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terça-feira, 5 de setembro de 2006

Nova Lei de Bases do Desporto


Fico espantado quando ouço pessoas com cargos de elevada relevância produzirem barbaridades sem sequer reflectirem no que estão a dizer. O pior, digo eu, é quando essas mesmas pessoas estão convictas que as suas afirmações são realmente para serem levadas a sério! É mesmo para desconfiar se, para atingir esses tais cargos, a competência é um factor a ter em conta…

Isto a propósito da Nova Lei de Bases para o Desporto Português. A Lei de Bases é clara e determina que os clubes profissionais, sejam eles de futebol ou de outra qualquer modalidade, não podem ser financiados ou subsidiados com dinheiros públicos. Posto isto percebe-se facilmente a quem me estava a referir, senão ao inenarrável presidente da Republica das Bananas, também conhecida como ilha da Madeira, Alberto João Jardim. Ele, bem como o seu ajudante de sacristia, Rui Alves (que bela parelha…), andam doidos como as galinhas, mas ao contrário destas que se bicam todas por uns grãos de milho, os dois dementes querem é que a fonte que alimenta o futebol profissional madeirense não seque! É uma vergonha verificar que a seguir aos orçamentos de Porto, Benfica e Sporting se sigam os de Marítimo e Nacional, bem destacados dos restantes! É um escândalo verificar que, do dinheiro do Orçamento de Estado destinado à Madeira, parte dele (7 milhoes de euros anuais) siga para alimentar os egos de dois clubes sem massa adepta que justifique tamanhos gastos! É graças ao dinheiro dos contribuintes que Jardim mantém dois clubes na Primeira Liga! Percebe-se facilmente porque tenta Rui Alves impugnar a nova direcção da Liga de Clubes, que vai acatar esse texto legal da nova lei de bases, uma vez que seria o fim das megalomanias do homenzinho que sonhou ser do mesmo campeonato que o Sporting. Para ter direito a apoio estatal vai mas é jogar para as divisões não profissionais, indicadas para clubes com estádios com capacidade para 3 mil adeptos. Melhores condições tem o Bragança mas, sem ajudas camarárias, amarga na 3ª divisão! Ou a justiça é para todos ou então estamos mal. E quem não concorda que faça como Timor e ganhe independência. A vender bananas e a fazer dos roteiros turísticos pedófilos a sua economia, sempre queria ver até onde ia o reinado do Jardim…

PS:

A Madeira não é caso isolado. Por cá, no continente, e relembrando Felgueiras, há muitos casos entre câmaras municipais atoladas em dividas imensas com os apoios financeiros incomportáveis feitos nos últimos anos a clubes de futebol da região, em nome de uma pseudo promoção do desporto. São milhoes que estão em jogo, como num caso que ainda vai chegar a tribunal, entre o Salgueiros e Valentim Loureiro, quando a Liga emprestou ao clube portuense 650 mil euros, para o clube pagar a divida da sua SAD à Liga e assim poder inscrever jogadores. O que é certo é que o clube extinguiu-se, ou é mera associação de bairro, e o dinheiro foi-se! Quem assume esta divida agora? O futebol português anda podre e é necessário proceder à sua renovação. Como começar? Para já, e rapidinho, extinguir essa aberração que se chama Liga de Clubes que nem sequer é reconhecida pela FIFA e é gerida por gatunos, e entregar o futebol à FPF. Passo seguinte, fazer passar esta nova Lei de Bases para o Desporto. Só com estas duas medidas acabava-se o temporal e surgiria um belo arco-íris no horizonte do futebol nacional. A ver vamos se é desta que o barco se endireita…

1 comentário:

El Pirata disse...

Em determinada altura da sua existencia, por certo que nao ha um clube que possa afirmar nao ter recebido ajudas da respectiva autarquia. Mas veja-se o caso do Farense, que devido à total ausencia de apoios da CM Faro se viu na eminencia de fechar portas. Ja o V.Setubal sobrevive à conta da ginastica e imaginaçao financeira dos politicos vitorianos da respectiva CM. Se as leis sao para cumprir, porque razao se assassinou o Farense e o Setubal ainda vai fazendo passeios turisticos pela UEFA, mesmo sem dinheiro para tais viagens?


Razao tinha o Nabeiro do Campomaiorense! Grande homem, viu que era inviavel ter o clube a competir a nivel profissional e nao iludiu nem adeptos nem jogadores: desistiu das competiçoes profissionais, manteve o futebol de formaçao aberto aos jovens do concelho e agora, paulativamente, vai subindo nos diversos escalões do futebol senior. Quem nao tem dinheiro nao tem vicios, e o patrao de uma grande empresa como é a Delta Cafés, nao esteve para torrar dinheiro. Nem dinheiro, nem café!