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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Dias de um futuro esquecido


Quem vê as bancadas dos estádios e tem mais de 30 anos não pode deixar de se sentir saudosista. Eu sou um dos que nunca fui grande adepto do futebol de estádio, mas ainda assim mantinha até 2012 uma média de duas deslocações aos estádios por ano, conhecendo o interior de uns 12 a 15 estádios nacionais. Seguramente! Nos últimos 2 anos não me recordo de o ter feito uma única vez. 

E de quem é a culpa? 

Preços exorbitantes? Sem dúvida, relembro-me de uma vez, em Bragança, num domingo de passeio, ter visto à porta do estádio local um sinal a dizer que se iria jogar a final da taça de honra do distrito e o bilhete era de 5€! Cinco euros para ver duas dúzias de trolhas a maltratar a pobre da bola! Se é assim onde Judas perdeu as botas, como não poderia deixar de ser 5x mais caro na capital do império dos bananas? 

Insegurança nos estádios? Não é realmente o mais seguro dos locais, e nem na policia se pode confiar, é uma questão de perguntar aos adeptos do Bilbao que recentemente cá estiveram. Se o ambiente não é propício nem confortável, para quê gastar dinheiro nisso? 

Horários idiotas dos jogos? Aceita-se jogos na sexta à noite, vá lá no sábado à noite, mas domingo? E constantemente, cumprindo uma equipa uma temporada inteira sem ver a luz do dia, ou quase? Quem trabalha ou quer levar os filhos a ver a bola, pensa duas vezes antes de o fazer, não esquecendo os pontos anteriores para ajudar na decisão.


Mas, se ainda assim, as assistências dos 3 grandes ainda andam entre os 30-40 mil adeptos por jogo caseiro, a muito se deve às gerações do século XX. Porque estas novas, com tantas e tão diversas formas de entretenimento, e com extrema facilidade em acompanhar um jogo onde quer que estejam, vão sustentar um modelo de negócio que os negligencia e mal trata? A revolução pode estar mais perto do que se espera, e tal como a malta dos texteis que chora baba e ranho com a mafia chinesa, mesmo tendo sido avisada da chegada da mesma com mais de uma década de antecedência, a malta da bola ainda vai andar a oferecer bilhetes dentro de alguns anos. Aí extinguirão claques, colocarão horários decentes e colocarão o futebol ao nível da economia e realidade nacional. Chegará? 

Leiam este post, vale a pena. 



4 comentários:

OAutor disse...

Pirata, nem parece teu! De quem é a culpa?????????????

Evidentemente que a culpa é do Pinto da Costa!!

Mitico disse...

A culpa é do excesso de futebol que é oferecido (4 canais, tv's por cabo, redes sociais... etc etc) Não culpo o preço dos bilhetes nem a publicidade, nem nada dessas tretas todas ... Antigamente passava um jogo dos 3 grandes na RTP. Um único jogo!! De resto ou íamos ao estádio ou tínhamos a rádio. Mais nada! Quando os grandes vinham aqui perto jogar era romaria. Só se viam as gentes do futebol no jornal, no telejornal ou no domingo desportivo. Hoje em dia os excessos de oferta destruíram essa magia. Deixou-se o 8 para estarmos para lá do 80... e a mim deixa-me triste isso.

Tenho dito!!!

El Pirata disse...

A culpa é sempre do pinto da costa. felizmente, ja falta pouco para a culpa mudar de dono eheh

El Pirata disse...

mitico, obviamente que se nao desse tudo na tv, e mesmo tudo, ate todos os amigaveis!, haveria maior predisposiçao a visitar os estadios. Mas e aqueles que ja com as tvs, que andam por cá desde 98 ou 99, deixaram de ir? E a malta jovem, que antigamente era aliciada com entradas de borla para ganhar o gosto? Nao falo por nós, falo por aqueles que hoje em dia têm menos de 10 anos. Cá estaremos para ver a evolução das coisas