Melhor português de sempre!

Upss… enganei-me na imagem

“Não me lembro de quem foi que disse que, nisto dos prémios, como de resto em muitas outras coisas, ninguém dá nada a ninguém: é preciso arrancá-los à força. Ora, mesmo que o mundo inteiro tenha podido ver Joseph Blatter a entregá-la, a verdade é que ninguém deu a Bola de Ouro a Cristiano Ronaldo; foi ele que a arrancou para si próprio à força. Aliás, bem vistas as coisas, mais do que um prémio, o futebol talvez lhe deva um pedido de desculpas, porque aquele talento todo começou a ser construído aos nove anos de idade, longe de casa, e à custa de sacrifícios que nenhum de nós deseja para um dos nossos. Ronaldo sempre quis ser o melhor do mundo, mas não se ficou pelo desejo: tratou de torná-lo inevitável. É essa história que contam aquelas lágrimas. E é particularmente importante sublinhá-lo agora, numa altura em que as inúmeras trapalhadas criadas pela FIFA em torno da eleição deste ano podem ser aproveitadas para introduzir algum ruído na justiça da atribuição do prémio. Ronaldo foi, de longe, o melhor jogador do mundo em 2013. Se alargar o prazo da votação para incluir os jogos do play-off para o Mundial ajudou alguns céticos a percebê-lo, tanto melhor para a credibilidade da FIFA. Afinal, Ronaldo continuaria a ser o melhor jogador do mundo em 2013 sem a Bola de Ouro. Já a Bola de Ouro não passaria de uma mentira se não fosse dele este ano.”

Jorge Maia em Ojogo