tem onde comprovar.

CSI – Calabote Scene Investigation (I) - Contextualização

Estamos na época de 1958/1959. Na 25ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Sporting vence o Benfica por 2-1, deixando o FC Porto à frente da classificação a uma jornada do fim. No entanto, Benfica e Belenenses ainda têm um jogo para disputar entre si. Eis a classificação:

1º FCP – 25 jogos – 39 pts. (78-22)
2º SLB – 24 jogos – 38 pts. (70-18)
3º Belensenses – 24 jogos – 35 pts. (62-25)
4º SCP – 25 jogos – 31 pts. (49-26)

A 19 de Março de 1959, Belenenses e Benfica repetem o jogo que tinha sido anulado por ordem da Federação devido a erros técnicos do árbitro em prejuízo do Belenenses. Na altura do jogo anulado (1 de Fevereiro de 1959), o SLB comandava o campeonato com mais 3 pontos que o Belenenses e mais 4 que o FCP. O Belenenses protestou o jogo. Sendo contrariado pelo Conselho Técnico da Federação, recorreu para o Conselho Juridiscional, que considerou procedente o protesto e anulou o jogo. Recorde-se que a grande rivalidade da época era entre o Benfica e o Belenenses.

Ironia do destino: O Belenenses, que, na altura do primeiro jogo, poderia aspirar seriamente ao título se tivesse ganho (o que não aconteceu, pois ficou 0-0), agora, na repetição, já sabe que nem com a vitória poderá lá chegar, nem sequer melhorar o 3º lugar que ocupa. Quanto ao Benfica, se ganhar este jogo em Belém, pode passar para primeiro lugar, com um ponto de vantagem sobre o FCP, a uma jornada do fim. No entanto, o resultado verificado é... 1-1! E FCP e SLB entram para a última jornada empatados em pontos, mas com o FCP a superiorizar-se no desempate por goal-average geral, com 4 golos de vantagem: mais 7 marcados que o SLB, mas mais 3 sofridos do que a equipa da Luz. Isto porque no confronto directo entre as duas equipas, a questão está igualada, pois nas Antas registou-se um 0-0 e na Luz 1-1... Conclusão: na última jornada o SLB tem de ganhar sempre por mais de 4 golos de diferença em relação aos números da possível vitória do FCP sobre o Torriense.

1º FCP – 25 jogos – 39 pts. (78-22)
2º SLB – 25 jogos – 39 pts. (71-19)

Note-se que o FC Porto foi considerado arredado do título, tendo estado a 5 pontos do Benfica (numa altura em que a vitória vale 2 pontos...). Mudou de treinador durante a competição, e com Bella Gutman chega à última jornada com uma série de 15 jogos consecutivos sem conhecer a derrota.

De Bela Guttman conhece-se a frase "Se a bola não é nossa, marca. Se é nossa, desmarca”, mas não será esta que ficará para a história. É ele que vai levar o FC Porto à vitória no campeonato, depois de ter chegado a meio da época (1958/1959). É húngaro e antes de vir para o FC Porto, treinou em Itália (AC Milan, entre outros) e no Brasil (São Paulo FC). Foi neste país que implementou o seu sistema revolucionário de 4-2-4 que foi adoptado pelo Brasil na primeira vitória num campeonato do mundo (1958, Suécia). Depois do FCP, seguir-se-á a selecção nacional e o Benfica, ao serviço do qual treinará Eusébio e companhia. Será dele, quando sai do Benfica, a tal frase que o imortalizará: "Sem mim, o Benfica nunca mais ganhará uma Taça dos Campeões Europeus". E nunca mais ganhou.

Voltemos à 26ª e última jornada do campeonato naciona de 58/59. O Benfica recebe a CUF (8º lugar e em risco de ir jogar o torneio de mudança de divisão) e o FC Porto vai ao terreno do Torriense (14º lugar e último, em riscos de descer). Portanto, ambos os adversários dos dois grandes têm muito a perder, jogando uma cartada decisiva para a manutenção na 1ª Divisão.

CSI – Calabote Scene Investigation (II) – A arbitragem

1. Penaltis

No jogo Benfica-CUF, Inocêncio Calabote assinala três penaltis a favor do Benfica. Todos os jornais são unânimes em considerar os penaltis como tendo realmente existido, à excepção do primeiro, que origina o 2-0.

O Mundo Desportivo (23/03/59) diz que "...foi à custa de uma grande penalidade inexistente que os lisboetas conseguiram marcar o segundo tento. Cavem foi de facto obstruído (...) e a falta só exigia livre indirecto." E acrescenta: "Talvez por isso o sr. Inocêncio Calabote tenha tido tanto cuidado na apreciação das faltas dos cufistas evidenciando o propósito de, a ter que se enganar, o fizesse em relação à equipa que nada sofresse com a derrota. Assim podem anotar-se-lhe frequentes erros de julgamento, benefícios do infractor e, para culminar, aquele exorbitante "penalty" que deu o segundo golo dos encarnados."

2. Minutos de compensação

Numa altura do nosso futebol em que apenas se pode fazer uma substituição, Calabote dá alguns minutos de compensação. Há jornais que falam em 3 outros em 4. O Presidente da Comissão Central de Árbitros falará, mais tarde, em 5 ou 6 minutos. Note-se que o jogo já começou oito minutos depois da hora marcada, o que leva a que os jogadores do FC Porto fiquem em campo cerca de um quarto de hora depois do seu jogo terminar ouvindo o relato pelos rádios dos adeptos que acompanharam a equipa a Torres Vedras. O entrar em campo propositadamente atrasado é, portanto, um hábito que vem de longe.

O Mundo Desportivo (23/03/59) considera “exagerado (...) o período de três minutos regulamentar para contrabalançar os momentos gastos em propositada demora pelos cufistas". Este jornal fala de três minutos e na crónica do jogo não há referência a qualquer tipo de anti-jogo ou jogo violento da CUF. No Jornal de Notícias, fala-se em 4 minutos de descontos numa “partida que foi jogada a grande velocidade e sem perdas de tempo”. Só A Bola, na voz de Alfredo Farinha, diz que a CUF “queimou muito tempo”. Alfredo Farinha, sim, esse mesmo...

Estes minutos de compensação estarão na base da irradiação do árbitro. No Jornal de Notícias (26/03/59) pode ler-se uma notícia com o título "BENFICA-CUF e o relatório do sr. Inocêncio". O texto é o seguinte: "A Comissão Central de Árbitros decidiu pedir esclarecimentos ao árbitro sr. Inocêncio Calabote sobre certos passos do relatório do jogo Benfica-CUF (...). Naquele seu documento, o sr. Inocêncio teria declarado que o jogo principiou às 15h, terminado a primeira parte às 15:45h. No que respeita à segunda parte, concedeu dois minutos como compensação de tempo perdido, registando o fim do encontro às 16:42.
Atendendo a que o jogo foi minuciosamente relatado pela rádio e seguido com extrema atenção por milhares e milhares de pessoas, estas declarações oficiais do sr. Inocêncio não deixam de reflectir com despudor (para se não ir mais longe...) a todos os títulos lamentável – já pela sujeição voluntária à desconfiança pública, já pelo desprestígio daí decorrente para a função.
E estamos certos de que a CCA, já com obra notabilizada em todos os aspectos da arbitragem (...) não deixará de corrigir esta ofensa à... evidência pública."

