Envelope para o Castelo!!!!!!!!

Não faltarão adjectivos para qualificar mais uma vitória do FC Porto - e o leitor pode escolher o que mais lhe agrada -, mas, mais do que palavras bonitas, o que fica do triunfo em Guimarães são os nomes. Já se sabia que Lisandro estaria a ver de fora, desconfiava-se de que Lucho e Rodríguez não fossem primeiras escolhas e, perante a confirmação das suspeitas, duvidava-se de que os portistas fossem até capazes de bater mais um recorde interno recorrendo a segundas figuras, sendo que o rendimento torna injusta essa opinião sobre Tomás Costa, Mariano e Farías.
O facto é que, tal como na deslocação a casa do Leixões, os nomes perderam, ganhou a dinâmica e, imagine-se, até deu para empobrecer o currículo de José Mourinho, detentor da última melhor série de vitórias fora dos portistas desde 2002/03. O novo recorde é de oito jogos e leva a assinatura de Jesualdo Ferreira, que passa a incomodar os 11 triunfos de António Oliveira, em 1996/97, na caminhada do tricampeonato.
Se foi com nomes que o FC Porto começou por enganar o Guimarães, incapaz, no primeiro quarto de hora, de perceber como interromper o aproveitamento portista - especialmente por parte de Mariano González - das faixas, foi da mesma forma que Manuel Cajuda quase banalizou o FC Porto no que restou da primeira parte. Olhando para a ficha de jogo, havia matéria - para não dizer outra vez nomes - para que a equipa vitoriana se espalhasse pelo campo em 4x3x3. Os nomes também enganam e o FC Porto acabou surpreendido e dominado por quatro médios adversários e pela dupla personalidade de Marquinho, Desmarets - que afinal foi médio interior esquerdo - e Nuno Assis.
Absorvido o primeiro choque da entrada forte do FC Porto, os minutos foram revelando um Guimarães capaz de mandar no centro do poder, onde havia sempre superioridade numérica branca. Um pouco de passividade portista fez o resto para completar cocktail que resultou numa explosão de alegria aos 20 minutos, quando Roberto, redimindo-se de um falhanço um minuto antes, marcou um golo que colheu de surpresa os líderes do campeonato. O resultado, que parecia injusto, ganhou galões de extrema justiça com os 25 minutos que restaram da primeira parte. O Guimarães acabou por cima e, perante a evidência, adivinhavam-se mudanças no FC Porto para a segunda parte. Mais do que adivinhar, parecia obrigatório que Jesualdo Ferreira interrompesse de imediato o descanso de Lucho e Rodríguez - chegaram anteontem da comissão de serviço nas respectivas selecções sul-americanas - para não aumentar o risco de perder em Guimarães. Jesualdo não fez o que parecia óbvio e deu um voto de confiança aos nomes que também enganam. Foi ainda sem metade do poder de fogo dos tricampeões em campo - Lisandro, Lucho e Rodríguez marcaram 20 dos 41 golos com que o FC Porto começou 23ª jornada - que Farías empatou e Mariano protagonizou a reviravolta ao aproveitar um remate falhado de Tomás Costa. Recorrendo aos mesmos, mas tornando-se mais dinâmicos, os dragões voltaram a queimar as expectativas dos adversários. Do Guimarães, mas especialmente de Sporting e Benfica.
Certo, até para completar o quadro, é que os nomes que mais se ligam às vitórias recentes e a boa parte dos triunfos da série de oito jogos sem derrotas, entraram depois. Com Lucho e Rodríguez em campo, o FC Porto até chegou a estar encostado às cordas - o Guimarães acabou o jogo sem médios-defensivos - , participando apenas na jogada da tranquilidade.

Entretanto...

Luís Filipe Vieira criticou a decisão da justiça penal, mas congratula-se com o funcionamento da justiça desportiva que "não só foi mais célere, como percebeu aquilo que a justiça comum preferiu ignorar". Como tal, disparou: "Podem tentar absolvê-los, mas não tenham dúvidas: a história já os condenou!"

E realmente ele tem razão:

A HISTÓRIA CONDENOU O FC PORTO COM TITULOS PORQUE SOMOS SIMPLESMENTE... MELHORES!!!!