O Norte Desportivo (26/03/59) escreve o seguinte título: “Inocêncio Calabote em “maus lençóis”! E acrescenta que “No boletim do jogo SLB-CUF, o árbitro eborense faltou à verdade.” O texto acusa o árbitro de “falsear a verdade num boletim” e revela que “Antes de ser irradiado, esse indivíduo apressou-se em pedir a demissão...”. Mais adiante acrescenta: “Na verdade, o senhor Calabote deu-se ao luxo de redigir o mais falso de todos os boletins de todos os jogos de futebol”, pois, segundo o relatório do árbitro “O jogo principiou às 15h e a 1ª parte terminou às 15:45. A 2ª parte começou às 15:55 e terminou às 16:42 (dei 2 minutos de compensação)”. O Norte Desportivo qualifica este relatório como “...a mais sensacional mentira do ano, com a gravante de ter sido num documento oficial...”. Segundo os dados do jornal, “O jogo SLB-CUF começou às 15:07, isto, 7 minutos depois do das Covas” (nr: Covas era o nome do campo do Torriense, onde jogava o FCP). “O encontro Torriense-FCP terminou às 16:48”. “Se fosse assim, não se teria passado nas Covas o que milhares de pessoas viram, isto é, toda a gente aguardando o termo do embate entre o Benfica e a CUF.”

Nesta mesma edição de o Norte Desportivo, publica-se este curioso texto: “UM RELÓGIO PARA O SR. INOCÊNCIO CALABOTE
Um leitor escreveu-nos a fazer a sugestão que não podemos perfilhar. Pretendia que nas nossas colunas abríssemos uma subscrição para se adquirir um relógio que seria oferecido ao sr. Inocêncio Calabote, de Évora. Dizia o nosso correspondente: “Se o seu relógio se atrasa 5 em 45 minutos, o sr. Calabote corre o risco de chegar ao campo numa 2ª feira para arbitrar um desafio marcado para o domingo anterior” A sugestão tem graça – e não ofende!”

O Norte Desportivo de 9/04 publica o seguinte texto, com muita ironia à mistura:
“O árbitro Calabote respondeu e foi imediatamente suspenso!
Vai ser levantado um inquérito às declarações do juiz eborense que deve ser considerado como o inventor do "relógio-elástico".
Finalmente o sr. Inocêncio Calabote respondeu ao questionário que a Comissão Central de Árbitros lhe enviou, solicitando esclarecimentos sobre a cronometragem do jogo Benfica-CUF, no qual o referido indivíduo interveio como juiz da partida.
O sr. Calabote limitou-se a dar uma resposta ultra-sintéctica, afirmando que no seu relógio eram precisamente 15 horas quando deu o início ao jogo. Isto é, confirmou as declarações que redigiu no boletim. Em face da firme atitude do enérgico árbitro, a Comissão Central que – honra lhe seja feita – pugna pela manutenção do prestígio da causa que orienta, resolveu suspender preventivamente o sr. Inocêncio Calabote até à conclusão de um inquérito a que mandou proceder. A suspensão é admissível, porquanto o regulamento a tal permite.
Assim, para já, o sr. Calabote corre o risco de deixar de apitar, visto que será fácil ao inquiridor colher os elementos indispensáveis para comprometer irremediàvelmente o árbitro.
Não será exagero aifrmar-se que cerca de 500 mil pessoas, pelo menos, tomaram conhecimento da irregularidade da cronometragem no referido jogo. A Imprensa e a Rádio (as excepções confirmam a regra), em coro, apontaram a deficiência. Por conseguinte, não é de crer que um homem só, malèvolamente, fique a coberto de qualquer sanção disciplinar severa.
O sr. Inocêncio Calabote ao reafirmar o que escreveu no boletim fez admitir que inventou um relógio elástico, visto que só concedeu, segundo disse, dois minutos por tempo perdido quando, na verdade, esse prazo atingiu os 5 minutos.”

Sete meses mais tarde, o Mundo Desportivo (12/10/59), numa pequena caixa, num cantinho da página, refere que "O árbitro Inocêncio Calabote, da Comissão Distrital de Évora, foi irradiado após conclusão do respectivo processo disciplinar".

A Bola, do mesmo dia, dá a mesma notícia num cantinho da primeira página e, em 7 de Novembro, publica uma entrevista ao do Dr. Coelho da Fonseca, Presidente da Comissão Central, que justifica a irradiação do árbitro: "O sr. Inocêncio Calabote foi demitido de árbitro por motivos ligados ao prolongamento do jogo Benfica-CUF (...) Como é do conhecimento público, esse jogo principiou cerca de dez minutos depois da hora marcada e teve um prolongamento de cinco ou seis minutos. Tanto o atraso como o prolongamento não constituem, em si mesmos, ínfima matéria de culpa. O erro do sr. Calabote consistiu em pretender convencer-nos, contra as evidêncidas dos factos, de que principiara o encontro às 15h precisas e de que o prolongara por dois minutos apenas. É aqui, nesta atitude escudada e incompreensível, que o antigo árbitro eborense deixa de merecer a confiança do público e da CCA".

Ao Norte Desportivo (15/10/59), o Dr. Coelho da Fonseca diz que Calabote “é (...) um caso de ordem moral. Inocêncio Calabote fez uma coisa em campo, aliás controlada por toda a gente, e escreveu, precisamente, o contrário no boletim de jogo. Isto somado a uns tantos casos já passados com o referido árbitro levou-nos à decisão tomada.”

Agora eu pergunto, por que razão se manteve Calabote fiel à sua versão, se lhe era tão fácil admitir que tinha começado o jogo mais tarde e prolongado o mesmo para além dos limites do razoável? A quem serviria esta teimosia do sr. Calabote? Por quem se sacrificou o sr. Calabote? A resposta está boa de ver...

CSI – Calabote Scene Investigation (III) – Os jogadores

1. Gama e António Manuel

No Estádio da Luz, o guarda-redes da CUF, de nome Gama, foi substituído quando a equipa perdia por 5-1. Os jornais dão conta de que terão sido os próprios jogadores da CUF a pedirem ao treinador que substituísse Gama. De facto, havia algo de errado com aquele guarda-redes.

No Mundo Desportivo (23/03/59) pode ler-se: “Gama, o guardião da turma que a determinada altura foi substituído aparentemente cansado do trabalho aturado que teve de suportar, respondeu-nos quando o interpelámos: "Faz pena, depois de tamanho esforço e tenacidade desenvolvidas verificar que o Benfica não conseguiu o número de golos suficiente para chegar a campeão! E a verdade é que ocasiões não lhe faltaram." Ora, um homem que tinha encaixado 5 golos e via o seu clube ter de disputar um torneio para conseguir a permanência, lamentava o facto de o Benfica não conseguido “o número de golos suficiente para chegar a campeão”. Que pensarão os adeptos benfiquistas donos da moral e da verdade sobre estas declarações?

Uns dias mais tarde, Gama, por se saber alvo de "malévolas insinuações" pediria para ser ouvido pela direcção do clube... O que é certo é que as suas declarações não ajudaram em nada e contribuíram, digo eu, para concluir sobre o ascendente psicológico (para não lhe chamar outra coisa...) que o Benfica tinha sobre os adversários.

José Maria, o guarda-redes substituto, diria: "Os benfiquistas obrigaram-me a trabalho intenso, e confesso que tive de realizar várias defesas em condições difíceis. Quanto ao resultado, considero-o expressivo em demasia, visto que nele interferiu o desacerto da arbitragem." Repare-se na diferença entre as declarações de um e de outro.

Ao Norte Desportivo, o treinador da CUF, Cândido Tavares, declara: “Não posso acreditar no que se diz a respeito de Gama e, embora não seja seu costume falhar tantas jogadas, creio na sua honestidade!” “Simplesmente ele esteve, no domingo, demasiado infeliz.” “Vendo isso, e ainda porque dois dos seus próprios companheiros me solicitaram que alterasse o desempenho posto, mandei-o sair do terreno. Estava muito nervoso, e manifestava sintomas de total desorientação. Todavia daí a aventarem-se torpes insinuações terá de percorrer-se larga distância.” Bem, algo vai mal quando são os próprios colegas a solicitarem a substituição do seu guarda-redes...

2. Torres Vedras

A equipa do FCP no jogo contra o Torreense era composta por Acúrsio; Virgílio, Miguel Arcanjo e Barbosa; Luis Roberto e Monteiro da Costa (cap.); Carlos Duarte, Hernâni, Noé, Teixeira e Perdigão. O presidente do clube era o Dr. Paulo Pombo.

Dias antes do jogo, Monteiro da Costa, capitão do FC Porto, declarava: "Calcule que nesta semana não pudemos realizar um treino de conjunto com todos os nossos jogadores. Faltaram-nos o Hernâni, o Arcanjo e o Barbosa, os três em Lisboa por causa da selecção militar. Eu compreendo os interesses da selecção, mas numa altura destas de campeonato, com um jogo decisivo para a tribuição do título, é, evidentemente, uma dificuldade que nos foi criada". O regime funcionava a favor do clube da capital.

A força psicológica dos jogadores do FC Porto via-se nestas declarações de Pinho: "Para nós o jogo de Torres Vedras inicia-se com 4 golos do Torriense. Ou, começando com 0-4, o FCP tem de ganhar o jogo. Ao ataque – será a palavra de ordem. E se conseguirmos superar aquela margem, seremos campeões."

O Mundo Desportivo refere, na análise ao jogo, a "Dupla tristeza (dos jogadores do Torriense) porque, na maioria, os jogadores além da fuga ao último lugar também desejariam que o campeão se chamasse Benfica..."

A crónica fala de um penalty sobre Carlos Duarte, aos 18 minutos da 2ª parte, cuja "nitidez da falta tornou bizarra a decisão do árbitro, mandando prosseguir o jogo e ignorando a grande penalidade que se impunha assinalar". O Jornal de Notícias também se refere a esse penalti.

Na apreciação ao árbitro Francisco Guiomar, o Mundo Desportivo diz que "...foi muito "caseiro" (aquele penalty negado aos portuenses é inaceitável), contemporizou com a rudeza em excesso por demasiado tempo e regra geral acompanhou o jogo de muito longe..."

Na crónica do jogo fala-se em duas grandes penalidades por marcar a favor do FC Porto e da justa expulsão de Manuel Carlos, do Torreeense, por jogo violento.

Noticia o Jornal de Notícias que, dizia-se em Torres Vedras, "e os jogadores locais sorriam quando em tal lhes falava, que havia um prémio de cinco mil escudos para cada um no caso de conseguirem empatar ou pelo menos sofrer poucos golos." Esse prémio existiu mesmo, como vamos ver mais adiante.

Faltavam 2 minutos para acabar o Torriense-FC Porto, com o resultado em 0-1. Na Luz, verificava-se 6-1.

Nesta altura, as equipas estavam empatadíssimas na atribuição do título. Se assim tudo permanecesse até ao final jorgar-se-ia uma finalíssima entre os dois clubes. O FC Porto marcou o 0-2 e logo a seguir o SLB fazia o 7-1. Tudo na mesma. Um jogador do Torriense de nome Saldanha queimava tempo, chutando a bola para longe antes do recomeço. Por que razão queimava ele tempo, a perder por 0-2 a um minuto do fim? O árbitro, que já o tinha advertido várias vezes durante o jogo pelo mesmo tipo de conduta (atenção que o Torriense também precisava deste jogo para uma eventual, mas difícil, permanência na 1ª Divisão), considerou anti-jogo grosseiro e expulsou-o. No último minuto do jogo, Teixeira faz o 0-3, decidindo o campeonato para o FC Porto. Na Luz, o jogo acabava com 7-1. O FC Porto era campeão nacional por 1 golo:

Ambas as equipas com 17 vitórias, 7 empates e 2 derrotas.
1º FCP – 41 pts. – 81 golos marcados, 22 sofridos
2º SLB – 41 pts. – 78 golos marcados, 20 sofridos

Em declarações ao jornal A Bola, António Manuel, jogador do Torriense, dizia no final: "No meu último jogo ia dando uma vitória ao Benfica e não o consegui, o que lamento como benfiquista. O Porto talvez seja a equipa que pratica melhor futebol mas nós podíamos ter dado o campeonato ao Benfica. Paciência. Como homem do Benfica, sinto muito que assim não fosse." Note-se que o Torriense acabava de descer de divisão e a preocupação deste jogador foi a derrota do SLB no campeonato. Para o Mundo Desportivo, o jogador dizia "O Porto venceu mal. A arbitragem foi nitidamente favorável aos nortenhos." Claro que foi. E tu cheio de pena de descer de divisão.

Como final do campeonato, as competições oficiais iriam para durante 1 mês e meio, antes de se iniciar a Taça de Portugal (naqueles tempos a Taça jogava-se depois de o campeonato ter acabdo). Durante esse período, os clubes fizeram vários jogos particulares para não perderem a forma, tendo o Torriense feito dois jogos "de amizade" com o Benfica, um em
cada campo...

Virgílio, o Leão de Génova, jogador do FC Porto, com “os olhos humedecidos”, dizia ao Jornal de Notícias: "Pensava em ganhar, mas nunca julguei que custasse tanto. E já agora, um segredo: quando soube que o Benfica entrara em campo mais tarde 10 minutos para saber do nosso resultado, confesso que desanimei e julguei tudo perdido! Sabe o que nos valeu? Termos marcado muito tarde o segundo e terceiro golos! Lamento a maneira como os torreenses se portaram connosco. Mas tiveram o pago! Os jogadores e o público acenando-nos com lenços a 10 minutos do fim!... Lamentável!"

CSI – Calabote Scene Investigation (IV) – O treinador-adjunto do Benfica

Quem é Valdivielso?, perguntam vocês. Ora bem, este senhor era o treinador-adjunto do Benfica e surgiu, para surpresa e espanto de todos, no jogo Torriense-FC Porto, sentado no banco de suplentes do Torriense. Sim, leram bem. Não sei o que os adeptos benfiquistas que pugnam pela verdade desportiva pensam deste facto, nem sei se conseguem ter o discernimento para pensar nas implicações desta situação. Será que conseguem? Não vou fazer mais comentários, apenas deixar uma pergunta no ar: que tipo de ascendente tinha o Benfica, naquele tempo, sobre os clubes de menor dimensão, que lhe permitia ter atitudes destas? Passo a transcrever o que os vários jornais disseram sobre o caso. Note-se o tratamento dado à questão pelos jornais lisboetas.

O jornal A Bola, dá conta desta situação numa caixinha pequena na última página. O texto diz o seguinte: "Surpreendeu toda a gente a presença de Valdivielso, treinador-adjunto do Benfica, nos bancos dos técnicos do Torriense. Na verdade, o técnico benfiquista "viveu", longe da Luz, os "assaltos" finais deste emocionante campeonato.
Findo o jogo fomos encontrar Valdivielso, chorando na cabina do Torriense. Quisemos saber a razão da sua presença e acabámos por ser esclarecidos por Fernando Santos, orientador técnico da equipa de Torres Vedras, que nos afirmou: - Vldivielso não teve qualquer interferência na orientação da equipa, nem nós a aceitaríamos sequer. Veio a Torres como espectador e só por deferência esteve sentado junto a mim."

O Mundo Desportivo (23/03/59) apresenta um desmentido, através do qual Valdivielso diz que chegou à porta do campo e o fiscal negou-lhe a entrada porque o cartão não tinha validade. Os bilhetes estavam esgotados e dificilmente conseguiria lugar na geral. Foi saudar os treinadores do Torreense e contou-lhes o sucedido. Estes, "como cavalheiros", convidaram-no a sentar-se no banco, o que aceitou. Disse ainda que foi ver o jogo para observar um jogador do Torreense num jogo de responsabilidade com vista a futura contratação.

O Jornal de Notícias diz que Valdivielso orientou o Torriense no jogo com o FCP, tendo feito "uma longa prelecção antes de iniciado o encotro e deu novamente as suas instruções no intervalo do encontro".

O Norte Desportivo(26/03/59) publica uma imagem de Valdivielso no banco do Torriense. Com o título: “O treinador Valdivielso sujeitou-se a uma comédia imprópria dos desportistas”, o jornal denuncia “outras armas utilizadas e que transcendem a rotina para merecerem a classificação (lisonjeiro, acentue-se) de comédias...”. E adianta que “Antes do encontro, o treinador-adjunto dos encarnados esteve nos vestiários da equipa local e ali ministrou uma prelecção de ordem técnico-táctica. Depois acompanhou a equipa aé ao terreno e, com o mais espantoso à-vontade, sentou-se no chamado banco dos técnicos...”. E acrescenta: “Durante o jogo (...) deu instruções para o campo, fez gestos teatrais, refilou com o juiz-de-linha e até interferiu num ligeiro episódio com Hernâni”. E conclui: “Fernando Santos (nr: treinador do Torriense) é um indefectível benfiquista que reside há uma dezena de anos em Torres Vedras. Ambos prestaram um péssimo serviço à ética desportiva.”

O mesmo jornal, em 29/03, escreve: “Muitos leitores escreveram-nos e telefonaram-nos para aplaudir a censura que mereceu a atitude de Valdivielso (...) Alguns salientam a coragem que nos caracterizou. Coragem? Há exagero no emprego da palavra. Coragem teve-a o senhor Valdivielso ao desafiar, ostensivamente, o senso crítico de quem viu adoptar o comportamento que mihares de pessoas verificaram. Como estrangeiro, que presta serviço num clube português, o sr. Vladivielso devia ter estudado atentamente as consequências da sua atitude”.

E em 02/04, publica uma entrevista António Costa, defesa do Torriense, na qual ele diz: "Bem, ele não nos treinou. Esteve na cabina a conversar connosco e, depois, foi sentar-se no banco dos nossos técnicos. Mas não nos deu indicações algumas." "A verdade é esta: receberíamos, por intermédio dele, um prémio se vencêssemos ou perdêssemos com o Porto por margem escassa." "Cinco contos a cada jogador". "... quero esclarecer um ponto: Valdivielso não chorou na cabina, por termos perdido. Limitou-se a regressar a Lisboa com o dinheiro..."

O jornal Record resolve ignorar o assunto, mas vai mais longe. Pouco tempo depois, publica uma foto de Valdivielso sentado no banco do Casa Pia, num jogo particular desta equipa. Em tom de gozo, o jornal “alerta” para mais esta situação, como se fosse assunto para brincadeiras. A intenção é atingir aqueles que criticaram o comportamento do argentino. O Norte Desportivo foi um dele e não deixa o assunto cair no esquecimento. A 16/04, o jornal publica o seguinte artigo:

“VALDIVIELSO disfarça e um jornal aplaude
Causou a mais viva impressão a atitude de o Norte Desportivo ao censurar, sem evasivas, o prodecimento de José Valdivleilso, treinador-adjunto do Benfica, que por ocasião do jogo das Covas, disputado entre o Torriense e o FC Porto, se sentou no "banco dos técnicos" do clube de Torres Vedras e, com o mais espantoso descaramento, desatou a dar instruções aos jogadores do Torriense, manifestando o propósito declarado de ser hóstil ao FC Porto, numa partida cujo resultado interessava sobremaneira aos encarnados.
Um dos jornais que nada disse sobre a estranha como condenável atitude do treinador estrangeiro, que presta serviços num clube português, entendeu "colaborar" na sinistra manobra do sr. Valdivielso, publicando fotografias, decerto prèviamente estudadas, com o evidente intuito de diluir a gravidade da situação.
Trata-se do Record que não se sabe bem porquê decidiu, capciosamente, destruir a argumentação e as provas apresentadas pelo nosso jornal, conferindo a Valdivielso uma auréola de ingenuidade, admitindo como natural e defensável (!) o rosário de tristezas de que ele foi o principal intérprete.
Tendenciosamente, o Record procura estabelecer a confusão, comungando ostensivamente com o estilo do sr. Valdivielso. Este disfarça (desta vez surgiu sem óculos) enquanto um jornal aplaude.
Foi pena, realmente, que Record não tivesse iniciado a sua excelente campanha com a publicação da célebre fotografia do campo das Covas
(nr. Campo do Torriense).
A provocação do sr. Valdivielso, ao sentar-se agora no banco do Casa Pia, representa um desafio à autoridade da Federação Portuguesa de Futebol. Indevidamente, embora os intuitos sejam claros, o treinador-adjunto do Benfica tomou lugar num banco de uma equipa estranha, com a agravante de se tratar de um jogo oficial.
Esperamos que a FPF se decida a zelar pela defesa da moral desportiva – punindo severamente um treinador que tão deploráveis exemplos dá aos jogadores que orienta.
A "mistificação-Valdivielso", lamentàvelmente estimulada por quem devia censurá-la, só representa um péssimo serviço prestado ao Desporto Nacional.”

José Valdivielso não seria punido e tornar-se-ia mesmo o treinador-principal do Benfica.

CSI – Calabote Scene Investigation (V) – Os jornalistas

1. Aurélio Márcio

O jornalismo afecto ao Benfica lamentava, com alguma subtileza, a perda do campeonato. Veja-se, a título de exemplo, o artigo de Aurélio Márcio, em A Bola:

"O Benfica seria campeão em França e Inglaterra

O FCP conquistou o título por um golo, que tanto pode ser o de Teixeira como o da CUF. Em França e Inglaterra, porém, o SLB seria campeão, pois o seu quociente (3,9) é superior em relação ao do FCP (3,6) (Nota: o quociente calculava-se dividindo o total de golos marcados pelo total de golos sofridos).
Fazemos votos para que numa próxima reforma do regulamento geral da FPF se recorra todos os meios de desempate, menos aos jogos extra, que não condizem com o espírito da competição."

O Norte Desportivo faz uma notícia bem corrosiva como resposta ao texto de Aurélio Márcio:

“O Benfica ficaria campeão em Inglaterra e em França, mas...

... em Portugal o campeão é o FCP.
Alguns colegas nossos do sul têm descoberto muitas coisas. São, realmente, uns verdadeiros sábios e, os seus devaneios, caprichosos, saem da vulgaridade. Agora descobriram que o SLB, se fosse na França e na Inglaterra, teria ficado campeão, pois seria utilizado o coeficiente de golos de golos. E foram tão”perfeitos” que até fizeram contas a demonstrarem que são excelentes aritméticos...
Mas a despeito dessas obrigações, ao simpático e popularíssimo Benfica o que interessava era ficar campeão de Portugal. Ora esse intuito é que não se corporizou, pois o campeão é o FCP.
Foi pena que os nossos ilustres colegas não informassem a multidão de quem ficaria campeão da Indochina, nas Filipinas ou na Patagónia.”

Excelente!

2. Alfredo Farinha

Talvez o mais nítido exemplo de jornalismo vermelho esteja na edição do jornal A Bola que fez a cobertura do jogo Benfica-CUF. Leia-se com atenção:

Título de primeira página: “JOGO EMPOLGANTE E DRAMÁTICO DE UM CAMPEÃO MALOGRADO”
Título no interior: "A EQUIPA CUFISTA QUEIMOU MUITO TEMPO!"
Excertos do texto, assinado por Alfredo Farinha:

"Estava escrito! Estava escrito que o Benfica perderia o campeonato! Eram estas, no final do empolgante e dramático jogo da Luz, as duas frases que britavam dos lábios de uma grande parte dos adeptos benfiquistas. Nem um grito de revolta, nem uma recriminação, nem um queixume. Apenas esta frase, dorida, magoada, empregnada de resignação e conformismo: "Estava escrito!".
Ela bastava, porém, para dizer tudo: para fazer justiça á grande e desafortunada exibição dos jogadores "encarnados"; para evocar as muitas oportunidades de golo perdidas por alguns dos seus avançados; para lastimar as atitudes de exacerbada hostilidade dos jogadores cufistas; para gritar o seu protesto contra a fatalidade de um campeonato perdido nos derradeiros instantes.
Mereceria o Benfica ter perdido este campeonato?
A pergunta talvez não tenha cabimento nas linhas desta crónica, que tem de cingir-se, apenas, aos acontecimentos do encontro da Luz. Calma e imparcialmente, porém, hemos de convir que na medida em que a questão do título estava dependente do número de golos que o Benfica marcasse na Luz, os seus jogadores e adeptos têm razão para se sentirem injustamente despojados do triunfo final. É que, independentemente das circunstâncias em que decorreram os últimos minutos deste histórico domingo de futebol; indepentemente mesmo do grande nível da exibição produzida pela equipa "encarnada", o Benfica poderia, deveria e merecia ter vencido a CUF por diferença superior a 6 golos"

(...)
"...a CUF não jogou, exclusivamente para si, mas também para uma outra equipa (a do FC Porto) que estava á margem da luta travada na Luz. Se assim foi – e por legítima temos a presunção – cremos existir aqui um problema de ética, digno de, em melhor oportunidade, ser devidamente apreciado e analizado"
(...)
Até que ponto é lícito a uma equipa defender, contra outra, de maneira ostensiva e contrária ás leis e espírito de jogo, os interesses de uma terceira? Não será esse procedimento tão incorrecto e antidesportivo como o inverso, isto é, o de facilitar, propositadamente, com o fim de prejudicar os interesses doutrem, a vitória do adversário? As perguntas aqui ficam, por ora sem resposta. Mas talvez valha a pena, em próxima oportunidade, tomá-las para tema de um artigo.”

Esta prosa quase nem merece descodificação. Está lá tudo, para quem tinha dúvidas. Lamentavelmente, o senhor Alfredo Farinha não se pronunciou em termos críticos, nos tempos seguintes, sobre a demora propositada em começar o jogo na Luz, ou sobre as declarações dos jogadores do Torriense, do próprio guarda-redes da CUF, ou sobre o caso do treinador-adjunto do Benfica, sentado no banco de suplentes do Torriense. Confirma-se, afinal, que, tal como hoje, a verdade desportiva só tinha uma cor: o vermelho.

Mais excertos, desta vez do texto sobre "O ambiente... fora do jogo"

"O Benfica entrou em campo com mais de 5 minutos de atraso. Alguém, perto de nós, alvitrou tratar-se de um estratagema, com o fim de manter o público e os jogadores ao corrente do que se passava em Torres Vedras.
Por essa ou outra razão, o certo é que, ainda o jogo não tinha começado e já um longo sussurro de sofrimento percorria as bancadas.
- O Porto já está a ganhar por 1-0!...
Mas não era verdade. Os portadores de aparelhos de rádio apressaram-se a desfazer o descoroaçante boato. E, desfeito o acabrunhamento do terrível pesadelo, as turbas tornaram a erguer-se, frenéticas, clamando:
- Benfica! Benfica! Benfica!
E foi como se a equipa encarnada tivesse marcado o seu primeiro golo antes de se dar o primeiro pontapé na bola...

(...)
E quem poderá contar os dramas íntimos de cada um? As lágrimas que não puderam chorar-se? Os gritos de dor que ficaram represados nos peitos?
Quem poderá apreciar, medir, descrever, a tristeza daquele lento, arrastado, quase lúgubre, debandar do Estádio da Luz?..."

Texto bastante riquíssimo do ponto de vista literário, sem dúvida. Mas estamos a falar de um jornalista. Imparcialidade? Não, isso era coisa estranha para os lados do jornalismo de Lisboa. Com este tipo de prosa, estou certo que se fabricou muito mito benfiquista. E, claro, omitiu-se muita matéria passível de censura.

Como curiosidade, o título de primeira página de A Bola sobre a vitória do FC Porto em Torres Vedras é um seco “OS PORTUENSES VENCERAM A SUA PRÓRIA ANSIEDADE” (da autoria de Aurélio Márcio).

CSI – Calabote Scene Investigation (VI) – Conclusões

TORRIENSE-FC PORTO:
- O treinador-adjunto do Benfica sentado no banco do Torriense, numa demonstração de domínio sobre os clubes mais fracos e subservientes ao Benfica.
- Os jogadores do Torriense a queimarem tempo, mesmo estando a perder e precisando do jogo para não descer de divisão.
- No final, um jogador do Torriense lamenta-se por... não ter conseguido dar o campeonato ao Benfica. Sintomático.

BENFICA-CUF:
- O jogo começa com muitos minutos de atraso.
- O árbitro, que era de Évora, marca 3 penaltis a favor do Benfica. O primeiro, curiosamente, falso como Judas.
- O guarda-redes da CUF é substituído depois do 5º golo do Benfica, a pedido dos seus colegas de campo. No final, lamenta que o Benfica não tenha conseguido os seus objectivos.
- O árbitro dá mais 4 minutos de descontos, mente no relatório e permanece fiel à sua versão. A soldo de quem?

19 comentários:

Picareto disse...

TODA A VERDADE! SÓ AQUI NO TRIBUNAL DO FUTEBOL!

Mitico disse...

Picareto

Já conhecia este documento e nunca o coloquei aqui porque achava que isso era um acto doentio :)

Mas mesmo assim nao posso deixar de dizer isto:

ESTOU ESCLARECIDO!!! :)

Mouro disse...

Picareto disse...
Se o Porto fosse excluído da Champions, eu entendia que o benfica não devia ir"

"Tenho muito orgulho na escuta em que fui apanhado"

BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH


Ja recuperei!! ufa....isto é rir a bom rir...


Que bonito ver a Santa Aliança de novo no blog...! isto sim é alegria!

Alegria também é sentir me TRI CAMPEAO NACIONAL!

Pirata: sou alérgio a marisco

Mouro: Estás preocupado coma data de fundação so meu clube? estes mouros sao todos oguais...sempre a olhar para trás...por isso nao enchergam quem vai à frente!!!


Mitico: eu não gosto de bandas que tem musicas a falar de aventuras com generais....!

22/7/08 23:25

vou realçar....

Mouro: Estás preocupado coma data de fundação so meu clube? estes mouros sao todos oguais...sempre a olhar para trás...por isso nao enchergam quem vai à frente!!!

lololololololololololol

Mouro disse...

Benfica-CUF de 1959 ..............1959?????eu nao sei kem e mais ignorante o gajo k escreveu isso ou tu pra fazeres copy paste dessa merda!!!

Ker me PARECER.......k o teu problema e outro.......

Keres falar de coisas serias???diz me entao......

-Kem e a euroantas???

-Kuanto e k custou os passes dos jogadores........bollati,stepanov e farias?????

-kual o valor total do passe do lucho????

-Pk e k o madail foi pedir o PARECER.....kual especialista em direito desportivo ou civil ou a puta k pariu os dois.....xegava a conclusao e sem perder tempo...K ERA O K VOS INTERESSAVA........k td k foi feito foi legal.


-pk esse desdem todo em relaçao ao guimaraes...vos sois como akeles k sao apanhados a roubar por um puto entao pra calar o puto dao-lhe parte do roubo(s) se o puto bufar nunca mais leva nada!! ganhem vergonha e akilo k vos falta CORRUPTOS!!!


ps:nao estou a defender o guimaraes ..kero mais e k eles se fodam e k vao pra 2ª liga k la e k eles sao grandes............eu nao mudo de opiniao conforme me convem.....como alguns k num dia andam de cascol e a fazerem cordoes....e no outro dia a cuspirem nesse prato

Mitico disse...

Caro Mouro

Já que o Picareto hoje nao respondeu ...

Eu respondo por ele...


A EuroAntas foi a empresa responsavel pelo "project finance" desenhado para o financiamento da construção do Estádio do Dragão. A Euroantas detem os direitos de comercialização, mandatando a PortoComercial.

Onde está o problema????

Eu nao vou em conversas da treta e a vossa azia dos nossos resultados é compreensivel e explica-se numa so palavra: Inveja!

A marca FC Porto foi avaliada em 291 milhões de euros pela MyBrand.

Esta avaliação do valor económico acrescentado do Grupo abrange as unidades de negócio SAD, F.C. Porto, Porto Comercial, Porto Estádio e Euro Antas, bem como uma análise do papel e força da marca no mercado, explica o clube em comunicado.

Em relação ao papel que a marca detém no mercado, os factores de maior valor são a qualidade da equipa de futebol (dos seus jogadores), dos jogos, da equipa técnica e do Estádio. Na ponderação destes factores foi tido em conta o peso dos 111 mil sócios e dos 2,8 milhões de adeptos.

E pronto...

Lucho?Stepanov?Bolati??Farias???

Só o Pepe deve bastar nao???

Essa é que foi nao??? O vosso clube amigo a dar-nos dinheiro :)

Queres sumar outros???? Como quiseres...

Continuemos...

Conselho de justiça? Pareceres? Porque nao foi ouvido e julgado o do professor Marcelo?
O mesmo caso arquivado 2vezes... é preciso mais???

Em dezembro ja existia castigos e ainda nem os clubes e presidentes tinham sido ouvidos!?!!!! Só neste país dos 6milhoes...

Para finalizar vou colocar uma frase que prova como a uns tudo pode ser feito e nada lhes acontece:

"Tenho muito orgulho na escuta em que fui apanhado"!!!!!

O futebol é simples e o sistema é encarnado... de inveja!!!!

Abraço a todos os que gostam de futebol e também aos lampioeszecos

Mitico disse...

Ah! Ja me esquecia

Mouro

Explica la entao todos os detalhes da vinda do Ki Kin o grande Fonseca...

E fiquemos por aqui :)

Mitico disse...

CHAMPIONS LEAGUE!!!

NÓS ESTE ANO ESTAMOS LÁÁÁÁÁ!!!!

LEALDADE
SERIEDADE
TRANSPARENCIA

UM CLUBE SEM IGUAL

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRRTOOO

POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRRTO

Tvz disse...

tanta confusão por causa da euroantas

Grupo empresarial do FC Porto

O grupo empresarial do FC Porto é actualmente composto pelas seguintes entidades: FC Porto Futebol SAD, FC Porto Basquetebol SAD, PortoComercial, PortoClínica, PortoSeguro, PortoEstádio, PortoMultimédia, FC PortoBingo, Fundação Porto Gaia e EuroAntas. Cada uma destas entidades tem o seu próprio elenco directivo, sendo presididas por Jorge Nuno Pinto da Costa.


No que toca ao estádio do Dragão, o dono é a EuroAntas, empresa do Grupo FCP nada tendo a ver com a SAD.

A SAD detem é 100% da PortoEstádio que gere e explora as infra-estruturas entre elas o estádio e o Centro de Treinos e Formação (que é propriedade da Câmara Municipal de Gaia).

A Portoestádio não tem passivo, porque é basicamente uma empresa de serviços, que aluga o estádio à EuroAntas.

O passivo do estádio está na EuroAntas.

ainda bem que alguem anda preocupado com uma empresa que faz parte da holding fcporto

Ramos disse...

Caros Bloguistas

No passado dia 26 de julho, resolvi passar o rio douro para a outra margem, a zona mourisca, e rumei ao algarve, ou será AllGARVE.
Nesse mesmo dia, sabado, foi a apresentação do FCP, e então resolvi arranjar um café para ver o futebol. Mas, para meu espanto, não consegui arranjar nenhum tasco, que tivesse a televisão sintonizada na RTP1.Ãpenas se podia assistir ao jogo do Sporting no torneio do Guadiana.
E ainda falam em democracia............

El Pirata disse...

picareto, gostei das conclusoes, o teu presidente só acha que é culpado se num qualquer dia confessar publicamente a sua culpa, ja que escutas nao servem, mas que pensaria o teu presidente desta excelente manobra de inventar frases e coloca-las nas bocas dos jogadores de cuf e torreense?

Se queres jogadores e treinadores que foram participar na festa tens o professor neca e o vosso eterno suplente das balizas, que levaram o Aves pra segunda mas festejaram o titulo do porto, um verdadeiro escandalo que ate um CSI de Beja facilmente desmontaria!

Mas obviamente nao me fico por aqui, ate porque as ferias retemperaram o meu gostinho para vos moer o juizo :)

El Pirata disse...

Sou do tempo em que o FC Porto não tem razões de queixa das arbitragens e de quem manda nos arbitros. Bem pelo contrário! O futebol que vejo nos ultimos 20 anos foi dominado pelo clube portista, por mérito, também, mas igualmente devido a muitas manobras de bastidores, sobretudo nas arbitragens. Pior cego é aquele que não quer ver. E já se sabe como reage um portista a uma critica... fala em Salazar, em 25 de Abril e em Calabote. Ou seja, para eles o que se passa do 25 de Abril para cá é só honestidades e antes do Dia da Liberdade o seu Porto só não ganhava porque era constantemente prejudicado! A isto chama-se desonestidade intelectual ou pura estupidez! E como tive acesso a esta versão dos factos, apesar da fonte não ser uma fonte imparcial, sempre tem factos e não boatos ou lendas! Aqui fica um excerto de uma publicação que tenta dar a conhecer aos mais novos os factos daquela tarde de 22 de Março de 1959. Boa leitura!

El Pirata disse...

"Onde se recorda a célebre arbitragem do Benfica-Cuf (7-1) da última jornada do campeonato de 1958/59 (ganho pelo FC Porto), jogo que, diz-se agora, o árbitro terá prolongado por dez minutos, à espera de um golo que daria o título ao Benfica. Nem o Benfica ganhou esse campeonato, nem o jogo demorou tanto: o árbitro deu não mais de três a quatro minutos de descontos, plenamente justificados pelas constantes perdas de tempo dos jogadores adversários. Basta reler os jornais da época…


Desde os anos oitenta, quando se acentuou o domínio do FC Porto sobre a arbitragem nacional, culminado, duas décadas depois, com a tardia “Operação Apito Dourado”, passou a ouvir falar-se muito no antigo árbitro Inocêncio Calabote e nos favores que teria feito ao Benfica num célebre jogo com a Cuf na última jornada do Campeonato Nacional de 1958/59 (22 de Março), terminado com o resultado de 7-1 e que teria tido, no dizer de quantos o recordam agora, dez minutos a mais, dados pelo árbitro à espera que o Benfica marcasse mais um golo que lhe daria o título. Nada mais falso.


Quando se chegou à 26ª e última jornada deste campeonato, marcado por inúmeros casos (ver texto à parte), FC Porto e Benfica estavam igualados em pontos e na primeira fórmula de desempate, já que haviam empatado os dois jogos entre ambos. O FC Porto tinha então uma vantagem de quatro golos na diferença total entre tentos marcados e sofridos, pelo que tudo se iria decidir na última jornada, nos jogos Torreense-FC Porto e Benfica-Cuf. Apesar de uma e outra destas equipas estarem em perigo de descer de divisão (o Torreense desceu mesmo e a Cuf acabou por ter que disputar o então chamado Torneio de Competência com os melhores classificados da II Divisão), é muito natural que tanto os jogadores da Cuf como os do Torreense tenham tido prémios especiais (e secretos) para dificultarem a vida aos dois candidatos ao título.

Rádios acesos e… seis minutos de atraso


Sem televisão a transmitir, era através da rádio que, num e noutro campo, os adeptos iam seguindo a marcha dos marcadores. E a grande questão, que dá origem a todos os exageros que hoje se propalam, residiu no facto de o jogo do Benfica ter começado seis minutos mais tarde que as tradicionais 15 horas, então o horário de início de todos os jogos. A nossa equipa demorou a entrada em campo o mais que pode, de forma a poder vir a beneficiar do conhecimento do resultado em Torres Vedras, facto que levou a que o clube fosse então (justamente) multado. Esses seis minutos (mais uns “pozinhos” no segundo tempo) juntos com os três a quatro minutos que o árbitro prolongou o jogo para compensar percas de tempo, levou a que o jogo da Luz tivesse terminado apenas mais de dez minutos depois do de Torres Vedras, tempo durante o qual a equipa do FC Porto esperou em pleno campo, para depois festejar a conquista do título. E foi essa longa espera, superior a dez minutos, que deu origem à lenda-Calabote, que tão aproveitada (e distorcida) tem sido ao longo dos tempos. O Benfica não foi em nada beneficiado com essa arbitragem. E o árbitro até teria tido todas as possibilidades de «dar» o título ao Benfica, já que o nosso clube marcou o seu último golo aos 38 minutos da segunda parte e, quando o jogo de Torres Vedras terminou, o Benfica ainda teve cerca de dez minutos (seis regulamentares e mais três a quatro de “descontos”) para marcar aquele que lhe daria o título.


O que disseram os jornais


Folheando os três jornais desportivos da época, nada faria supor que, várias décadas depois, o jogo fosse tão falado. Vejamos o que então se escreveu sobre o tempo de desconto, não sem que, antes, se recorde que, na altura, a missão dos árbitros era bem mais difícil, pois não havia cartões amarelos, o guarda-redes podia passear com a bola na grande área, batendo-a no chão as vezes que entendesse e a demora nos lançamentos da linha lateral não era castigada com lançamento a favor da equipa adversária. Mas vejamos o que disseram os jornais. Alfredo Farinha, em “A Bola”, foi bem claro: «O recurso sistemático aos pontapés para fora do rectângulo, a demora ostensiva na marcação dos livres e lançamentos de bola lateral, as simulações de lesionamentos, o uso e abuso, enfim, de todos esses vulgarizados meios de “queimar tempo” (…) dificilmente encontram, no caso de ontem, outra justificação se não esta: a Cuf não jogou, exclusivamente, para si mas também para uma outra equipa (a do FC Porto) que estava à margem da luta travada na Luz.» Mais adiante, na apreciação ao trabalho do árbitro, acrescenta Alfredo Farinha: «No que se refere ao prolongamento de quatro minutos, cremos ter deixado, ao longo da crónica, justificação bastante para o critério do Sr. Inocêncio Calabote.» No “Mundo Desportivo”, Guilhermino Rodrigues não comungava da mesma opinião, mas até considerou menor o tempo de desconto e acabou por o justificar: «Exagerado o período de três minutos que concedeu além do tempo regulamentar para contrabalançar os momentos gastos em propositada demora pelos cufistas.» No “Record”, em crónica não assinada (um antigo hábito do jornal), uma outra opinião: «Deu quatro minutos (…) pela demora propositada dos jogadores da Cuf – alguns deles foram advertidos – na reposição da bola em jogo. Não compreendemos porque não usou do mesmo critério no final do primeiro tempo, dado que aquelas demoras se começaram a registar desde início.» Esclarecedor…


Dois “penalties” indiscutíveis, Um só duvidoso


A acrescentar à fantasia dos dez minutos de descontos, há também quem fale nas três grandes penalidades que o árbitro assinalou a favor do Benfica. Os jornais foram unânimes em considerar indiscutíveis o primeiro e o terceiro e apenas o segundo deixou dúvidas. “A Bola”: «Quanto aos “penalties”, não temos dúvida de que o primeiro e o terceiro existiram de facto; dúvidas temos, porém, quanto ao segundo, pois Cavém, ao que se nos afigurou, não foi derrubado por um adversário, antes foi ele próprio que se descontrolou e desequilibrou.» “Record”: «Regular comportamento no julgamento das faltas. Só não concordamos com a segunda grande penalidade. A falta existiu, na verdade, mas só por ter sido executada fora de tempo merecia livre indirecto.» “Mundo Desportivo” (a propósito do segundo penalty): «Cavém obstruído quando perseguia a bola dentro da área. A falta só exigia livre indirecto.”


Já agora, recorde-se também a declaração de Cândido Tavares, treinador da Cuf, ao “Mundo Desportivo”: «O resultado justifica-se. Mas o árbitro foi demasiado longe na marcação das grandes penalidades. Não achei justo que assim sucedesse. Pena foi que não adoptasse agora no final o mesmo critério, não assinalando um autêntico “penalty” quando Durand derrubou Cavém. Era quanto a mim mais razoável.” Elucidativo! Se o árbitro tivesse desejado “oferecer” o título ao Benfica teria tido flagrante oportunidade…


FC Porto marcou dois golos no fim e Torreense acabou com nove


O outro jogo decisivo da última jornada deste campeonato de 1958/59 foi o Torreense-FC Porto. O FC Porto entrou com quatro golos de vantagem sobre o Benfica (na decisiva diferença total de golos) mas, ao intervalo, o Benfica já estava em vantagem: ganhava por 5-0 à Cuf, enquanto o FC Porto vencia em Torres Vedras por 1-0. Entretanto, na Luz o resultado foi fixado em 7-1 quando havia sete minutos para jogar, mas em Torres Vedras, a dois minutos do fim, o FC Porto fazia 2-0 e, a vinte segundos do final, Teixeira marcou o terceiro e decisivo golo. O Benfica jogou ainda dez minutos, mas não conseguiu o golo que lhe faltava. O Torreense, que sofrera o primeiro golo quando tinha um jogador fora de campo, lesionado, jogou com dez jogadores, por expulsão de Manuel Carlos, desde os 20 minutos da segunda parte, e ainda viu ser expulso outro jogador a seguir ao 2-0 (por pontapear a bola para longe depois do golo), sofrendo o 3-0 quando já só tinha nove homens em campo. Casos houve, pois, no jogo Torreense-FC Porto, com a arbitragem de Francisco Guiomar a ser contestada pelos jogadores locais…"

El Pirata disse...

Agora daqui lavo as minhas maos. Eu como sportinguista ate podia estar a borrifar para estas quezilias mas anos a aturar portistas criaram em mim tamanho anti corpo que ouvir/ler um portista a queixar-se provoca-me tal alergia que tenho de reagir senao passo a noite a coçar-me!


Onde está a verdade no meio disto tudo? Provavelmente no meio. Aconselho é aos portistas perderem a mania de se mascararem de virgens, afinal nao basta manter um orificio impenetrado para se catalogar de virgem :D

Mouro disse...

estou esclarecido!!!lololol


Mas o k mais me espanta do post e ser escrito por alguem k dias antes disse:

Mouro: Estás preocupado coma data de fundação so meu clube? estes mouros sao todos oguais...sempre a olhar para trás...por isso nao enchergam quem vai à frente!!!

Mouro disse...

Oh Migalhas:

Vamos organizar um cordao humano na cidade de guimaraes.......se precisares duma peça de roupa ou ate mesmo um caxecol do vitoria temos aki alguem k e capaz de nos dar..........esta a fazer espolio como na tropa...a entregar td k e do guimares!!!!!

Mitico disse...

OLA BOA NOITE SANTA ALIANÇA :)

Quanto ao calabote o unico que conheço chama-se Lucilio.

E eu vi!!!! Nao foi um, nem 2... foram 3 e bem visto se calhar até era mais um!!!!

Mas vamos dar esse de barato porque o banho de bola foi tao grande que nem me aptece falar disso :)

Pirata

Já que tas com disposição para falar dos bastidores do futebol...

Vai uma mariscada??? Com lagosta???

Caro Mouro

"temos aki alguem k e capaz de nos dar..........esta a fazer espolio como na tropa...a entregar td k e do guimares!!!!!"

Essa foi forte...

"como alguns k num dia andam de cascol e a fazerem cordoes....e no outro dia a cuspirem nesse prato"

Essa foi muito forte...

Mouro disse...

foi so uma provocaçaozita.....mas ker-me PARECER.....k alguem nao vai axar mt piada ;)

Mitico disse...

Nao estou a perceber essa do parecer com letra grande!!

ps:

"Tenho muito orgulho na escuta em que fui apanhado"!!!!!

padeiro disse...

sera a tua verdade ou esta VERDADE ,,,,A HISTÓRIA DO CALABOTE E O BENFICA
Há por aí uns Senhores ligados ao Fcporto e SPORTING, que à alguns anos anda a fazer bastante ruído à volta de um Arbitro de nome Inocêncio Calabote, dizendo e repetindo com muita frequência uma mentira (deve ser para ver se passa a verdade), que este árbitro durante vários anos andou ajudar o Benfica a conquistar títulos, e que o Benfica era sempre Campeão porque este arbitro levava o Benfica ao Colo

Pois é meus Senhores destes dois clubes, eu sou do Benfica, e talvez lhes explique alguma coisa, que a maioria da imprensa há vários anos tem ocultado

Então vamos lá “descodificar” a lenda do Calabote

O Sr. Calabote apitou durante 9 anos de 1950/51 a 1958/59, e nestes anos apitou 15 jogos do Benfica, e nestes 9 anos o Benfica foi 2 vezes campeão (não está nada mal para quem andou ajudar o Benfica), portanto cai aqui a 1ª mentira que o Benfica foi quase sempre Campeão. Mas vamos aos factos:

1950/51 - O Sr. Calabote não apitou nenhum jogo do Benfica e o Campeão nesse ano foi o SPORTING

1951/52 – O Sr. Calabote apitou na 21ª jornada o jogo Belenenses- 2 – Benfica 0
E na 26ª Jornada o Benfica 2 – Fcporto 0, e o Campeão foi o SPORTING

1952/53 – o Sr. Calabote apitou na 15ª Jornada o SPORTING 3 – Benfica 1, e na 22ª Jornada o jogo Atlético 0 – Benfica 3, e o Campeão foi o SPORTING

1953/54 – O Sr. Calabote apitou o Sp. Covilhã 2 – Benfica 2 , o Campeão foi o SPORTING – (portanto temos aqui o Sporting 4 anos seguidos Campeão)

1954/55 o Sr. Calabote não apitou nenhum jogo do Benfica (azar) e nesse ano finalmente o Campeão foi o BENFICA

1955/56 o Sr. Calabote não apitou nenhum jogo do Benfica (novamente, azar) e nesse ano o Campeão foi o Fcporto

1956/57 – o Sr. Calabote apitou na 11ª Jornada o FC Bairreirense 2 – Benfica 4, na 13ª jornada apitou Académica 0 – Benfica 0, na 15ª Jornada apitou Sporting 1 – Benfica 0,
apitou na 22ª Jornada Setúbal 2 – Benfica 3, no mesmo ano na Jornada 26 Benfica 2 – Académica 0, e o Campeão foi o BENFICA

1957/58 – o Sr. Calabote apitou na 1ª Jornada o Setúbal 1 - Benfica 6, na 7ª jornada apitou Benfica 3 - Académica 1, na 16ª Jornada apitou Oriental 0 – Benfica 0,
apitou na 19ª Jornada Benfica 2 – Fcporto 3 e o Campeão foi o SPORTING

1958/59 o Sr. Calabote apitou na jornada 26ª o Benfica 7 – CUF 1, o Campeão foi o Fcporto


Portanto meus amigos aqui tem os campeonatos que cada um ganhou com o célebre árbitro Calabote (o tal que andava com o Benfica ao Colo)

SPORTING – 5 Campeonatos
Fcporto – 2 Campeonatos
BENFICA – 2 Campeonatos


Chega de mentiras e asneiras, e façam como eu vão se informar, e se tem duvidas aqui deixo o recorte do Jornal


seja um rapazinho sério não um MENTIROSO ....